quinta-feira, 7 de julho de 2022

Postos de combustíveis analisam decreto eleitoral do Bolsonaro

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, avalia o decreto do presidente Jair Bolsonaro (PL) como uma “ação eleitoreira”, segundo reportagem do Metrópoles.


Assinado nesta quinta-feira (7) por Bolsonaro, o decreto estabelece a obrigatoriedade de divulgação dos preços de combustíveis cobrados a partir de 22 de junho deste ano, data em que foi estabelecido pelo governo a limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

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Tavares acredita que a medida é “desnecessária”. Segundo ele, o preço dos combustíveis na refinaria pode aumentar, e fatores como a guerra da Ucrânia e a alta do dólar podem fazer os valores ficarem mais elevados.

“Se houver um aumento nas refinarias e a Petrobras fizer novos ajustes, [o combustível] poderá ter preços maiores. Estamos trabalhando com hipóteses. Se isso acontecer, como o consumidor vai entender? Os preços são livres e o mercado já vem transferindo as baixas para o consumidor. Não há como jogar agora a conta para o revendedor”, afirma Tavares ao Metrópoles.

De acordo com o presidente do Sindicato, o decreto é uma atitude eleitoreira do presidente, já que foi determinado a menos de três meses das eleições.

“É preciso reconhecer o esforço dos governadores que foram os maiores contribuintes nessa queda, com 57% de participação no total da baixa, através da renúncia fiscal do ICMS. A baixa vai perdurar e os impostos federais serão até o fim do ano, o que leva a crer que é uma atitude eleitoreira”, diz.

Comunicado nesta quinta, o decreto já foi publicado no Diário Oficial da União, e segundo o texto, o objetivo é permitir que os consumidores possam ter noção dos valores cobrados antes e depois da imposição do teto.

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