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Leonardo, preso em flagrante, informou à Justiça ser gerente de uma empresa multinacional. Ele foi acusado pelo sargento de tê-lo chamado "macaco", e também de ter dito que o policial "não tinha nem direito a ter família" por ser negro.
O caso aconteceu entre 22h e 23h do dia 4 de julho. O PM contou tudo em entrevista ao G1.
Admitiu ter bebido
Após ser parado em uma blitz, Leonardo admitiu ter ingerido bebida alcoólica e pediu ajuda a Wagner. Prevendo que poderia ser uma tentativa de suborno, o PM avisou que a conversa estava sendo gravada por uma câmera corporal, equipamento que começou a ser usado em maio por PMs do Rio de Janeiro.
Leonardo começou então a agredir verbalmente o PM:
"Eu dei mais ou menos uns três passos e ele falou: ‘É isso mesmo o que a sua raça faz, só faz merda'. Eu pedi que ele repetisse o que ele havia dito, e ele permaneceu calado", contou o PM.
"Atrás da barraca, ele me chamou de macaco filho da… Algemei ele. E ele começou a xingar toda a equipe com palavras de baixo calão. Agrediu com chutes um agente civil da operação…. [Na verdade] Dois agentes civis na operação", afirmou Wagner.
Mesmo após ser preso em flagrante e autuado por injúria na 16ª DP, o motorista continuou os ataques no caminho para a delegacia, que fica na Barra da Tijuca.
"No trajeto para a delegacia, continuaram as ofensas. [Ele] Falando que eu poderia falar com o delegado que ele me chamou de macaco, que o fato de eu ser preto não tinha nem direito a ter família, que eu tinha que andar em árvore."
No registro de ocorrência da 16ª DP, ao qual o g1 teve acesso, consta que a frase de Leonardo foi a seguinte: "Preto não serve para ter família, você anda em árvores e come banana!".
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Medidas cautelares
Leonardo foi preso em flagrante e encaminhado à audiência de custódia, onde a juíza decidiu pela sua soltura, com substituição da prisão preventiva pelas seguintes medidas cautelares:
Comparecimento mensal em juízo para informar e justificar as atividades até que saia sentença do caso;
Proibição de sair do Rio de Janeiro por mais de cinco dias seguidos "sem prévia e expressa autorização judicial", até que saia a sentença.
Caso descumpra alguma das medidas, Leonardo voltará para a prisão.
Com informações do G1
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