segunda-feira, 25 de julho de 2022

Major da PM é flagrado em agressão a trabalhadora doméstica dentro de elevador no Rio de Janeiro


Enquanto o Brasil ainda se choca com as histórias de escravidão e abuso de trabalhadoras domésticas através do famoso podcast "A mulher da casa abandonada", um novo caso de violência sobre esta categoria acaba de ganhar as páginas da imprensa e das redes sociais. Trata-se da agressão do major Bruno Chagas, da PM do Rio de Janeiro, contra a empregada doméstica Patrícia Peixoto, que lhe prestava serviços.

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A agressão ocorreu por volta das 10h20 da manhã do último dia 18 de julho e foi flagrada pelas câmeras de segurança do condomínio onde vive o major Chagas, no bairro do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da capital fluminense. O caso foi registrado no 42o DP, localizado no mesmo bairro.

Nas imagens, patrão e empregada entram juntos no elevador e começam a discutir. Conforme a discussão avança, Chagas se coloca mais agressivo, encurrala a trabalhadora em um canto do elevador e aponta o dedo sobre seu rosto. Quando Patrícia tenta reagir para manter uma distância maior do patrão, recebe um tapa na cara.

Patrícia Peixoto declarou nesta segunda (25) ao RJ1, da TV Globo, que realmente chegou atrasada ao trabalho, uma vez que sua filha, de apenas 1 ano de idade, está com pneumonia e que, por conta dos cuidados à criança, mal havia conseguido dormir. “Deixei ela doente em casa para ir trabalhar e levar um tapa”, contou.

O advogado da vítima, Alexandre Rangel, esteve no 42º DP nesta segunda (25) para pedir medidas protetivas para a vítima. Conforme apurado, o Major teria dito à vítima que não adiantaria abrir a ocorrência, pois sua posição na hierarquia policial o manteria impune.

O que dizem as polícias civil e militar?

Ambas corporações afirmam em notas oficiais estarem em posse das imagens e que, a partir delas, investigarão a conduta do Major.

Chagas ainda teria em seu histórico a invasão de domicílio da sua ex-mulher, a deputada Major Fabiana (PL-RJ), que acabou arquivada no Tribunal de Justiça, além de um caso de maus tratos a uma criança de dois anos que estaria sendo apurado pela Corregedoria.

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