quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Paulo Guedes diz que o Rodrigo Maia pode ter feito acordo com a esquerda para não pautar as privatizações. Maia o chama de "desequilibrado"


O ministro Paulo Guedes disse nesta quarta-feira, 30 de setembro, que há boatos de que Rodrigo Maia fez um acordo com a esquerda para não pautar as privatizações, e o presidente da Câmara respondeu que o ministro da Economia “está desequilibrado”.

“Não há razão para interditar as privatizações”, disse Guedes, que segundo o Estadão apareceu de surpresa na entrevista marcada para comentar os dados do Caged. O relatório mostrou a abertura de 249.388 vagas no mês de agosto.

“Superamos a fase em que precisávamos manter os sinais vitais da economia brasileira. Começamos a retomada do crescimento econômico em V, apesar do pessimismo e das críticas”, afirmou o ministro.

Guedes também negou que tenha abandonado a pauta liberal em troca de obras e de medidas como o Renda Cidadã, para ajudar Jair Bolsonaro a se reeleger.

“Estamos voltando para o trilho das reformas estruturantes. Vamos simplificar impostos e reduzir na reforma tributária. Tem muita articulação política em andamento ainda”, disse Guedes.

O alexandre Frota diz que a deputada Carla Zambelli nunca foi líder de nada, é ingrata e sem noção

                                                                           Zambelli e Frota
O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) enviou ao DCM uma nota sobre o episódio envolvendo a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Nesta quarta-feira, 30 se setembro, Bolsonaro indicou 10 deputados para a função de vice-líder do governo na Câmara e solicitou a dispensa de oito parlamentares da função, entre eles, Zambelli, que havia sido indicada para o cargo em julho.

Na nota, Frota afirma que a parlamentar foi “descartada como um pedaço de papel higiênico” e que ela pode ser “comparada a uma naja”.

Leia na íntegra:

Essa pobre coitada [Zambelli] nunca foi líder de nada. Uma pessoa sem coerência, ingrata e, acima de tudo, sem noção. Foi tarde. Só criou distúrbios, fofocas, e a raiva que existe no coração dela mostra bem quem ela é.

Descartada como um pedaço de papel higiênico por aquele que até então ela amava. Serviu de tapete para o Bolsonaro. É da mesma laia da Sara Winter. Não se preocupa em trabalhar pelo Brasil e criar projetos. Quer estar no meio da guerra ideológica.

Mentirosa dissimulada, falsa moralista hipócrita, aproveitadora. Podemos comparar a Carla a uma Naja. Ela e toda essa corja do PSL e do Aliança 38.

Já vai tarde, Zambelli, você não presta. Carla deveria ter vergonha na cara pelo que fez comigo, com Moro e com Joice que até casa e comida deu a ela. Zambelli, Carol De Toni, Felipe Barros, Daniel Silveira, Allan dos Santos foragido nos EUA, Weitroub (sic), Bernardo Kuster são os mandriões da política.

Algumas horas após sair do SBT, a jornalista Rachel Sheherazade é contratada pelo portal Metrópoles

 

                                                                                                                         Reprodução
Horas depois de anunciar que recebeu um e-mail do SBT a dispensando do trabalho, a jornalista Rachel Sheherazade foi contratada pelo portal Metrópoles. Em um vídeo enviado com exclusividade à coluna, Rachel falou sobre a novidade. “Eu tô muito feliz para começar esse novo caminho na minha trajetória profissional”, disse.

“Há algumas semanas, visitei a sede do portal Metrópoles, em Brasília, e já naquela ocasião comecei a sonhar, divagar com a ideia de integrar a equipe de profissionais do portal. O Metrópoles é o quarto mais acessado do país, veja a importância dele”, afirmou Sheherazade.

A jornalista ainda explicou como vai ser o trabalho no Metrópoles. “Vou comandar uma série de entrevistas remotas e também presenciais com diversas personalidades, dentro e fora do espectro político. Desevendar, revelar um lado novo de cada entrevistado é fascinante. No meu programa, o entrevistado não vai ter lado. Ou melhor, pode ter qualquer lado, só não precisa pensar igual a mim”, contou ela.

A apresentadora Gloria Maria diz que ninguém vai dizer como ela tem que viver

                                                                                                                     Glória Maria. Foto: Reprodução
 Após a repercussão de suas recentes declarações críticas ao que chamou de “politicamente correto”, a apresentadora Gloria Maria usou suas redes sociais para abordar novamente o assunto na noite desta terça-feira, 29 de setembro.

A jornalista relembrou um trecho do desfile da escola de samba Mangueira no carnaval do Rio de Janeiro em 1988, do qual participou.

“Orgulho da minha vida. Da minha história! Nunca serei politicamente correta! Acho um saco! Sou livre. Rebelde! Ninguém vai me dizer como tenho que viver!”, escreveu.

Confira a postagem abaixo:

terça-feira, 29 de setembro de 2020

O comentarista Casagrande faz críticas a jogadores bolsonaristas e apoia a Carol Solberg em programa da Globo

                                                                                                            Casagrande no Globo Esporte

Durante o ‘Globo Esporte’ desta terça-feira, 29 de setembro, o comentarista Walter Casagrande fez duras críticas à denúncia feita pela Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) contra a jogadora Carol Solberg, do vôlei de praia, por ter gritado “Fora, Bolsonaro” em entrevista ao SporTV.

Ao lado do apresentador Felipe Andreoli, Casagrande alertou sobre a censura no Brasil e reiterou seu apoio à atleta, além de citar a manifestação de atletas da seleção de vôlei masculino a favor de Bolsonaro em 2018.

“O mundo está muito perigoso. A censura está rondando o mundo todo, e aqui no Brasil principalmente”, disse Casagrande. “Eu dei todo o apoio a Carol porque ela se manifestou. Tem livre expressão. Isso é democracia. Agora, quando os jogadores masculinos de vôlei fizeram gestinho de arma e número do candidato, hoje presidente, não aconteceu nada. Então, a Carol tem o meu total apoio. Não estou falando nem de direita nem de esquerda, é liberdade de expressão para todo mundo. Agora, se tiver uma punição ou advertência, tem que ser para os dois lados. Isso eu não estou gostando”, concluiu.

Bolsonaristas queimam livros do Paulo Coelho e o escritor diz que a cena lembra o nazismo

 




 Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um casal de bolsonaristas queimando livros de Paulo Coelho. A senhora explica o motivo do gesto: as críticas que o escritor tem feito contra o Brasil.

Pelo Twitter, ao compartilhar uma postagem das imagens, Paulo Coelho diz que a cena lembra o nazismo. “O bigodinho do cara não deixa esconder a origem da ideia…”. Ele já havia postado na semana passada outro vídeo de alguém queimando seu best-seller “O Alquimista”, o livro mais traduzido no mundo.

Paulo Coelho também publicou uma foto de queimada de livros durante o nazismo, com a seguinte mensagem escrita em inglês: “A queima de livros refere-se à destruição ritual de livros pelo fogo, e geralmente procede de uma oposição cultural, religiosa ou política aos materiais em questão. A queima de livros pelo regime nazista em 10 de maio de 1933 (abaixo) é a mais famosa da história”.

 

O jornalista Ricardo Noblat também é intimado pela Polícia Federal por comentário no Twitter sobre o Bolsonaro

 


O jornalista Ricardo Noblat, colunista da Veja e do Blog do Noblat, é alvo do mesmo inquérito aberto na Polícia Federal para investigar comentários de Guilherme Boulos nas redes sociais envolvendo Jair Bolsonaro.

A informação é do UOL.

Em 27 de março, Noblat comentou em seu Twitter: “Do jeito que as coisas vão, cuide-se Bolsonaro para que não apareça outro louco como Adélio”.

Para o deputado José Medeiros (Podemos), que provocou a PF a abrir o inquérito, o comentário “sugere que as pessoas deem facadas no presidente”.

Noblat considera a interpretação absurda.

“Eu fiz o comentário na sequência de um outro comentário que alguém tinha colocado e eu interpretei como um sinal de ameaça. Eu só comentei aquele tuíte que tinha aparecido. Não estava instigando coisa nenhuma. Eu estava dizendo que tem louco para tudo.”

Noblat já é alvo de outro inquérito por ter compartilhado uma charge de Aroeira ironizando o comportamento de Bolsonaro na pandemia.

A jornalista Rachel Sheherazade é surpreendida com e-mail do SBT avisando que ela iria mais apresentar o "SBT Brasil"




Do Uol:

 Imaginando que ficaria no comando do "SBT Brasil" até o final de outubro, Rachel Sheherazade foi surpreendida com um e-mail da emissora nessa segunda-feira, 28 de setembro, dizendo que ela não vai mais apresentar o telejornal. Sem direito a uma despedida, a jornalista optou por gravar um vídeo no You Tube para falar da situação. 

"Achei que seria de bom-tom não sair à francesa. Eu venho dizer adeus. Adeus, não, um até breve", disse. O "SBT Brasil" foi apresentado nesta segunda por Marcelo Torres e Márcia Dantas. 

Sheherazade lamentou a forma como foi avisada da nova situação: "Infelizmente não tive a oportunidade de me despedir dos meus telespectadores, dos meus colegas e amigos que fiz na emissora e por isso estou tentando fazer agora", disse ela. 

Depois de quase dez anos no telejornal, a jornalista disse que se considera responsável, em parte, pela melhora na audiência do "SBT Brasil". E também pela atenção que o programa ganhou da mídia.

Advogado negro afirma que foi espancado, torturado e humilhado por PMs de Goiás até dizer que votaria no Bolsonaro

 

        Foto: Divulgação

Do Metrópoles:

Um advogado de 24 anos afirma que foi vítima de espancamento, abuso de autoridade, racismo e perseguição política por seis policiais militares em Luziânia (GO), cidade do Entorno do Distrito Federal. Homem negro, o advogado conta ter sido algemado, agredido com socos, spray de pimenta e armas de choque, além de humilhado por ter dito que votava no PT. Ele teria sido obrigado a afirmar que passaria a votar em Jair Bolsonaro (sem partido) para se ver livre da suposta ação truculenta.

O homem, que pediu para não ter o nome divulgado, registrou um Boletim de Ocorrência e fez exame no Instituto Médico Legal para comprovar as lesões. Ele também denunciou o caso à corregedoria da PM goiana (foto em destaque). Quase 24 horas após o fato, ao conversar com o Metrópoles, o advogado ainda estava com a voz bastante rouca – efeitos do spray de pimenta, conforme afirmou.

Ele contou que atravessava a avenida Alfredo Nasser, em Luziânia, acompanhado por dois amigos, sendo o único negro do grupo. Por volta das 23h40 de domingo (27/9), três viaturas da PM passaram em alta velocidade e fizeram uma manobra bem perto do trio. “Eu perguntei: ‘vai atropelar?’. Ai ele [um dos PMs] já desceu dando três tapas no meu rosto e jogando spray de pimenta”, relata.

O jovem diz ter sido algemado em seguida, enquanto seguiam as agressões. “Socos na cabeça, chutes, muita violência. Aí me jogaram no camburão e pensei que pelo menos ia poder reclamar a um delegado, mas eles me levaram para o batalhão da PM, o 10º Batalhão de Luziânia, me tiraram da viatura e continuaram o espancamento no estacionamento. Gritei muito para ver se aparecia algum superior, mas ninguém veio”, destaca.

Augusto Aras pede ao Supremo autorização para investigar a deputada Joice Hasselmann por vários crimes

 

                                                     Joice Hasselmann (Foto: Maryanna Oliveira - Câmara dos Deputados)

A deputada Joice Hasselmann se tornou alvo de inquérito no STF, a pedido do procurador-geral Augusto Aras. Ela é suspeita de instrumentalizar o gabinete e usar funcionários para a geração de perfis falsos nas redes sociais. 

No pedido de inquérito, a PGR afirma que há indícios de crimes de constrangimento ilegal, por possível constrangimento dos assessores, mediante ameaça, para a criação de perfis falsos. Hasselmann também é acusada de 1) difamação, pela imputação de fatos ofensivos a terceiros; 2) falsidade ideológica, pela suspeita de uso de CPFs falsos para criação dos perfis; e 3) associação criminosa.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

O Metrô de São Paulo diz que o jornalista César Tralli dá “show de desinformação” na Globo

 


Do site oficial do Metrô e da CPTM.

O roteiro já é mais do que conhecido e típico do jornalismo preguiçoso que muitas vezes afeta a maior rede de TV do Brasil: mostra-se um atraso numa obra, entrevistam-se pessoas afetadas por isso, explica-se o que deveria ter sido feito, ouve-se o governo e por fim vem a velha expressão de indignação do apresentador do telejornal. Nesta sexta-feira, 25, no entanto, os protagonistas dessas “reportagens clichê” passaram da conta.

Ao tentar criar a conhecida repercussão negativa sobre o atraso de mais uma obra do Metrô de São Paulo, o jornalista César Tralli soltou um absurdo: as obras da extensão da Linha 2-Verde após Vila Prudente deveriam ter ficado prontas em 2013, segundo ele.

Para o jornal SP1, o Metrô deveria ter concluído a obra antes mesmo da assinatura do contrato, que ocorreu em 2014, ou seja, no ano seguinte. A reportagem foi além: misturou assuntos ao citar uma licitação que foi anulada nesta semana como pretexto para justificar a crítica aos atrasos. Só que o certame em questão, de número 40208212, é de 2008 e envolve um serviço que nada tem a ver com a extensão da Linha 2 e sim com a via permanente do trecho entre Alto do Ipiranga e Vila Prudente e que já está em operação há uma década.

O SP1 cita o Tribunal de Contas do Estado como fonte para a data de 2013, mas ignora-se onde o telejornal viu tal informação. No painel que o TCE disponibiliza ao público, e que foi citado por um artigo do site nesta semana, não há qualquer menção a esse ano, apenas a paralisação de alguns contratos em outubro de 2014, um mês após sua assinatura.

A licitação de extensão da Linha 2-Verde foi lançada em agosto de 2012 ainda como Linha 15-Branca, por conta de uma manobra burocrática do Metrô para viabilizar o monotrilho da atual Linha 15, então chamado de Linha 2. No entanto, o processo de seleção dos consórcios teve idas e vindas e só foi resolvido dois anos depois. O governo do estado inclusive conseguiu viabilizar junto ao BNDES um empréstimo de R$ 1,5 bilhão na época, porém, a situação econômica do país já estava em declínio e a gestão Alckmin decidiu congelar o projeto e se concentrar nas obras em andamento.

Felizmente, os processos de desapropriação seguiram em frente e hoje quase toda a área necessária para a construção das 13 novas estações está liberada ou em vias de ser repassada ao estado. Caso contrário, haveria mais atrasos no início das obras, que ainda estão em ritmo lento de fato, mas nada muito diferente de outros projetos de metrô subterrâneo. De correto, o jornal afirmou que a obra encolheu. De fato, a gestão Doria priorizou o trecho entre Vila Prudente e Penha e que deve ser entregue entre 2025 e 2026. A chegada em Guarulhos, por sua vez, ficará para uma segunda fase ainda sem previsão.

Os primeiros canteiros estão começando a ser montados e o consórcio que fará a escavação dos túneis está perto de encomendar o “tatuzão” que será usado. O governo, no entanto, espera pela liberação de um financiamento no exterior no valor US$ 550 milhões (cerca de R$ 3 bilhões), mas que depende do Cofiex, órgão federal que analisa a proposta.

A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou a jogadora Carol Solberg porque gritou "Fora Bolsonaro"

 


A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou a jogadora Carol Solberg. Na semana passada, a ela gritou “Fora Bolsonaro” após ganhar a medalha de bronze na etapa de Saquarema (Rio de Janeiro) do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia.


A denúncia contra ela se baseia em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): o 191 e o 258. Segundo a procuradoria, Carol deixou de cumprir o regulamento da competição e assumir conduta contrária à disciplina desportiva. Pelo primeiro, a punição varia de R$ 100 a R$ 100 mil. Pelo segundo, suspensão de uma a seis partidas.

O jornalista e apresentador Luís Ernesto Lacombe, com programa sem audiência a RedeTV!, diz que não é bolsonarista, embora tenha convergências


O jornalista e apresentador Luís Ernesto Lacombe, que nesta segunda-feira, 28 de setembro, estreou um novo programa na RedeTV!, disse que não se considera um “bolsonarista”, apesar de ter uma “convergência de ideias com o governo Bolsonaro”. 

“Não gosto de ser chamado de bolsonarista porque não sou militante. Não tenho políticos de estimação, não sou partidário. Se não tiver senso crítico, se não for desconfiado, um jornalista deixa de existir. Claro que tenho convergência de ideias com o governo Bolsonaro e enxergo nele muitas qualidades. Minha visão política não procura utopias, um mundo imaginário”, disse Lacombe em entrevista ao site F5.

Na entrevista, Lacombe diz defender o “livre mercado”, uma “menor participação do Estado” na vida dos cidadãos e “princípios morais”. “Não abro mão de defender menos Estado, livre mercado e um país com princípios morais, que respeite os valores em que construímos a nossa sociedade. É só olhar o que deu certo no mundo para definir o caminho para o desenvolvimento. É preciso apostar na manutenção do que funciona e na mudança gradual daquilo que pode melhorar”, afirmou. 

A pandemia e a queda da renda dos brasileiros em 2020


 
Mesmo os brasileiros que conseguiram manter seu trabalho durante a pandemia têm sentido no bolso o impacto causado pelo novo coronavírus na economia. E a queda no rendimento dos trabalhadores ocupados foi maior para aqueles que têm menor escolaridade, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), organizados pela consultoria IDados.

No primeiro semestre, os trabalhadores que não chegaram a completar o ensino médio tiveram quedas de até 25% em relação ao que costumavam ganhar no mês. Para calcular essa perda, o IBGE perguntou quanto o trabalhador recebia habitualmente naquele mês e quanto, de fato, entrou no seu bolso.

“É o lado sombrio de toda crise econômica: quem estudou menos é mais vulnerável no mercado de trabalho, o primeiro que teve o contrato suspenso e redução de jornada. E é ainda mais grave, ao se levar em conta que são essas pessoas que mais dependem do trabalho para sobreviver”, avalia o economista Matheus Souza, da IDados.

Até maio, a perda de renda obtida pelo trabalho era de 18% na média de todas as escolaridades. Em junho e julho, com a retomada gradual da economia, a queda foi aliviada, primeiro para 17% e, em seguida, para 13%.

Apesar de ter metodologia diferente, a Pnad Contínua (que é a pesquisa de referência) mostra que nesses meses nunca houve uma queda assim. “Desde o início da pesquisa, em 2012, a maior queda nesses meses foi de 3%, em 2015”, diz Souza.

Agora, ainda que tenha melhorado, a diferença da perda de remuneração que os menos instruídos (que não completaram o ensino fundamental) tiveram em relação aos que fizeram faculdade manteve-se elevada, em oito pontos porcentuais.

Souza ressalta que os dados se referem a uma média dos trabalhadores com essas qualificações, e que a perda de rendimento considera tanto os ocupados formais quanto os informais. No caso dos informais, parte dos trabalhadores contou com o auxílio emergencial, que já foi de R$ 600 e passa a ser de R$ 300 até o fim do ano.

“Ainda que os mais pobres tenham até visto um aumento de renda, a lembrança que o brasileiro guardará da pandemia será de perda do que recebia no trabalho”, diz o economista.

Entre maio e julho, os trabalhadores sem instrução alguma ou com até o ensino fundamental incompleto chegaram a perder R$ 431 por mês. É como se tivessem deixado de receber o equivalente a 40% de um salário mínimo, de R$ 1.045.

O João Doria quer o Sérgio Moro no governo dele em São Paulo


Membros do governo de São Paulo, comandado por João Doria (PSDB), discutiram nesse final de semana a possibilidade de o ex-juiz Sérgio Moro assumir a vaga de Paulo Dimas, ex-presidente do Tribunal de Justiça e atual titular da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado. Deixar o ex-ministro com uma função consultiva ou até a Segurança Pública foram outras opções discutidas, de acordo com informações divulgadas pela Coluna do Estadão

Moro deixou o governo em abril, apontando crime de responsabilidade de Bolsonaro, ao denunciar tentativa de interferência na Polícia Federal. Naquele mês o Supremo Tribunal Federal autorizou a abertura de inquérito com o objetivo de apurar as declarações do ex-juiz. 

Eleito com apoio de Bolsonaro, Doria foi se distanciando do seu ex-aliado, que ainda encontra dificuldades de articulação e para implementar uma agenda, com o objetivo de retomar a geração de empregos e o crescimento. Na pandemia, Bolsonaro também culpou governadores pelos casos e pelas mortes provocadas pela Covid-19. 

O Mandetta chama a deputada Bia Kicis de "racista nauseabunda, chula, pequena, inútil e abjeta"


 Luiz Henrique Mandetta comentou o post racista de Bia Kicis.

Ele disse para o Estadão, por WhatsApp:

“Racista nauseabunda. Chula. Pequena. Inútil. Abjeta. RACISTA!!!!!”.

A deputada bolsonarista tornou-se um dos assuntos mais comentados do Twitter, com a hashtag “Bia Kicis Racista”.

O jornalista Fernando Gabeira diz que o Bolsonaro diz tantas besteiras que talvez nem ele mesmo acredita no que fala


 “O discurso de Bolsonaro é tão mentiroso que talvez nem ele acredite no que fala”, diz Fernando Gabeira, a propósito de desmatamento e queimadas.

Ele diz ainda:

“As Forças Armadas têm compartilhado seu delírio. É assustador, pois indica uma distância da realidade incompatível com a tarefa de defesa nacional (…).

O general Heleno cogitou boicote nacional aos produtos escandinavos, mas não conseguiu se lembrar de nenhum. Não houve uma alma caridosa para informar que São Paulo é o segundo centro industrial da Suécia (…).

Será preciso que o mundo nos abandone para que se compreenda que somos governados por fantasmas do passado?"

domingo, 27 de setembro de 2020

Comentarista bolsonarista da CNN Brasil recebe agradecimento do Bolsonaro


O comentarista da CNN Caio Coppola fez um discurso digno de idólatra em defesa de Jair Bolsonaro nesta semana ao comentar as últimas pesquisas de avaliação de governo. Neste domingo, 27 de setembro, recebeu o prêmio: um retuíte do presidente do vídeo com sua fala.

Coppola atribui o apoio de Bolsonaro às críticas feitas a ele na imprensa. De acordo com sua tese, o presidente “sobe” nas pesquisas porque, de tanto ser criticado, passa a ser visto como vítima pela opinião pública.

“As elites estão conseguindo transformar um dos homens mais poderosos do Brasil em uma vítima, porque a tendência natural das pessoas é ter empatia com quem é atacado todo o tempo”, afirma, rebatendo uma série de críticas feitas a Bolsonaro.

Tentando agradar ao Bolsonaro, a deputada Bia Kicis faz montagem racista com o Mandetta e Sérgio Moro


A deputada Bia Kicis é um caso inacreditável.

Tentando atacar dois ex-ministros, ela conseguiu propagar racismo em um meme que supostamente mostra Henrique Mandetta e Sérgio Moro como dois homens pobres. Eles aparecem com a cor de pele escura, como se todos os pobres fossem negros.

Diz que eles “mudaram de cor” para pedir emprego na Magazine Luiza.

Bia Kicis presta esse serviço sujo para agradar o chefe no momento que Mandetta publica um livro mostrando como Jair Bolsonaro foi completamente irresponsável na pandemia do novo coronavírus.

Mesmo acusado de corrupção e considerado inelegível, o Crivella lança candidatura com apoio do Bolsonaro


Poucas horas depois do início da campanha eleitoral, Marcelo Crivella já publicou em todas as suas redes sociais um “santinho virtual” com uma montagem em que ele aparece ao lado de Jair Bolsonaro.

Mesmo sendo acusado de corrupção e tendo sido considerado inelegível pela Justiça Eleitoral ele lançou a canditura à reeleição e com o apoio do Bolsonaro e seus filhos.

No meio da imagem está a tenente-coronel Andréa Firmo, companheira de chapa do prefeito do Rio de Janeiro.

Veja o patrimônio declarado de cada um dos candidatos a prefeito de São Paulo




Os candidatos à Prefeitura de São Paulo declararam à Justiça Eleitoral patrimônio que vai de R$ 15,4 mil a R$ 5,1 milhões.

Veja a lista:

Andrea Matarazzo (PSD): R$1.494.923,55

Antonio Carlos (PCO): R$50.000,00

Arthur do Val (Patriota): R$408.635,44

Bruno Covas (PSDB): R$104.966,68

Celso Russomanno (Republicanos): R$1.772.944,11

Filipe Sabará (Novo): R$5.111.138,94

Guilherme Boulos (PSOL): R$15.416,00

Jilmar Tatto (PT): R$126.189,86

Joice Hasselmann (PSL): R$186.980,00

Levy Fidelix (PRTB): R$954.597,41

Márcio França (PSB): R$272.864,37

Marina Helou (Rede): R$2.244.000,00

Orlando Silva (PCdoB): R$738.360,38

Vera Lúcia (PSTU): R$20.000,00

A economista Monica De Bolle afirma que o processo de recuperação da economia será muito prolongado e lento

Monica De Bolle

                                                                                                                                           

Especialmente no Brasil, falta uma visão mais multidisciplinar da análise econômica?

Isso é particularmente marcante na macroeconomia. A microeconomia avançou mais. Juntou-se com a psicologia comportamental para explicar como pessoas fazem escolhas. Num modelo tradicional, as decisões são vistas como racionais, e a gente sabe que não é assim. Na parte aplicada, a microeconomia soube incorporar até técnicas biomédicas para fazer estudos randomizados e testar a efetividade de políticas públicas.

E a macroeconomia?

A macroeconomia é outra história. De muitas formas, parou no tempo. A economia nasceu da filosofia moral, depois virou economia política. Só após os anos 1950 que a economia foi tendo esse caráter mais tecnocrata. E virou um negócio de modelagem, análise quantitativa. O macroeconomista deve ter um olhar abrangente, saber que instituições, política e cultura afetam (a economia). 

E como isso fica evidente?

Ficou mais claro depois da crise de 2008. E, agora, mais ainda: porque a pandemia é um desafio muito maior do que o de 2008. Acho que há um atraso completo na macroeconomia. E a ruptura trazida pela pandemia deveria ser uma oportunidade para mudar isso.

Essa limitação de visão atrapalhou a previsão da crise?

Essa foi uma das motivações para meu canal no YouTube: como é que os economistas não estavam conseguindo enxergar a crise? Isso deixou muito visível a limitação a um molde de pensamento. Sempre tive um background na área biomédica, e estou estudando de novo, e ficou muito claro que a gente estava enfrentando uma coisa inédita, para a qual a economia não tinha boas respostas. Entendi também que (a crise) será muito severa e prolongada. É curioso, porque essas noções não foram completamente absorvidas. Já se entendeu que é uma questão severa. O que eu acho que não aconteceu, pelas projeções que se faz para a economia de 2021, é as pessoas se darem conta de que o processo (de recuperação) será muito prolongado e lento.

Sua série de livros trabalha com o tema ‘A Pilha de Areia’. Como se explica o conceito?

Quando você faz um castelo de areia, de uma coisa você tem certeza: em algum momento, ela vai desmoronar. Esse desmoronamento pode acontecer muito rapidamente ou demorar muito. Pensando nas pandemias, em termos da pilha de areia: a gente tinha certeza absoluta de que uma pandemia viria. Era dado, já tínhamos tido algumas – a última foi a de H1N1, em 2009. Aquela, em termos de pilha de areia, foi um desmoronamento pequeno e relativamente rápido. Na grande pandemia de 1918, foi exatamente o contrário: todo mundo achava que a influenza era uma gripe – os cientistas não entendiam como tanta gente estava morrendo. O tamanho e intensidade daquilo foi um choque para o mundo. Então, a gente tem de estar sempre preparado – e foi o grande erro do mundo todo, que ficou anestesiado com a H1N1, de 2009.

Isso atrapalhou a resposta econômica do Brasil à pandemia?

Acho que a gente conseguiu dar alguma resposta, ainda que muito insuficiente. A gente está deixando muita empresa de porte menor falir. Isso vai ter consequências graves para o emprego e para a eficiência dos mercados, porque você vai gerar uma concentração enorme em determinados setores. Isso se resolveria com política de crédito público.

O jornal O Estado de S. Paulo diz em editorial que o Bolsonaro “se sustenta com capacidade de fingir que é presidente sem exercer o cargo”

 


O governo de Jair Bolsonaro atingiu o maior patamar de aprovação desde sua posse, mostra pesquisa do Ibope recentemente divulgada. No levantamento, 40% dos entrevistados disseram considerar o governo “ótimo” ou “bom”, 11 pontos porcentuais acima do verificado em dezembro do ano passado – antes, portanto, da pandemia de covid-19. A avaliação negativa caiu de 38% para 29% no mesmo período.

Bolsonaro obviamente não atingiu esse nível de aprovação em razão do modo destrambelhado como está lidando com a pandemia. Sua gestão da crise é um desastre em todos os aspectos – e os quase 140 mil mortos falam por si. O mais provável é que, ao contrário, o presidente, ao isentar-se sistematicamente de qualquer responsabilidade no que diz respeito à doença e a seus efeitos sociais e econômicos, terceirizou a impopularidade, sentida muito mais pelo Congresso e, principalmente, por governadores e prefeitos – obrigados, estes sim, a enfrentar o desafio da pandemia, contando com escassa ajuda federal e em muitos momentos sendo hostilizados pelo próprio presidente.

Pode-se especular que, para parte significativa dos entrevistados, a covid-19 não passava mesmo de uma “gripezinha”, como a ela jocosamente se referiu Bolsonaro, que a todo momento estimulou aglomerações e a “volta à normalidade”, como se isso fosse possível. As imagens de praias lotadas mesmo diante das evidências de que o pior ainda não passou são mais eloquentes do que qualquer pesquisa.

Assim, o crescimento da popularidade de Bolsonaro, a despeito de tudo, é uma espécie de elogio à irresponsabilidade, traduzida não somente em sua infame campanha a favor do uso da cloroquina, espécie de elixir bolsonarista, mas principalmente na conclusão do presidente segundo a qual quem ficou em isolamento na pandemia é “fraco” e se “acovardou”.

Ao mesmo tempo, Bolsonaro segue colhendo os frutos eleitorais do auxílio emergencial para os mais necessitados. Entre os entrevistados com renda familiar de até um salário mínimo, a popularidade presidencial saltou de 19% para 35% desde dezembro. Entre os que estudaram até a 8.ª série, a aprovação de Bolsonaro passou de 25% para 44%. Nada semelhante a isso se verificou nas faixas socioeconômicas intermediárias e superiores da população.

O governo provavelmente vai explorar a pesquisa como prova de que o presidente sempre esteve certo e o resto do mundo, errado. É preciso deixar claro, contudo, que popularidade nem sempre é sinônimo de bom governo – que o diga Dilma Rousseff, que na metade de seu primeiro mandato tinha aprovação superior a 60% e que conseguiu se reeleger em 2014 a despeito de seu desempenho calamitoso na Presidência.

Por enquanto, Bolsonaro se sustenta graças a uma combinação de populismo barato com uma assombrosa capacidade de fingir que é presidente sem exercer o cargo. Mais cedo ou mais tarde, contudo, a ausência de um plano claro de governo, fruto da patente inaptidão de Bolsonaro para desempenhar a função para a qual foi eleito, será percebida pela população.