domingo, 30 de abril de 2023

Em Santa Catarina, 15 prefeitos bolsonaristas são presos por prática de corrupção


Uma investigação do Ministério Público revelou um dos maiores esquemas de corrupção da história de Santa Catarina. Até agora, 15 prefeitos do estado já foram presos pela PF e pelo Gaeco. Todos eles fizeram campanha para Jair Bolsonaro (PL).

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A operação começou no ano passado, após delações premiadas, rastreamento de celulares e apurações de documentos. Na 1ª fase, em 6 de dezembro de 2022, quatro prefeitos foram detidos.

Já na 2ª fase, em 2 de fevereiro de 2023, dois prefeitos foram presos. Na 3ª fase, o prefeito de Tubarão teve o mandado de prisão preventiva cumprido junto com o vice. Na 4ª fase, na quinta, foram presos oito chefes do executivo municipal.

O prefeito Luis Antonio Chiodini (PP), de Guaramirim, seria o 16º preso na operação, mas ele é considerado foragido. Ele está na Europa, em viagem familiar, segundo a prefeitura.

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Veja quem são os presos até agora:

Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo;
Marlon Neuber (PL), de Itapoá;
Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva;
Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul.
Joares Ponticelli (PP), de Tubarão;
Adilson Lisczkovski (Patriota), de Major Vieira
Alfredo Cezar Dreher (Podemos), de Bela Vista do Toldo
Luiz Divonsir Shimoguiri (PSD), de Três Barras
Antônio Ceron (PSD), prefeito de Lages, que agora está em prisão domiciliar;
Luiz Carlos Tamanini (MDB), de Corupá;
Armindo Sesar Tassi (MDB), de Massaranduba;
Adriano Poffo (MDB), de Ibirama;
Deyvison Souza (MDB), de Pescaria Brava;
Felipe Voigt (MDB), Schroeder
Patrick Corrêa (Republicanos), de Imaruí.

O prefeito de Lages, Antônio Ceron, foi solto mediante ao uso de tornozeleira eletrônica por causa de problemas de saúde. O restante dos políticos permanece preso.

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O esquema de corrupção

Segundo as investigações comandadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), uma empresa catarinense seria a responsável por pagar propina para agentes públicos no estado para ter acesso a licitações em diferentes municípios.

O epicentro da investigação é a empresa Serrana Engenharia, que atua na área de engenharia sanitária e ambiental em Joinville, no Norte de Santa Catarina.

Um empresário seria o responsável pela interlocução com agentes públicos para a negociação de propina, confirme os investigadores. Esse “mensageiro” não trabalharia mais na empresa há 10 anos, mas fazia o papel de interlocutor com os agentes públicos.

Santa Catarina é um dos estados mais bolsonaristas do Brasil e ganhou destaque na imprensa nacional nas últimas semanas por conta da ascensão de células neonazistas identificadas na região. Agora, o estado também fica marcado pelo maior esquema de corrupção descoberto no ano.

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Após do desconvite de ministro do governo Lula e perda de patrocínio, Agrishow cancela ato de abertura com Bolsonaro


Organizadores da Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), em Ribeirão Preto (SP), anunciaram neste sábado (29) o cancelamento da abertura do evento, após o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ter sido desconvidado do evento por conta da confirmação da presença de Jair Bolsonaro (PL). O governo considerou uma descortesia e o Banco do Brasil cancelou o patrocínio à feira. 

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"Em virtude de toda a repercussão gerada pela cerimônia de abertura da 2 edição da Agrishow, as entidades realizadoras do evento optaram por não realizar solenidade de abertura da feira, prevista para o dia 1º de maio, às 11h", disseram os organizadores em nota. 

Segundo o documento, a decisão foi tomada pelas entidades que organizam a Agrishow. São elas: Abag (Associação Brasileira do Agronegócio); Abimaq (Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos); Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos); Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo) e SRB (Sociedade Rural Brasileira).

O ex-presidente poderá ir à feira e ficar circulando pelo local, entre os diversos estandes, mas não deve fazer mais discursos no evento.

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sábado, 29 de abril de 2023

Os bolsonaristas não desejam regular fake news porque querem seguir mentindo


É zero o interesse dos bolsonaristas em aprovar qualquer artigo que seja do projeto que regulamenta as fake news, que será votado semana que vem.

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Eleitos desde 2018 com a disseminação de mentiras nas redes sociais, esses seguidores de Jair Bolsonaro atuam para derrotar a proposta.

Bolsonarista não pode ver um movimento de colocar regras nesse universo e partem para acusar o governo de querer criar o “Ministério da Verdade”. Foi assim com a decisão da Advocacia-Geral da União (AGU) em criar a Procuradoria Nacional da Defesa da Democracia, instituída para combater as fake news, fazendo a devidas correções nas plataformas.

Esse argumento, do “Ministério da Verdade”, tem sido usado por Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), na tentativa de derrubar o texto.Para aprovar a proposta , o relator Orlando Silva (PCdoB-SP) teve que excluir a figura da agência que irá decidir quem mente ou não nas redes. As chamadas big techs estão adorando essa pressão contra o projeto.

A aprovação dessa regulamentação é necessária para o país, mas é incerta. O relator fez alterações que já agradaram a grupos que votaram contra a urgência da proposta nesta semana, caso dos evangélicos. Para ganhar esse apoio, Silva teve que incluir no texto religiosos que trechos da Bíblia não serão considerados fake news. Se chegou a esse ponto.

Do Blog do Noblat

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O Banco do Brasil cancela patrocinio do Agrishow que foi transformado em evento político da extrema-direita bolsonarista


A Agrishow, maior feira do setor agropecuário da América Latina, sem qualquer constrangimento, cometeu uma deselegância (lida no Planalto como provocação) esta semana ao “desconvidar” o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo Lula, Carlos Fávaro, para a abertura do evento. O substituto na cerimônia será o ex-presidente Jair Bolsonaro. Oficialmente os organizadores da Agrishow dizem que Fávaro segue convidado, mas o presidente da feira, Francisco Maturro, não negou que “um grande movimento do agro” que exigiu o antigo mandatário de extrema direita.

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Só que a ousadia da provocação política e ideológica custou caro. O Banco do Brasil, um dos patrocinadores do evento, cortará o contrato de patrocínio com a Agrishow. Quem confirma a informação é o ministro da Secretaria da Comunicação da Presidência da República (SECOM), Paulo Pimenta.

“Descortesia e mudança de caráter de um evento institucional de promoção do agronegócio para um evento de características políticas e ideológicas. Ou é uma feira de negócios plural é apartidária ou não pode ter patrocínio púbico”, disse o chefe da SECOM. Mais cedo, o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, já tinha ido ao Twitter para falar sobre a suspensão de patrocínios com dinheiro público para quem quer fazer política em ambiente de negócios.

Tarciana Medeiros, que é presidente do Banco do Brasil, tinha uma palestra marcada na Agrishow, mas sua presença também foi cancelada. O valor total do patrocínio destinado ao evento do agronegócio não foi revelado pelo governo federal.

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Empresário bolsonarista que fez convite para ato golpista tem dívida de R$ 62 milhões com a União e responde várias ações

 Ruy Barreto Filho, empresário bolsonarista que chamou colegas para participar de atos golpistas em frente ao Comando Militar do Leste no fim do ano passado, deve R$ 62 milhões à União. As informações são de registros da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

Barreto Filho é presidente do conselho superior da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e proprietário da empresa Café Solúvel Brasília. De acordo com dados da Justiça Federal do Rio de Janeiro, ele encerrou as atividades de duas empresas de maneira irregular.

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Por conta disso, segundo a coluna de Guilherme Amado no Metrópoles, responde nominalmente pelas dívidas nesses processos. A prática pode mostrar que o dono de uma empresa tentou se livrar de dívidas de modo fraudulento.

O bolsonarista é alvo de 11 ações em que o poder público cobra R$ 48 milhões, que são parte de uma dívida: quatro movidos pela União, três pela Advocacia-Geral da União (AGU) e quatro pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que é subordinada ao Ministério da Fazenda.

O empresário concorre à reeleição presidência do conselho superior da ACRJ e pretende usar o cargo para fins políticos. No mesmo grupo de WhatsApp em que convocou apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para ir para a porta dos quartéis protestar contra o resultado das eleições de 2022, ele defendeu que a associação emitisse uma nota de repúdio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem chamou de “ex-presidiário”.

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quarta-feira, 26 de abril de 2023

Empresa desmente fake news da CCN Brasil contra o presidente Lula e divulgada por Nikolas Ferreira


A Antonov, estatal ucraniana especializada em aeronaves de grande porte, emitiu nota oficial em suas redes sociais desmentindo uma matéria picareta da CNN sobre suspensão de negociações com o Brasil após declarações de Lula a respeito da guerra.

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De acordo com a CNN, numa matéria plantada pelo governo de São Paulo — que estaria no meio das negociações –, citando um suposto advogado, “o investimento previsto seria de US$ 50 bilhões com geração de 10 mil empregos diretos e indiretos”.

Para ter uma ideia do disparate, o PIB da Ucrânia em 2021 foi de 200 bilhões de dólares. Absolutamente nada para em pé na “apuração”. Nada. É nível Jovem Pan de indigência jornalística.

“A ANTONOV não tem representante autorizado no Brasil e não concedeu a nenhuma pessoa, incluindo escritórios de advocacia, qualquer autoridade para representar os interesses da empresa”, diz o comunicado.

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A mentira está sendo reproduzida por deputados bolsonaristas, evidentemente, como o delinquente Nikolas Ferreira, para atacar o governo.

A nota da Antonov:

Atualmente, os meios de comunicação de massa da República Federal do Brasil estão compartilhando a informação falsa de que a Companhia ANTONOV suspendeu supostas negociações sobre o suposto lançamento da produção de aeronaves no Brasil.

A ANTONOV declara oficialmente que realiza constantes consultas com parceiros estrangeiros de vários países, incluindo a República Federal do Brasil, como parte de suas atividades visando promover produtos e serviços nos mercados estrangeiros.

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No entanto, a ANTONOV não tem representante autorizado no Brasil e não concedeu a nenhuma pessoa, incluindo escritórios de advocacia, qualquer autoridade para representar os interesses da empresa.

A ANTONOV enfatiza o seu interesse no desenvolvimento da cooperação com a República Federal do Brasil no campo das tecnologias da aviação e apreciará as iniciativas oficiais do Brasil sobre o estabelecimento de uma cooperação mutuamente benéfica.

Assim, a reportagem na imprensa brasileira não é o posicionamento oficial da ANTONOV.

A fim de evitar manipulações e o agravamento da parceria internacional, além de levar em conta a atual situação internacional causada pela invasão em grande escala da Federação Russa na Ucrânia, a ANTONOV pede gentilmente aos meios de comunicação que verifiquem cuidadosamente as informações relacionadas com as atividades da companhia que forem recebidas de outras fontes.

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Com muito medo, o Jair Bolsonaro diz na Polícia Federal que postagem contra urnas foi 'sem querer'


Durante seu depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira (26), Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o vídeo que postou com fake news sobre o sistema eleitoral apenas três dias após os ataques ocorridos em 8 de janeiro foi um 'equívoco'. 

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"Este vídeo foi postado na página do presidente no Facebook quando ele tentava transmitir para o seu arquivo de WhatsApp para assistir posteriormente. Por acaso, justamente nesse período, ele estava internado em um hospital em Orlando. [A postagem] foi feita de forma equivocada. Tanto que pouco depois, duas ou três horas depois, ele foi advertido e imediatamente retirou a postagem", alegou o advogado Paulo Cunha Bueno, que acompanhou Bolsonaro no depoimento. 

Bolsonaro foi interrogado por cerca de duas horas no inquérito dos atos golpistas de 8 de janeiro e deixou a sede da Polícia Federal em Brasília por volta de 11h20. 

Os investigadores acreditam que uma postagem feita por ele em 11 de janeiro o vincula aos atos golpistas, uma vez que o post, que duvidava do sistema eleitoral sem apresentar provas, foi considerado um sinal de que ele poderia ter encorajado a invasão dos prédios dos Três Poderes da República.

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terça-feira, 25 de abril de 2023

O senador Cid Gomes (PDT-CE) confronta o Roberto Campos Neto e pede para ele sair da presidência do Banco Central


O senador Cid Gomes (PDT-CE) pediu a exoneração de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, durante a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O parlamentar lembrou que ele se posicionou a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro e pediu que ele “pegue seu bonezinho” e deixe o posto.

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“O senhor fez manifestações públicas em defesa do presidente Bolsonaro. Pegue o seu bonezinho e peça para sair”, afirmou Cid. Ele ainda levou o boné até onde Campos Neto estava sentado, na mesa do Senado.

O senador ainda disse que o banco está fazendo um papel de “Robin Hood às inversas” e retirando dinheiro do Orçamento, que seria investido em obras para o povo mais pobre, para dar aos ricos.

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“É o governo fazendo papel de Robin Hood às inversas. O Robin Hood tirava dos ricos para distribuir entre os pobres. O governo brasileiro, leia-se Banco Central, tira dos pobres, tira do Orçamento da União, R$ 510 bilhões para concentrar na mão de ricos”, afirma o senador.

Ele levou um quadro para apresentar dados econômicos ao presidente do BC e afirmou que uma redução na taxa de juros poderia triplicar o valor do Bolsa Família para os beneficiários.

segunda-feira, 24 de abril de 2023

O escritor, cantor e compositor Chico Buarque manda recado a Bolsonaro ao receber prêmio de Lula


Ao receber o Prêmio Camões de Literatura nesta segunda-feira (24/4), em Portugal, o escritor, cantor e compositor brasileiro Chico Buarque agradeceu ao ex-presidente Jair Bolsonaro por não ter lhe entregado a homenagem em 2019. 

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O cantor foi indicado ao prêmio em 2019, durante o governo de Bolsonaro. Na época, porém, o então presidente brasileiro se recusou a assinar o diploma da premiação. 

Em seu discurso, o cantor brincou e disse ter ficado receoso pelo possível esquecimento dos portugueses, que também fazem parte do prêmio. 

Chico Buarque chamou a atenção da militância de esquerda, ao dizer que “a ameaça fascista persiste” e que não pode haver distração, mesmo com a derrota de Bolsonaro.

Logo no início de sua fala, o artista brasileiro ironizou a repercussão da compra de uma gravata pela primeira-dama Janja a Lula em uma loja de luxo em Lisboa durante a viagem.

“Estou emocionado, porque hoje de manhã ela saiu do hotel, atravessou a rua e foi comprar essa gravata para mim”, disse Chico rindo, ao se referir a sua esposa, a advogada Carol Proner.

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Comentarista da Jovem Pan vira piada ao confundir a bandeira do Rio Grande do Sul com a do MST nas invasões do 08 de Janeiro


Jorge Serrão, editor-chefe do Alerta Total e comentarista da Gazeta do Povo e da Jovem Pan, virou piada na internet após confundir a bandeira do Rio Grande do Sul com a do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Ele publicou uma imagem das câmeras de segurança durante o ataque terrorista de 8 de janeiro e questionou por que havia um invasor com a bandeira do movimento.

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“Pergunta para a CPMI fazer: O que esse ‘patriota’ estaria fazendo com a bandeira do MST na mão, dentro do Palácio do Planalto, durante a invasão com depredação do 8 de janeiro?”, escreveu nas redes sociais.

A imagem divulgada pelo bolsonarista é de um dos invasores do Palácio do Planalto no 8 de janeiro. A ideia da publicação era estimular a narrativa da extrema direita de que o governo Lula enviou “infiltrados” para o ataque numa tentativa de prejudicar o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Nos comentários da publicação, usuários do Twitter zombam do “jornalista”, pedindo para que ele “volte para a escola” e dizendo que ele faz parte do “fascismo daltônico”.

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O senador Jorge Kajuru pede desculpas ao ministro Gilmar Mendes




O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) encaminhou um pedido de desculpas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes por ter cometido "exageros nas críticas" que fez  à trajetória do magistrado na Corte e por ter acusado o ministro de vender sentenças.

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"Peço-lhe desculpas sinceras, em nome da minha falecida mãe, dona Zezé, e de Deus", escreveu o parlamentar no documento enviado ao ministro, segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. 

"Reconheço que exagerei e passei da primeira página quando fiz duras e indevidas críticas ao vosso comportamento durante a trajetória como ministro do STF", ressaltou Kajuru em outro trecho do texto. 

Pedido de desculpas foi feito após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar o parlamentar, na semana passada, pelo crime de calúnia por acusar o ministro de vender sentenças judiciais. A acusação de Kajuru foi feita durante uma entrevista à Rádio Bandeirantes, em 2019. Ao saber da declaração, Gilmar Mendes ingressou com uma representação contra o senador junto ao STF. 

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domingo, 23 de abril de 2023

Veja a evolução dos celulares ao longo do tempo

 





Pedro S. Teixeira (FSP, 01/04/23) publicou interessante reportagem. A história dos mais de 15 bilhões de telefones celulares no mundo começou 50 anos atrás, em 3 de abril de 1973.

Martin Cooper, engenheiro eletrotécnico da então empresa de rádio automotivo Motorola, ligou para um rival que trabalhava no Bell Labs, da AT&T, para informar que havia vencido a corrida da telefonia móvel.

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“Estou ligando para você de um celular, mas um celular de verdade, pessoal, que cabe na mão”, disse Cooper para o engenheiro concorrente Joel Angel. Antes da reviravolta, a AT&T liderava essa disputa com seu sistema de transmissão de ondas celulares.

A noção de um celular que cabia na mão era diferente da atual. O primeiro DynaTAC pesava 1,4 kg e tinha 25 cm de comprimento. Um tijolo vazado de 19 cm de comprimento pesa em média 2,2 kg. O próprio Cooper, hoje com 94 anos, disse em entrevista à AFP na quinta-feira (30) que era impossível segurar o aparelho por mais de 25 minutos —o tempo que durava a bateria do dispositivo.

O engenheiro Martin Cooper segura com sua mão direita um aparelho celular contemporâneo e com sua mão esquerda o primeiro protótipo DynaTAC, usado para ligar para o concorrente da AT&T, então conhecida como Bell Labs. Cooper. 94, é um homem, branco, veste terno escuro e camisa cinza, sem gravata.
O engenheiro Martin Cooper segura com sua mão esquerda um aparelho celular contemporâneo e com sua mão direita o primeiro protótipo DynaTAC, usado para ligar para o concorrente da AT&T, então conhecida como Bell Labs. – Valerie Macon/AFP

Ainda assim, Cooper liberou os telefones dos carros. Os aparelhos da AT&T ficavam acoplados a automóveis.

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Para colocar o primeiro celular no mercado, a Motorola levou mais dez anos. Apenas em 1983, começou a vender o DynaTAC 8000x, por US$ 5.000 (US$ 15,4 mil em valores atuais, ou R$ 78 mil). Isso porque precisou desenvolver, com US$ 100 milhões, um sistema analógico de transmissão de rádio capaz de suportar a nova clientela, também chamado de DynaTAC.

A noção do que era um celular mudou ao longo dessa metade de século. Aparelhos começaram a tocar faixas em mp3, enviar emails, acessar navegadores de internet e baixar aplicativos. Os preços também baixaram. Nos Estados Unido, um iPhone 14 Pro custa a partir de US$ 999 (cerca de R$ 5.100).

A última revolução dos aparelhos telefônicos veio com o design minimalista do iPhone 2G da Apple, lançado em 2007. O feito consolidou a já grande fama do empresário Steve Jobs. A funcionalidade de multitouch, que permite selecionar dois pontos da tela ao mesmo tempo com os dedos, garante a experiência de uso de dispositivos móveis à qual estamos acostumados hoje.

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Em entrevista ao veículo especializado em tecnologia Motherboard, dez anos atrás, Martin Cooper foi além. O engenheiro que idealizou o primeiro telefone móvel pensou no futuro da tecnologia como um chip implantado atrás da orelha, com acesso a uma rede de computadores. “Seria um telefone por voz em estado ótimo.”

“O conceito de aplicativos está todo errado. O ideal seria ter uma inteligência artificial capaz de atender aos nossos pedidos, idealmente mais inteligente do que nós. Seria um servo portátil”, disse o criador do celular, bem antes de a OpenAI lançar o ChatGPT, que tem impressionado as pessoas por suas capacidades textuais.

Na conversa de quinta-feira com a AFP, Cooper lamentou que as pessoas sejam consumidas pelas telas de seus smartphones. “Quando vejo alguém atravessando a rua olhando para o telefone, eu me sinto péssimo. Eles não estão pensando.”

Em excesso, o celular pode causar problemas de sono e de postura, irritabilidade e sedentarismo. Esses efeitos colaterais podem ser piores para crianças, que não têm as capacidades socioemocionais de um adulto, de acordo com a professora da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) Evelyn Eisenstein.

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Segundo a pesquisa TIC Kids Online de 2022, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 96% dos jovens de 9 a 17 anos já têm celular no Brasil.

Em junho de 2022, o país já tinha 242 milhões de smartphones, conforme dados da pesquisa “Uso de Tecnologias da Informação no Brasil”, da FGV (Fundação Getulio Vargas). O país tem mais de um aparelho por habitante desde 2016.

Evelyn Eisenstein recorda que, em 1990, quando chegaram os primeiros celulares no Brasil, o acesso era difícil. “Nós usávamos o aparelho nas emergências dos hospitais. Era um objeto pesado, que guardávamos em um cinto especial.”

Ela se refere ao Motorola PT-550, que logo ganhou o apelido “tijolão” no país. O modelo, contando a antena externa no topo, alcançava 22,8 cm de comprimento. O design do celular era inovador por sua dobradiça que protegia as teclas de poeira. No exterior, o aparelho custava US$ 3.000 e tinhas as funções agenda telefônica e identificador de chamada.

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Quem quisesse usar a linha de celular ainda tinha que desembolsar até US$ 20 mil para a estatal Telerj —e havia fila. O sistema de transmissão ainda era analógico, como aqueles dos Estados Unidos nos anos 1980.

O ex-deputado Eduardo Cunha, que presidiu a empresa de telefonia carioca entre 1991 e 1993, costuma dizer que liderou a implantação da telefonia móvel no Brasil. Essas primeiras linhas contavam com o prefixo “982”. A estatal depois foi privatizada, como as outras subsidiárias e veio a dar origem à companhia que conhecemos como Oi, hoje em sua segunda recuperação judicial.

A estatal paulista Telesp só veio trazer o serviço para o estado em 1993. Em 1997, em Brasília, começou a operar o primeiro serviço de celular digital no Brasil. Nos anos 2000, o país começou a adotar o sistema de padrão europeu, GSM.

Com o avanço da tecnologia, hoje, é possível comprar um chip pré-pago em qualquer banca de jornal. Alguns aparelhos voltaram a ser dobráveis, como o então inovador “tijolão”. Um aparelho de topo de linha, como o iPhone 14 Pro Max, custa a partir de R$ 9.499 na loja oficial da Apple.

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