segunda-feira, 31 de julho de 2023

O presidente Lula afirma que investir em educação é fundamental para a soberania e qualidade de vida do brasileiro




O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira (30) a lei que institui o programa Escola em Tempo Integral em solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Em seu discurso, ele enfatizou que investir em educação é fundamental para a soberania e qualidade de vida do país. 

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Lula ressaltou o papel da educação e da universalização do acesso à escola pública de qualidade para a construção de uma sociedade mais consciente e menos desigual, onde os filhos de famílias pobres tenham as mesmas oportunidades que os filhos de famílias ricas.

O presidente também destacou a educação como um fator de transformação social e um espaço estimulante para o desenvolvimento de cientistas, intelectuais e novos talentos esportivos e artísticos. Segundo ele, prefeitos, governadores e toda a sociedade precisam compreender que investir em educação é a mais importante ação para garantir a soberania e qualidade de vida de uma nação.

Lula enfatizou que o conceito de ensino em tempo integral vai além de simplesmente estender o tempo de permanência dos alunos na escola. Trata-se de oferecer atividades complementares que desenvolvam as habilidades dos estudantes e proporcionem estímulos intelectuais, culturais e psicossociais mais elevados.

Para o presidente, uma escola de qualidade promove o surgimento de diversos talentos e isso se reflete na valorização dos professores e na ampliação e reestruturação das escolas públicas. Essas devem contar com quadras poliesportivas, laboratórios, espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos necessários.

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Inclusão social

Lula lembrou dos retrocessos pelos quais o país passou nos últimos anos, levando novamente para as ruas um grupo de crianças e adolescentes que deveriam estar na escola, mas saem em busca de esmolas para sobreviver. Ele destacou a necessidade de o Brasil combinar novamente crescimento econômico com inclusão social, voltar a gerar empregos e oportunidades, acabar de novo com a fome e fazer da Educação uma das principais prioridades do Brasil.

Mais uma vez, o presidente afirmou que recursos destinados à educação são investimentos, não gastos, e disse ser preciso saber quanto custou ao Brasil não fazer as coisas no tempo certo. Os prejuízos desse atraso – como não ter alfabetizado o país inteiro no começo do século passado – sempre cai na conta dos mais pobres, disse.

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Medidas para a educação

O presidente mencionou outras medidas de valorização da educação já adotadas pelo Governo Federal desde janeiro – como retomada de obras paradas, reajuste no piso salarial dos professores, recomposição do orçamento de universidades e institutos federais – e disse que não descansará enquanto não consolidar definitivamente a educação como um investimento no futuro do Brasil e do povo brasileiro.

“A educação é o espelho do desenvolvimento de um país. Queremos olhar nesse espelho e ver refletida uma sociedade que caminha para a construção de um país mais desenvolvido e mais solidário, com uma educação pública de qualidade, e livre de todas as formas de desigualdade”, finalizou.

O programa oferece carga horária mínima de sete horas e combina atividades pedagógicas, esportivas, culturais e de lazer. A solenidade contou com a presença de educadores, gestores escolares, estudantes, ministros, parlamentares e governadores.

O ministro da Educação, Camilo Santana, detalhou o Escola em Tempo Integral, que prevê investimentos de R$ 4 bilhões, ter 1 milhão de novas matrículas de tempo integral na educação básica de todo o Brasil neste ano e chegar a 3,2 milhões de matrículas até o fim de 2026. 

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Municípios e estados interessados podem aderir pelo Sistema Simec. O programa prevê, em conjunto com o fomento financeiro, ações de assistência técnica às secretarias e comunidades escolares, com o objetivo de aprimorar o trabalho pedagógico da educação em uma perspectiva integral. 

Entre as vantagens de o aluno ter acesso à escola integral, o ministro mencionou maior chance de ingresso na universidade, maior taxa de ocupação e perspectiva de remuneração, redução dos índices de violência na juventude e redução da evasão escolar.

Banda larga nas escolas

Pelas redes sociais, Lula anunciou a liberação de R$ 3,5 bilhões para aquisição de equipamentos e contratação de banda larga nas escolas e a mudança das regras para as concessões de bolsas de estudo e pesquisa a participantes de programas de formação inicial e continuada de professores para a educação básica, acabando com antigas exigências e trazendo mais justiça ao sistema de concessão dessas bolsas.

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Assista a cerimônia 

Diretor-geral da PF afirma que houve complacência do Exército com os acampamentos golpistas


Nesta segunda-feira (31), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, fez duras críticas à atuação do Exército diante dos acampamentos bolsonaristas e anunciou que novas ações serão tomadas contra os envolvidos nos ataques golpistas ocorridos em 8 de janeiro, segundo informa o jornalista Flávio Ferreira, da Folha de S. Paulo. Durante um evento em São Paulo, ele expressou sua insatisfação com a falta de cooperação das forças militares ao tentar remover os acampamentos, ressaltando que a PF havia feito duas tentativas sem sucesso.

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Ao falar sobre o lamentável episódio, Andrei enfatizou a "complacência de várias entidades e órgãos públicos" na manutenção dos acampamentos, o que, segundo ele, permitiu a escalada dos acontecimentos. Ele afirmou que a atitude golpista poderia ter sido evitada já em dezembro, quando a Polícia Federal tentou intervir no local, porém foi impedida pelas forças militares.

O diretor-geral da PF relatou que, na véspera do dia 8 de janeiro, alertou oficialmente sobre a movimentação golpista em uma reunião na Secretaria de Segurança do Distrito Federal e por meio de um ofício enviado ao ministro da Justiça, Flávio Dino. Em suas advertências por escrito, ele destacou o risco iminente de invasão ao Congresso, ao Supremo Tribunal Federal e ao Palácio do Planalto.

A investigação militar pré-processual, realizada para apurar os acontecimentos do dia 8 de janeiro, absolveu as tropas de culpa, mas apontou "indícios de responsabilidade" na Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial, que faz parte do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). 

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domingo, 30 de julho de 2023

Veja quais são as grandes concentrações urbanas brasileiras na atualidade


O fenômeno da redução da população, antes restrito aos municípios pequenos, passou a ser mais observado entre os municípios maiores. Entre os 319 maiores municípios do Brasil, acima de 100 mil habitantes, 39 municípios apresentaram diminuição populacional na comparação entre os Censos de 2022 e 2010. Entres os Censos de 2010 e 2000, somente 4 municípios (Ilhéus, Foz do Iguaçu, Lages e Uruguaiana) do grupo dos maiores de 100 mil habitantes apresentaram diminuição populacional.

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Dentro os 39 municípios, destaque para algumas capitais de Estado com redução de população, algo inédito dentro dos censos demográficos recentes. Entre elas, o destaque foi a taxa média geométrica de crescimento anual da população residente de 2010 a 2022 em Salvador (-0,84%), só ficando abaixo da queda de São Gonçalo (-0,90%) entre os Municípios de mais de 100 mil habitantes. Entre as capitais diminuíram também, expressivamente, os habitantes de Belém (-0,55%) e Porto Alegre (-0,47%).

Quanto a isso, é necessário analisar o fenômeno de 61,1% da população total residir em Concentrações Urbanas. Foram 124,1 milhões de pessoas em 2022, correspondente a um aumento populacional bruto de 9,2 milhões em relação a 2010, quando nelas residiam quase 115 milhões de habitantes.

O aumento populacional nas Concentrações Urbanas foi equivalente a 74,5% do incremento de população residente do país entre 2010 e 2022. Logo, foi o maior fator explicativo da mudança populacional, absorvendo contingentes populacionais e expandindo-se, numericamente (185), no território.

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As concentrações de grande porte, na faixa de população, acima de 750 mil habitantes, são em menor número (28). A maior presença das Concentrações Urbanas ocorre ao longo do litoral, sendo resultado do povoamento desde o passado colonial.

As 11 maiores Concentrações Urbanas detêm uma participação relativa da população de 51,1% da população residente nestes recortes geográficos. Destacam-se São Paulo com 16,7% (20,7 milhões), Rio de Janeiro com 9,5% (11,8 milhões), Belo Horizonte com 4% (5 milhões). Nesta listagem, a concentração em torno de Salvador possui 3,3 milhões pessoas e, além das três citadas, há outras cinco maiores: Brasília (3,9 milhões), Recife (3,8 milhões), Porto Alegre (3,7 milhões), Fortaleza (3,4 milhões) e Curitiba (3,4 milhões).

Abaixo, na ordem, a 10ª concentração encontra-se em Goiânia (2,5 milhões) e a 11ª na Grande Campinas (2,1 milhões). No Sudeste, adensam-se bem mais as Concentrações Urbanas, quando comparadas às do restante do país: Rio de Janeiro/RJ corresponde a 73,3% da população do Estado (16 milhões habitantes), São Paulo/SP representa 46,6% da população do Estado (44,4 milhões), e Belo Horizonte/MG participa com 24,2% do total de Minas Gerais (20,5 milhões).

A dinâmica espacial da população do Brasil no período 2010-2022 indica um padrão nacional generalizado de perdas e ganhos de população. Revela, por exemplo, a geografia de grandes manchas de crescimento da população constituídas pelos Municípios em torno da capital paulista, da capital catarinense e do litoral desse Estado, além daquelas em torno das capitais nordestinas.

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Quanto ao maior crescimento absoluto da população no período intercensitário de 2010-2022, os resultados do Censo Demográfico 2022 revelam a interiorização da população brasileira nesse período. Destacaram-se, numericamente, Municípios localizados tanto no Norte, como no Centro-Oeste, em seguida àqueles situados no Sudeste e na faixa contínua entre o litoral catarinense e o entorno de Curitiba no Sul.

Em Estados de grande dimensão espacial, as perdas ocorridas na população municipal ficam muito evidentes quando contrastadas com o crescimento populacional ocorrido nos Municípios componentes das Concentrações Urbanas das capitais estaduais.

A dinâmica espacial da população brasileira no período 2010-2022 aponta para uma tendência de um padrão geográfico de maior crescimento de médias Concentrações Urbanas e de perda de dinâmica demográfica das grandes Concentrações. Pela primeira vez, quatro destas grandes Concentrações tiveram crescimento demográfico negativo: Rio de Janeiro, Salvador, Belém e Porto Alegre. Cada qual pertence a distintas Grandes Regiões.

Um indicador da gravitação em torno das grandes Concentrações Urbanas brasileiras encontra-se na tabela, onde se registra o percentual da população da cidade central diante da região metropolitana. A ordem de grandeza da população residente dos 14 maiores Municípios brasileiros não corresponde exatamente à ordem das 14 maiores Concentrações Urbanas, ou seja, os processos de conurbação são distintos.

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Exceto os dois primeiros (São Paulo e Rio de Janeiro), os demais se deslocam. Belo Horizonte é o sexto município e seu entorno o coloca como centro da terceira maior região metropolitana. Respectivamente, Recife sai do 9º município para 5ª concentração urbana, Porto Alegre de 11º para 6ª, Campinas de 14º para 11ª. Curitiba se mantém na posição (8ª) nos dois rankings, assim como Goiânia (10ª).

Os demais perdem posição no ranking de Concentrações Urbanas:  Brasília (de 3º para 4º), Fortaleza (de 4º para 7º), Salvador (de 5º para 9º), Manaus (de 7º para 12º), Belém (de 12º para 14º).

Outro destaque é Belo Horizonte (47%), Recife (39%) e Porto Alegre (36%) terem menos da metade da população residente em toda a região metropolitana.

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As conurbações e as megalópoles são termos utilizados para descrever regiões urbanas altamente desenvolvidas e densamente povoadas. Embora haja alguma sobreposição entre os conceitos, eles têm diferenças sutis em termos de escala e características.

Uma conurbação refere-se a um fenômeno de crescimento urbano no qual cidades adjacentes crescem tanto a ponto de suas áreas urbanas se unirem, formando uma única área contínua de desenvolvimento urbano. As cidades individuais ainda podem ser identificadas, embora compartilhem uma fronteira comum ou apresentem áreas urbanas sobrepostas.

As cidades dentro de uma conurbação geralmente mantêm alguma independência administrativa e identidade local. Um exemplo de conurbação é a região metropolitana do Rio de Janeiro, a qual inclui várias cidades, como Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo e Duque de Caxias, todas localizadas na mesma área geográfica. A Grande BH reúne 23 municípios em torno de Belo Horizonte.

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Uma megalópole é uma vasta área urbana consistente em várias cidades e seus subúrbios próximos, fundidas e formando uma única área metropolitana contínua. Geralmente, uma megalópole é formada pela união de várias cidades de grande porte e centros urbanos menores expandidos e se conectados ao longo do tempo.

Por exemplo, São Paulo não formará uma área urbana contínua com a Baixada Santista por razão geográfica (Serra do Mar), mas possivelmente com um trem-bala formaria uma com Campinas a 100 km.

Em resumo, a principal diferença entre conurbações e megalópoles é a natureza e o grau de fusão das cidades e áreas urbanas envolvidas. Enquanto as conurbações são marcadas por uma sobreposição e interligação de áreas urbanas adjacentes, mas com cidades ainda distintas e identificáveis, as megalópoles são caracterizadas por uma fusão completa e contínua de cidades em uma única área metropolitana. Quem viver, verá

Publicado originalmente emhttps://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2023/07/29/grandes-concentracoes-urbanas-brasileiras/#more-79704

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Ex-ministro do TSE que doou pix a Jair Bolsonaro diz não estar “preocupado”


Neste sábado, 29, o advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Admar Gonzaga, afirmou ao Estadão que não está “preocupado” com a possibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizar parte dos R$ 17,1 milhões arrecadados por Pix em sua vaquinha para pagar multas ao Estado de São Paulo. O montante recebido pelo ex-presidente foi registrado em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviado à CPMI em 8 de Janeiro. 

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Confira trechos:

Estadão: Por que o sr. depositou um Pix para o ex-presidente Bolsonaro?

Em primeiro lugar, a minha surpresa e indignação é com a quebra de sigilo. Isso é uma coisa que a gente pensou que já tinha ultrapassado no Estado Democrático de Direito e que vem sendo reforçado, que tem a necessidade de um retorno da Democracia pela imprensa. Mas a gente vê que a própria imprensa não está em absoluto dando relevo a essa absurda quebra de sigilo. Meu nome citado num depósito, como eu faria para qualquer pessoa que eu tenha admiração, qualquer amigo e que tivesse necessidade. Aliás, já fiz isso algumas vezes na minha vida e para pessoas que não têm nenhuma notoriedade. (…)

Estadão: Seria para ele pagar as multas?

Seria para ele usar da forma como ele bem entender. Um homem que tem todo o dinheiro bloqueado para pagamento de multa de máscara e ainda tem que pagar mais não sei quanto. É do meu feitio colaborar com pessoas que eu tenho apreço. Eu o conheço há 30 anos. Faria isso com qualquer amigo meu. Até com gente que eu nem conheço. Eu já fiz caridade com gente que eu nem conheço (…)

Após ser informado que o ex-presidente aplicou os recursos arrecadados na campanha em um fundo de renda fixa, Gonzaga aprovou a atitude, considerada por ele como “responsável” considerando a “inflação galopante” do país. Na sequência, foi questionado se manteria a opinião mesmo se ele não pagasse a multa.

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Estadão: Mesmo ele não pagando a multa?

Isso é uma questão que ele vai pagar na hora que ele entender que esgotou os recursos judiciais cabíveis como qualquer cidadão. Eu não estou preocupado se ele vai pagar a multa, se não vai pagar a multa. O que eu vi foi uma pessoa ter todos os seus recursos bloqueados. De uma hora para a outra, ele não tinha mais nada na conta. (…)

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sábado, 29 de julho de 2023

A nova política de dividendos da Petrobras é um cumprimento de promessa do presidente Lula

 


Nesta sexta-feira (28), o conselho de administração da Petrobrás concretizou uma importante promessa de campanha do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao aprovar uma nova política de dividendos. Essa medida resultará na redução do valor distribuído aos acionistas, além de permitir a criação de um programa de recompra de ações, seguindo o exemplo de outras empresas concorrentes do setor. A mudança na política de dividendos busca modificar a antiga abordagem que transformou a Petrobrás em uma das maiores pagadoras de dividendos do mundo durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

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A nova política estabelece que 45% do fluxo de caixa livre – a diferença entre fluxo de caixa e investimentos – será destinado aos dividendos, quando a dívida da empresa estiver abaixo dos US$ 65 bilhões. Além disso, ficou definida uma remuneração mínima anual de US$ 4 bilhões em dividendos sempre que o preço do petróleo ultrapassar a marca de US$ 40 por barril, independentemente do nível de endividamento.

Essa mudança de direcionamento também contempla uma revisão no conceito de investimentos que influenciam o valor dos dividendos, incluindo aquisições de participações acionárias. A Petrobrás destaca que a nova política visa garantir a previsibilidade dos pagamentos aos acionistas e assegurar a sustentabilidade financeira de longo prazo, ao mesmo tempo em que possibilita o crescimento contínuo da companhia.

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Com a redução dos dividendos, a Petrobrás se alinha a outras empresas do setor internacional, que costumam distribuir entre 25% e 40% do indicador de fluxo de caixa. A gestão petista justifica que essa medida permitirá direcionar uma parcela maior dos recursos gerados para investimentos em setores negligenciados em gestões anteriores, como as energias renováveis e a petroquímica. O presidente da companhia, Jean Paul Prates, tem defendido um diálogo aberto com os investidores para discutir os projetos que receberão esses recursos antes destinados aos dividendos. A expectativa é de que o plano estratégico revisado seja divulgado nas próximas semanas, incluindo indicações de investimentos em energias renováveis e aporte em unidades de refino à base de óleos vegetais, visando a concretização desses planos até o fim do ano. Além disso, a nova política de dividendos permitirá a criação de um programa de recompra de ações, embora ainda não haja detalhes específicos sobre essa estratégia.

Com a promulgação da nova política de dividendos, a Petrobrás busca consolidar uma nova abordagem para seus investimentos e remuneração dos acionistas, cumprindo assim uma das propostas-chave do governo Lula. O objetivo é assegurar a saúde financeira da empresa no longo prazo, ao mesmo tempo em que possibilita o direcionamento de recursos para áreas estratégicas e projetos voltados para a sustentabilidade e o crescimento futuro da companhia.

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sexta-feira, 28 de julho de 2023

O Jair Bolsonaro admite que cogitou dar golpe


O ex-presidente Jair Bolsonaro admitiu que chegou a “pensar” em dar um golpe de Estado enquanto estava no posto. Ele diz que uma ruptura institucional no país seria “fácil” e que o problema seria a relação com outros países do exterior.

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“Pensar, todo mundo pensa. De vez em quando alguém falava alguma coisa. Agora, ninguém tentou me convencer”, afirmou o ex-mandatário em entrevista à revista Crusoé. “Dar um golpe é a coisa mais fácil que tem. O duro é o day after, o dia seguinte. Como é que o mundo vai se relacionar conosco? Temos experiência de países que tomaram medidas de força e as consequências são péssimas”, prossegue.

Ele ainda insiste na narrativa do Art. 142 da Constituição Federal como uma forma de impor um regime militar, mas diz que ele precisaria “explicar o porquê” do uso da ferramenta.

“Quando você fala de Estado de Defesa, de Estado de Sítio, de art. 142, são todos remédios previstos na Constituição. Se o presidente decide acionar o art. 142, precisa enfrentar as condicionantes, explicar o porquê de se fazer aquilo. Você tem que ouvir o Conselho da República. Então, houve alguma assinatura em qualquer documento da minha parte? Não houve nada. Eu convoquei os conselhos da República e da Defesa para tratar desse assunto? Não”, aponta.

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Atos terroristas de 8 de janeiro, em Brasília
Foto: Reprodução

Bolsonaro também negou ter responsabilidade sobre os ataques terroristas de 8 de janeiro em Brasília. Segundo ele, foi criada uma “narrativa do golpe” para implicá-lo no episódio. O ex-presidente segue com a narrativa de que o governo Lula teria envolvimento com o caso.

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“Falam muito em achar os financiadores das manifestações, quem paga a conta… mas, quando um requerimento da CPMI pedindo as listas de hospedagem dos hotéis de Brasília depois dos atos de 8 de janeiro é rejeitado, você percebe que algo está errado. Aí você vê que o governo está extremamente interessado em que não se apure nada. Ele quer que continue essa narrativa de golpe. A gente sabe que o pessoal quer chegar a mim”, argumenta.

Ele ainda diz que o ataque foi feito por um grupo cuja “grande maioria era bem-intencionada” e que os terroristas são “pobres pessoas que se viram tentadas a entrar no Parlamento”.

“O pessoal queria protestar. Qual era o melhor lugar? No meu entender, se ficasse acampado na Esplanada dos Ministérios, seria pior. Então ficavam longe, afastados…”, prossegue.

Ele também se manifestou sobre as mensagens golpistas entre seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e o coronel Jean Lawand Júnior. O militar golpista pediu para que o então assessor de Bolsonaro desse uma “ordem” para um gilpe.

O ex-presidente diz que não conheceu Lawand e que Cid tinha “liberdade de falar o que bem entendesse”. “Eu nunca tive contato com o coronel Lawand. O Cid passou a ter amizade com algumas pessoas e a ter liberdade de falar o que bem entendesse. É comum você falar uma coisa que não queria e, depois que acontece, você se arrepende. Jamais alguém ia tratar de golpe por WhatsApp”, alega.

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A ministra Simone Tebet rebate a jornalista Míriam Leitão por insinuar manipulação de dados do IBGE


Mesmo achando estar fazendo um favor ao presidente Lula (PT) ao acatar o nome do economista Marcio Pochmann para presidir o IBGE, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), fez seu papel ao rebater insinuações de que o novo chefe do órgão poderia manipular dados do instituto.

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A principal porta-voz desta acusação foi a jornalista e colunista do jornal O Globo Míriam Leitão. Sem qualquer lastro na realidade, ela sugere em artigo publicado que Pochmann poderá adulterar dados e índices econômicos do IBGE, em uma grave acusação não só ao economista, mas também ao instituto. 

Tebet, em entrevista ao mesmo jornal O Globo, afirmou que não existe a possibilidade de interferências políticas ou ideológicas no trabalho do instituto: "comparar com o que houve na Argentina é desconhecer o histórico do IBGE". Além disso, disse a ministra, "é não reconhecer a história do presidente Lula. Foram 13 anos de governo do PT e não houve qualquer tipo de denúncia nesse sentido".

"O IBGE é um órgão autônomo, diferentemente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que faz análise conjuntural. Seja no governo A, B ou C, o IBGE tem um conselho deliberativo formado pelas melhores cabeças do Brasil, ligado a um corpo técnico contratado e concursado. Os técnicos fazem a pesquisa, levantam dados e colocam no papel. Não estou preocupada com isso, esse é o menor dos meus problemas, até porque minhas entregas nesses primeiros sete meses ainda não terminaram. Precisamos entregar o Orçamento em 31 de agosto, temos que aprovar o arcabouço na Câmara dos Deputados e a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) ainda não foi aprovada", declarou.

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terça-feira, 25 de julho de 2023

Repórter da Band diz para o Jair Bolsonaro em entrevista: “o senhor está entre amigos”


Imagens da TV Bandeirantes que não foram ao ar – e conseguidas com exclusividade pelo DCM – mostram o jornalista Caiã Messina, da redação de Brasília, bajulando o então presidente Jair Bolsonaro (PL) poucos minutos antes de gravar uma entrevista exclusiva com ele em 30 de outubro de 2019.

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Na conversa, o jornalista diz a Bolsonaro ele está “entre amigos”, e que tanto ele quanto o cinegrafista haviam votado no ex-presidente nas eleições de 2018.

A entrevista, que foi ao ar naquele mesmo dia, foi concedida por Bolsonaro durante viagem a Jerusalém. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que está preso pela PF, aparece o tempo todo.

“Quem liberou foi o “seu Jair”

A TV Globo havia acabado de veicular informações sobre as investigações a respeito do assassinato de Marielle Franco, ocorrido um ano antes. O Jornal Nacional mostrou o porteiro do condomínio Vivendas da Barra implicando Bolsonaro no caso.

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No dia do crime, Élcio Queiroz, comparsa de Ronnie Lessa, que também morava no local, esteve no condomínio. Segundo o porteiro disse à Polícia Civil do Rio de Janeiro na época, Queiroz, na hora de se identificar na portaria, disse que iria para a casa 58, de Bolsonaro. O funcionário declarou em depoimento que quem liberou a entrada teria sido o “seu Jair”.

Bolsonaro passou a entrevista quase toda criticando a Globo e o então governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PMB).

Veja abaixo a transcrição do diálogo de Messina com Bolsonaro antes da entrevista:

Caiã Messina (Jornal da Band): Antes de começar eu quero dizer para o senhor o seguinte: o senhor está entre amigos. Eu tenho vergonha, como jornalista (do vazamento de trechos da investigação na TV Globo), eu e o D* (apontando para o cinegrafista) votamos no senhor. O pessoal conhece meu trabalho.

Caiã Messina fala da suposta elegância de Bolsonaro, arruma sua gravata, questiona se Bolsonaro havia conseguido “descansar um pouquinho” e, finalmente, dizendo:

Caiã Messina: Então, o senhor fica tranquilo. As perguntas que eu vou fazer é mais para que o senhor esclareça.

Jair Bolsonaro: Tá certo, eu tenho uma narrativa aqui. Posso Falar da rede Globo?

Caiã Messina: Pode falar o que o senhor quiser. A entrevista é do senhor.

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Assista ao vídeo abaixo: