sábado, 30 de setembro de 2023

Lava Jato negociou com Globo, Miriam Leitão e Josias de Souza para "detonar" o presidente Lula


Conjur - O dia 26 de novembro de 2018 foi agitado para os procuradores da finada "lava jato". Naquela data, o Ministério Público Federal denunciou o então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por suposta lavagem de dinheiro em um negócio na Guiné Equatorial.

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Em diálogos obtidos pela "operação spoofing", às quais a revista eletrônica Consultor Jurídico teve acesso, os lavajatistas demonstraram intimidade com a imprensa. Eles comemoraram o fornecimento exclusivo de informações para o "Jornal Nacional", da Rede Globo, e desenharam os desdobramentos da notícia em outros veículos.

"JN é uma ótima!!! Mas de qq forma é bom Tb depois dar uma provocada no Josias, Miriam Leitão, etc, para descerem a lenha", escreveu a procuradora Laura Tesler — os diálogos são reproduzidos nesta reportagem em sua grafia original.

Os procuradores combinaram a estratégia, que envolvia passar a informação para a Rede Globo e, depois, para o jornalista Josias de Souza, com embargo para divulgação apenas depois da veiculação do "Jornal Nacional".

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Na ocasião, o advogado de Lula, Cristiano Zanin (hoje ministro do Supremo Tribunal Federal), classificou a denúncia como um atentado ao Estado democrático de Direito. "É mais um duro golpe no Estado de Direito porque subverte a lei e os fatos para fabricar uma acusação e dar continuidade a uma perseguição política sem precedentes pela via judicial."

Anos depois, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) trancou a ação penal contra Lula reconhecendo que não havia elementos mínimos a justificar sua tramitação.

Leia a seguir os diálogos na íntegra:

26 Nov 18

21:16:01 Deltan Pessoal, preciso de uma opinião

22:50:05 Roberson MPF JN é uma ótima!

22:55:52 Laura Tessler JN é uma ótima!!! Mas de qq forma é bom Tb depois dar uma provocada no Josias, Miriam Leitão, etc, para descerem a lenha

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23:16:12 Deltan Barroso falou pra Josias que estávamos fazendo levantamento, mas não passou. Josias pediu

23:17:30 Deltan Opções: 1. Rechecarmos tudo e fazermos release logo antes do JN 2. Liberar Vladimir Neto pra soltar 3. Passar pra Josias com embargo, pra soltar no começo do JN 4. Vcs fazerem um vídeo na FT falando os nomes e que absurdo seria e eu posto

27 Nov 18

00:40:55 Deltan https://oglobo.globo.com/brasil/stf-deve-julgar-prisoes-em-segunda-instancia-no-inicio-de-2019-23260545

09:31:48 Deltan A arte da sedução, para solteiros e casados que querem reconquistar seu amor a cada dia rs https://youtu.be/3E46oWB4V0s

10:16:18 Diogo Opa

11:49:47 Januario Paludo a promoção deu xabu. A vaga era da aposentadoria do Moacir, que conseguiu voltar com liminar do STJ.

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12:00:51 Paulo Vixe

12:01:53 Jerusa Que vergonha o STJ

12:09:00 Julio Noronha [Coluna] – O Estado de S. Paulo: http://bit.ly/2FGbS8j

12:09:25 Laura Tessler ótimo!!!!

12:51:34 Laura Tessler Zaf

13:31:02 Paulo hoje teremos reunião no horário definido

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13:31:20 Laura Tessler 14h?

13:36:45 Diogo 13:45

13:36:48 Diogo 14 hs tenho reuniao ja

13:47:38 Diogo sem reuniao entao?

13:49:55 Julio Noronha Reunião sim

13:50:04 Julio Noronha Partiu?

13:58:33 Paulo po

13:58:37 Paulo não boicotem

16:33:11 Paulo Reunião 27/11/18 (PG JN AC DC IG JP LT): 1. Aia Pasadena com AGU: ratificada decisão de ficar como custos legis (v. reunião 19/10) 2.Diogo: 2.1. Acordo Ecorodovias é o que está com os melhores anexos. 2.2. Pedir nova prisão piloto, pois: a. Barroso agora prevento; b. 3 imõveis do filho desempregado pagos em espécie; 2.3. corretor foi procurado para que omitisse essa informação; d. Egmont identificou conta de Abi (foragido) no Paraguai. Aprovado, porém informação de Egmont não pode ser usada.

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quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Bolsonarista coordenadora das invasões do 08 de janeiro era valentona nos atos, agora se acha mansinha


Ana Priscila Azevedo (foto), identificada pela Polícia Federal como uma das pessoas envolvidas na coordenação dos eventos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília, relatou em depoimento à Câmara Legislativa do Distrito Federal que a Polícia Militar do DF não tomou medidas contra os terroristas que atacaram as instalações dos Três Poderes. "O que eu vi no dia 8 foi uma polícia inerte, que não fez absolutamente. Sou nascida e criada em Brasília, já participei de inúmeros atos e nunca vi a praça dos Três Poderes desguarnecida. Não tinha contingente policial nenhum. A policia estava inerte. As viaturas, os policiais, todos eles parados", disse, segundo o g1.

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Ela depõe nesta quinta-feira (28) à CPI dos Atos Antidemocráticos, está sob custódia desde 10 de janeiro e precisou da autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para comparecer e ser ouvida.

Ana Priscila também destacou que, de acordo com sua observação, havia um "número ínfimo" de policiais presentes na Esplanada naquele dia, e ela passou apenas por uma barreira militar, onde foi submetida a uma revista, mesmo após o início dos atos de vandalismo nos edifícios públicos. "Se a quebradeira já tinha acontecido, por que essas duas barreiras de policiais não nos impediram de ir adiante?", questionou a mulher.


No decorrer de seu depoimento, a bancária enfatizou que o grupo de bolsonaristas não tinha a intenção de promover um golpe de estado. "Queríamos o código-fonte [da urna]. O relatório do Ministério da Defesa em que nos baseamos disse que não excluiu a possibilidade de fraude e que os técnicos não tiveram acesso adequado ao código-fonte".

Segundo suas declarações, os grupos que se alojaram em frente aos quartéis-generais do Exército em várias partes do país, incluindo Brasília, tinham como objetivo principal que as Forças Armadas confirmassem que as eleições de 2022 tinham transcorrido de maneira "transparente". "As Forças Armadas eram como se fosse o VAR. O gol valeu ou não valeu? Era só isso que a gente queria saber".

A bancária também afirmou que, em nenhum momento, o Exército desencorajou os acampamentos. "Bastaria um soldado raso avisar que teríamos que sair e teríamos ido embora".

Ana Priscila foi detida por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, e transferida para a capital. Atualmente, ela se encontra na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia, no Gama. De acordo com as investigações, pelo menos dois dias antes dos ataques às sedes dos Três Poderes, Ana Priscila utilizava um grupo de mensagens no aplicativo Telegram para convocar indivíduos a irem a Brasília com o objetivo de "tomar o poder de assalto". Um dia antes dos atos considerados terroristas, Ana Priscila fez uma postagem em uma rede social na qual declarou que o Brasil iria "parar" e que os Três Poderes seriam "sitiados".

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quarta-feira, 27 de setembro de 2023

A ex-deputada Joice Hasselmann posa de top e barriga de fora: ‘Sorria mais’


 Joice Hasselmann, 45 anos, parece estar cada vez mais feliz da vida com o resultado que vem conquistando após adotar hábitos mais saudável. Nesta quarta-feira, 27, ela abriu o sorrisão em novo clique, exibindo a silhueta.

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A ex-deputada surgiu nos Stories de seu Instagram posando de top, deixando a barriga à mostra, com decote em evidência, mostrando que não está para brincadeira quando  o assunto é forma física.

Para compor o alto-astral, ela colocou de fundo a música ‘Don’t Worry, Be Happy’, de Mart’nalia.

“Stress faz adoecer. Amor, rejuvenescer. Sorria mais, leve a vida, simplesmente”, escreveu ela na imagem.

Joice Hasselmann. Reprodução/Instagram.

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terça-feira, 26 de setembro de 2023

O bolsonarista general Augusto Heleno é desmentido ao vivo na CPMI dos Atos Golpistas. Veja


O general Augusto Heleno, ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) passou por verdadeiros momentos de constrangimento ao negar em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, nesta terça-feira (26), que o ex-ajudante de ordens do ex-mandatário, tenente-coronel Mauro Cid, tenha participado de reuniões entre Bolsonaro e os comandantes das Forças Armadas, mas ser desmascarado na sequência pelo deputado Rogério Correia (PT-MG)

O deputado mostrou uma foto que mostra o contrário. Inclusive Heleno estava na própria reunião, deixando a situação ainda mais constrangedora.

Veja:

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O essencial e quatro dias de trabalho por semana

 


Para ter sucesso e felicidade, é necessário focar nos aspectos essenciais da vida. Ou seja, não gastar tempo e energia com tarefas, compromissos e interações distratoras e eliminar tudo aquilo que não seja absolutamente necessário para alcançar os nossos objetivos.

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Esse é o cerne do pensamento que o inglês Greg McKeown desenvolveu em seu livro “Essencialismo: a disciplinada busca por menos”, lançado em 2014, e que vendeu mais de um milhão de cópias pelo mundo.

Jornalista e especialista em liderança e estratégia, McKeown possui MBA pela Universidade Stanford. Ele também escreveu “Sem esforço: torne mais fácil o que é mais importante” (2021) e foi co-autor de “Multiplicadores: como os bons líderes valorizam você” (2010), ao lado de Liz Wiseman.

Enquanto se dedica à sua nova pesquisa, McKeown veio ao Brasil a convite do Mercado Livre para participar de um evento fechado para convidados. Antes, concedeu entrevista para o Valor. A seguir os principais trechos:

Valor: Sobre o que é a sua nova pesquisa?

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Greg McKeown: Ela aborda o essencialismo interpessoal. Porque o essencialismo foi escrito principalmente para o indivíduo, para planejarmos nossas vidas em torno do que é considerado mais importante.

Uma das coisas mais essenciais na vida são os relacionamentos, a habilidade de nos conectarmos com as pessoas e entendê-las, compreender o que é realmente importante para elas. Isso é como uma arte perdida.

Tem a ver com os bloqueios da pandemia e com o fato de que podemos sempre olhar para os nossos telefones quando nos sentimos socialmente desconfortáveis. São muitas forças que dificultam profundamente nossa compreensão mútua.

Não estar próximo e conectado com as pessoas é prejudicial para a nossa saúde e felicidade. E as pessoas tentam resolver os problemas errados.

Elas tomam decisões obtusas e parecem desconectadas. Não porque não querem fazer as coisas certas, mas sim porque não são boas em se conectar com os outros.

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O líder não ideal está constantemente distraído pelo seu telefone ou em sua própria mente. Líderes assim são escravos de sua maneira de pensar sobre o mundo e isso os torna muito parecidos com as pessoas mais perigosas de se ter no comando, porque não lidam com a realidade, e sim com a imagem que têm em suas próprias cabeças. E, por isso, acabam abordando as questões erradas, resolvendo os problemas errados e sendo ineficientes.

Basicamente, você tem de suspender seu próprio julgamento e entrar na cabeça da outra pessoa. Tem a ver com empatia. Fazer perguntas, conversar, ouvir, observar. Essa é a diferença entre um líder tóxico e um realmente fenomenal.

essencialismo influenciou o surgimento de movimentos como a semana de quatro dias.

McKeown entrevistou um CEO que resolveu tornar toda a sua empresa essencialista. Ao mesmo tempo, ele ficou interessado na semana de trabalho de quatro dias e pensou: “se realmente quisermos ser essencialistas, devemos ser capazes de ter uma semana de trabalho de quatro dias e de alcançar 40 horas de resultados em 32 horas de trabalho, concentrando-nos nas coisas essenciais e eliminando as não essenciais”.

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O experimento deu certo e eles decidiram seguir com a semana de quatro dias de forma permanente. E o que as pessoas fizeram no dia extra foi realmente rico e incrível. Passaram tempo com suas famílias, adotaram hobbies, fizeram exercícios, viajaram, tornaram suas vidas mais significativas. E a empresa não perdeu nada.

Nesse sentido, acho que alguns CEOs estão presos no passado, em uma mentalidade ultrapassada, que é: esforço máximo equivale a resultados máximos. Isso está errado. É um pensamento baseado na era industrial, onde as pessoas eram tratadas como coisas.

Escrevi um artigo publicado pela “Harvard Business Review” chamado “Se você quiser uma equipe de alto desempenho, peça 85% de esforço”. As pessoas falam: precisamos de 110% de esforço e de 80 horas por semana. Mas isso não leva a resultados ideais, apenas a resultados médios, pessoas esgotadas e uma cultura tóxica. É um modelo mental simplista e incorreto.

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segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Filho de Jair Bolsonaro é barrado por presidente de fundação em evento em Santa Catarina

 




A Fundação Cultural de Balneário Camboriú (FCBC), Denize Leite, impediu o filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, de subir ao palco durante evento. O episódio ocorreu neste sábado, no encerramento do Acampamento Farroupilha.

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“Não, não vai citar, não vamos autorizar. Eu sou a presidente da Fundação Cultural e não vai citar”, diz Denize após o empresário bolsonarista Emílio Dalçóquio dizer ao apresentador do evento que “o filho do Bolsonaro” estava no local.


O vídeo viralizou nas redes e Denize afirmou que “não esperava a repercussão”. Ela diz que estava seguindo o “protocolo” do evento e que o homem que fazia o discurso falava de autoridades da região que prestigiaram o evento, como secretários, vereadores e deputados.

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“Não foi sobre política e sim como presidente de uma entidade governamental, que é o que sou. Tive que preservar. Não foi meu posicionamento pessoal. Se fosse citá-lo, poderia citar minha filha, que é filha da presidente da Fundação Cultural, por exemplo. Quem tem mandato, quem é autoridade, é citado, por isso, tomei essa postura”, afirmou ao jornal “Página 3”.

O empresário Emílio Dalçóquio foi apontado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) como um dos líderes dos atos golpistas que fecharam as rodovias em Santa Catarina após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022. Ele também atua como uma espécie de padrinho político de Jair Renan, que deve disputar uma vaga na Câmara municipal da cidade em 2024.

Antes da recusa, o 04 foi flagrado ao lado do palco usando chapéu e esperando ser chamado para subir.

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Em autocrítica, o João Doria pede desculpas ao presidente Lula por ter dito que sua prisão "lava a alma dos brasileiros"

 




Na última sexta-feira, o ex-governador de São Paulo, João Doria, fez um gesto surpreendente ao conceder uma entrevista para um podcast, no qual ele pediu desculpas publicamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo reportagem da revista Veja. O pedido de desculpas ocorreu em meio a um momento de reflexão sobre sua trajetória política e após uma polêmica declaração em que ele ironizou a prisão de Lula.

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Doria demonstrou humildade ao reconhecer seus erros e se retratar publicamente por suas palavras infelizes. Durante a entrevista no podcast, ele afirmou: "Eu sei pedir desculpas, sei reconhecer quando eu erro. Não foi uma declaração adequada." Essa atitude do político paulista surpreendeu muitos ouvintes, uma vez que o relacionamento entre Doria e Lula sempre foi marcado por tensões políticas e desentendimentos.

A polêmica que levou ao pedido de desculpas aconteceu quando João Doria ironizou a prisão de Lula em um episódio anterior de sua carreira política. Agora, o gesto de reconciliação de João Doria indica uma possível mudança de tom na política nacional. Doria pediu desculpas ao petista por ter dito, em 2018, que a prisão de Lula “lava a alma dos bons brasileiros”.

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domingo, 24 de setembro de 2023

A certeza de que o Bolsonaro será condenado por pelo menos mais três crimes


O Jair Bolsonaro com certeza será condenado no mínimo por mais três crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e roubo de joias que faziam parte do acervo da Presidência. 

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Roubo de joias para revendê-las no exterior e ficar mais rico. Descoberto o crime, recomprou algumas para devolvê-las. Foi um almirante que entrou com elas ilegalmente no Brasil. Foi um general que repassou a Bolsonaro o dinheiro da venda. Um tenente-coronel cuidou da operação de venda e recompra. 

Inelegível até 2030, Bolsonaro já está. O Supremo Tribunal Federal condenou-o por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião com embaixadores estrangeiros no dia 18 de julho do ano passado. Na ocasião, ele mais uma vez investiu contra o sistema eleitoral brasileiro. 

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Fê-lo ao longo do seu desgoverno. Duvidou da lisura de sua eleição em 2018 ao dizer que havia vencido no primeiro turno, mas forçado a disputar o segundo. Nunca apresentou provas da fraude. Defendeu o restabelecimento do voto impresso, embora tivesse sido eleito deputado federal sete vezes pelo voto eletrônico. 

Uma vez que o Congresso votou e derrotou a proposta de recriação do voto impresso, estava obrigado a não mais voltar ao assunto sob pena de estar pregando um golpe. Não se importou. De fato, era o que queria e sempre quis. Tanto que depois de não ser reeleito, convocou os comandantes militares para discutir o golpe. 

Deu assim o passo definitivo para ser acusado de tentar acabar com a democracia. Tinha em mãos uma minuta do golpe que lhe fora entregue por Filipe Martins, seu assessor. A minuta, ou outra, foi encontrada nos celulares do tenente-coronel Mauro Cid, seu ajudante-de-ordem, e do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. 

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Não houve golpe porque só um dos comandantes, o da Marinha, aderiu à ideia de intervenção militar para anular o resultado da eleição presidencial de 2022; uma decepção para Bolsonaro que se apresentava como dono do Exército; um alívio para o país que ainda seria sacudido pelo golpe amador de 8 de janeiro. 

Bolsonaro refugiou-se nos Estados Unidos por saber que seu projeto de virar um ditador fora abortado. Esqueceu de aconselhar os golpistas acampados à porta de quarteis a retornarem às suas casas. De tanto ouvirem falar em golpe, os acampados tentaram aplicar o deles sob o olhar conivente de policiais e de militares.

Deu no que deu. Os três primeiros golpistas julgados pelo Supremo Tribunal Federal foram condenados a penas de prisão que variam de 14 a 17 anos e seis meses. Se elas não forem revistas pelo próprio Supremo, será inimaginável que Bolsonaro, o pai do golpe, receba pena menor. Quando? Provavelmente no próximo ano.

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O relógio da Justiça não bate em sintonia com o relógio da política, esse mais veloz. Se há maioria no Congresso para aprovar qualquer coisa, ali só não se pode transformar homem em mulher e mulher em homem, disse Ulysses Guimarães, o condestável da Nova República, no final dos anos 1980. Hoje, talvez possa.

É de Ulysses uma sequência famosa de frases quando a atual Constituição foi promulgada em 5 de outubro de 1988:

“Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Conhecemos o caminho maldito. Rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio e o cemitério. Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo”.

Ao buscar apoio ao golpe, Bolsonaro traiu a Constituição e a Pátria. Deixá-lo impune seria igualmente trair a Constituição e a Pátria.

Do Metropoles

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