quarta-feira, 31 de março de 2021

A Globo censura partidos da esquerda

 


Nessa quarta-feira, no de março, o jornalista Rogério Tomaz foi às redes sociais para dizer que flagrou a Globo “em mais uma das milhares de pequenas e sutis operações de censura à esquerda”.

Tomaz compartilhou um vídeo como recurso para mostrar as matérias explicando “como funciona a censura da Rede Globo”.

“É o único jornalismo do mundo que ouve partidos que fazem parte do governo para criticar esse governo. Impressionante”, disse ele.

Confira abaixo:

A dívida pública do Brasil chegou a 90% do PIB

 

                                          Foto: Leonardo Sá/Agência Senado
A dívida pública continua em trajetória de alta.

Segundo dados do Banco Central divulgados há pouco, o endividamento do governo cresceu 0,6 ponto percentual em fevereiro em relação ao mês anterior e alcançou 90% do PIB.  A dívida bruta agora soma R$ 6,74 trilhões.

Trata-se do maior percentual desde o início da série histórica, em dezembro de 2006. O indicador econômico vem crescendo na pandemia, com os gastos do governo com programas emergenciais.

Casagrande: Hoje é dia de lembrar com orgulho daqueles que foram torturados covardemente e daqueles que foram mortos

 

                                            Casagrande. Foto: Reprodução/SporTV

Da Coluna de Casagrande no Globo Esporte:

31 de março de 2021. Não temos nada para celebrar nesta data, porque representa o dia dos golpistas covardes de 1964. Militares que tinham medo da intelectualidade da juventude dos anos de 1960, 1970 e 1980.

Hoje é dia de lembrar com orgulho daqueles que foram torturados covardemente, daqueles que foram mortos e daqueles que desapareceram. Sempre que se pensa em golpe é porque os golpistas estão com medo do poder do povo, da democracia. Eles só sabem comandar com a violência.

Mais de 300 mil pessoas já morreram graças a esse governo genocida, mentiroso e covarde que me parece querer partir para a ignorância novamente. Mas o que se esperar de pessoas violentas a não ser ignorância? Um presidente da morte e seus filhos espalhando o terror.

O povo sabe o que quer: queremos vacina, democracia e liberdade. Coisas que esse governo desconhece. Estamos em um Brasil despedaçado, destruído pela incompetência do presidente que, em vez de pensar em combater a pandemia, armou um possível golpe pelas costas. As pessoas estão morrendo, e ele, ao lado dos filhos, articulando para colocar o país no caos completo.

(…)

A "nossa democracia foi conquistada com suor e sangue"


O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasi
No dia em que bolsonaristas comemoram o golpe militar de 1964, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes afirmou que a data não é de se comemorar.

“O dia 31/03 não comporta a exaltação de um golpe que lançou o país em anos de uma ditadura violenta e autoritária”.

O ministro lembra como a democracia foi reconquistada e afirmou:

“É momento de exaltar o valor da nossa democracia conquistada com suor e sangue. Viva o Estado de Direito”.

Pastor diz, acertadamente, que o Bolsonaro usa o nome de Deus “em vão”

 


Pelo Instagram, o apóstolo Agenor Duque criticou a proposta de jejum feita por Bolsonaro pela “liberdade da nação”.

O líder da Igreja Plenitude do Trono de Deus (IAPTD) citou a Bíblia para afirmar que a ideia foi uma farsa:

“Êxodo 20 vrs 7 ‘Não tomarás em vão o nome do Senhor, o teu Deus, pois o Senhor não deixará impune quem tomar o seu nome em vão'”.

O religioso ainda fez uma montagem criticando a retirada de André Mendonça do Ministério da Justiça e a nomeação da deputada Flávia Arruda para a Secretaria de Governo.

“Bem se ao entregar um jejum, troca um pastor ministro da justiça, pelo amigo do filho, e troca general por ex-mulher de governador que está preso, desviando 900 milhões”.

“O jejum não era para o meu Deus. Era para o deus do quadro”, completa.


A Guarda Municipal de Juiz de Fora/MG diz para o Roberto Jefferson que não tem medo de bandido

                                                                   Foto: Reprodução | ABr
Roberto Jefferson (PTB) defendeu durante uma live com o vereador sargento Mello na última sexta-feira, 26 de março, a “desobediência civil” e “dar um pau” contra guardas municipais de Juiz de Fora que atuam na fiscalização do lockdown estabelecido na cidade para conter a propagação da COVID-19. 

“Está precisando criar umas milícias em Juiz de Fora para dar um pau na Guarda Municipal. Um pau para quebrar.” , disse Jefferson. 

Ele também  defendeu execuções públicas e que a insubordinação popular se volte contra as famílias de guardas municipais.

A Guarda Municipal realizou na última segunda-feira (29) uma manifestação após os ataques do presidente Nacional do PTB. "nenhum criminoso nos intimidará", disse o comandante Leandro Lisboa.

A corporação também anunciou irá tomar as devidas providências, como comunicar o fato para as autoridades e ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Um governo que defende a tortura comemora a ditadura

 


Nesta quarta-feira, 31 de março, há 57 anos, em 1964, os militares deram um golpe no país, prometendo uma intervenção breve, que durou até 1985. O vice-presidente Hamilton Mourão usou suas redes sociais para comemorar a quebra da ordem democrática, que derrubou o ex-presidente João Goulart, que pretendia desenvolver o capitalismo brasileiro com reformas de base que fortaleceriam a classe média. 

O Discurso anticomunista, altamamente propagado pela mídia hegemônica da época, foi pretexto para o golpe de Estado. 

Já o novo ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, disse nessa 3ª feira que é preciso celebrar o golpe de Estado de 1964 como um movimento que permitiu “pacificar o país”.

"Tortura, cassações e censura são coisas de ditaduras" diz Barroso

 

                                                                    Reprodução/TSE/YouTube
Neste 31 de março, o ministro Luís Roberto Barroso foi ao Twitter enviar uma mensagem “para as novas gerações”.

“Só pode sustentar que não houve ditadura no Brasil quem nunca viu um adversário do regime que tenha sido torturado, um professor que tenha sido cassado ou um jornalista censurado. Tortura, cassações e censura são coisas de ditaduras, não de democracias”, escreveu ele.

O ministro continuou:

“Os jornais eram publicados com páginas em branco ou poemas. Os compositores tinham que submeter previamente suas músicas ao departamento de censura. A novela Roque Santeiro foi proibida e o Ballet Bolshoi não pôde se apresentar no Brasil porque era propaganda comunista.”

E mais:

“As regras eleitorais eram manipuladas. Ditaduras vêm com intolerância, violência contra os adversários e falta de liberdade. Apesar da crise dos últimos anos, o período democrático trouxe muito mais progresso social que a ditadura, com o maior aumento de IDH da América Latina.”

O jornalista Kennedy Alencar diz que o Bolsonaro ficou mais fraco com as demissões dos comandantes das Forças Armadas


O jornalista Kennedy Alencar foi às redes sociais comentar às demissões dos três ministros comandantes das Forças Armadas.

Para ele, Bolsonaro não sai fortalecido, mas sim, fraco e sem força para golpe.

“Bolsonaro não fica mais forte com saída dos chefes das Forças Armadas. Ele se enfraqueceu. É um leão desdentado, cercado pela rachadinha, genocídio na pandemia e fracasso econômico. Não tem força para golpe. É um fiasco, o pior presidente da história do país. Genocida é o que é”, escreveu Alencar.

Confira abaixo:

Jornalista diz que a cúpula militar ver o Bolsonaro como um capitão baderneiro


Da Coluna de Mello Franco no Globo:

Com a pandemia fora de controle e os quatro filhos sob investigação, Bolsonaro perde popularidade e começa a assistir à debandada de fatias expressivas do PIB. Ao celebrar seu aniversário, há dez dias, o capitão disse que “só Deus” poderia tirá-lo do poder. É neste contexto que ele volta a apelar ao fantasma de um autogolpe.

O presidente nunca escondeu seus planos. Quer transformar as Forças Armadas numa milícia particular, a ser usada para defender seus interesses políticos. Os militares abocanharam mais de seis mil cargos no governo, mas resistem a embarcar numa aventura golpista. Agora receberam um tranco com a demissão do ministro da Defesa.

Mas as primeiras reações à queda de Fernando Azevedo indicam que não será tão fácil virar a mesa. Em solidariedade ao general, os comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica acertaram uma renúncia conjunta. Bolsonaro poderá substituí-los, mas sabe que a cúpula militar continuará a vê-lo como um capitão baderneiro.

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João Doria chama o Bolsonaro de "imbecil", “burro”, “incapaz” e “doente mental”


Do UOL:

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), chamou hoje o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “imbecil”. Para Doria, o presidente tem “vocação extrema para o autoritarismo”.

“Seu maior desejo é ser ditador do Brasil”, disse o governador sobre Bolsonaro em entrevista aos jornalistas Reinaldo Azevedo e Leandro Demori na sala “Ziriguidum de Demori e Reinaldo” no aplicativo Clubhouse.

Doria ainda chamou o presidente de “burro”, “incapaz” e “doente mental”, principalmente em função da condução federal do combate à pandemia de covid-19. Doria e Bolsonaro são ferrenhos adversários políticos, com a rivalidade acirrada desde o início da crise sanitária.

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O jornalista Elio Gaspari diz que o Bolsonaro quer fazer do Exército a milícia dele

 

                                        Foto: Alice Vergueiro/Abraji
"Desde que foi criado, em 1999, o Ministério da Defesa teve outros 11 titulares. Todos chegaram e partiram sem ruídos. A demissão do general Azevedo e Silva resultou na saída dos comandantes das três Forças, coisa nunca vista", escreve o jornalista Elio Gaspari (foto), em sua coluna.

"As Forças Armadas não são milícia, e na porta da quitanda há quase 318 mil mortos e 14 milhões de desempregados. Em qualquer país e qualquer época, quem tem problemas desse tamanho não precisa de novas encrencas", afirma.

terça-feira, 30 de março de 2021

Ministros do Supremo dizem que o Bolsonaro poderá aplicar um golpe após levar o país ao caos

 


Da coluna de Mônica Bergamo na Folha:

Uma análise sobre a crise militar provocada pelo presidente Jair Bolsonaro com a demissão do general Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa aponta para uma tentativa de provocar anarquia militar e tentar, mais à frente, um autogolpe. Ela circula entre partidos de oposição e é compartilhada por ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

Magistrados acreditam que Bolsonaro está provocando uma confusão na área militar e pode, mais tarde, diante de uma situação de crise aguda, apelar para o apoio de policiais militares nos estados —que integram a base bolsonarista ou, em alguns locais, são açulados por ela. Nesta terça (30), os chefes das Forças Armadas se demitiram em protesto contra Bolsonaro, na sequência da exoneração de Azevedo e Silva.

“O presidente está jogando no quanto pior, melhor. Ele tenta levar o país para o caos para, a partir dele, tentar dar um golpe de estado. Desestabiliza as PMs, joga na crise social”, afirma o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que participa das discussões sobre o quadro geral da crise. Um autogolpe, no entanto, dificilmente seria concretizado já que Bolsonaro não teria apoio de empresários, de setores da mídia, do conjunto das Forças Armadas nem respaldo internacional.

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Os maçons declaram apoio ao Bolsonaro

                                                            Foto: Exército Brasileiro/Flickr
 A Associação Nacional Maçônica no Brasil (Anmb) divulgou uma nota na tarde de hoje com o título “Salve, salve, 31 de março!”, em alusão à data do golpe militar de 1964.

O texto diz que a associação “vem a público externar seu apoio incondicional às Forças Armadas do Brasil, na pessoa do seu comandante-geral, o excelentíssimo senhor presidente Jair Messias Bolsonaro”.

Ontem, o então ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, pediu demissão afirmando que “preservou as Forças Armadas como instituições de Estado”. Hoje, os comandantes das três Forças entregaram os cargos.

A associação também faz uma convocação.

“Convocamos a todos os brasileiros que venham às ruas neste 31 de março, que se tornará o marco mais importante das últimas três décadas da nossa nação.”

Em seguida, vem o discurso de que a esquerda estaria tentando, “a qualquer custo, ocupar o poder” e que, por isso, seria precisa reagir.

“O Estado Democrático brasileiro se encontra à mercê de uma esquerda inconsequente, que assolou a nossa Pátria Amada por quase duas décadas e agora tenta ocupar, a qualquer custo, o poder, desconhecendo o Estado Democrático de Direito que elegeu, com quase 58 milhões de votos, os senhores presidente e vice-presidente da República do Brasil.”

O texto diz também que “nos cabe, neste momento, a defesa incondicional desses princípios que norteiam a todos, com o apoio da Marinha, do Exército e da Aeronáutica“.

Por fim, são colocadas palavras de ordem como “Agregação é a solução!” e “Unidos jamais seremos vencidos!”.

A nota assinada pelo presidente da associação, Roberto Carlos Concentino Braz, e pelo diretor de Assuntos Institucional e Social, Jafé Torres, termina com o slogan da campanha de Bolsonaro em 2018, em letras garrafais: “BRASIL ACIMA DE TUDO E DEUS ACIMA DE TODOS!”.

Líder da bancada da bala diz que os policiais perderam mais com o Bolsonaro

 

       Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O deputado Capitão Augusto (PL-SP), presidente da Frente Parlamentar da Segurança, relatou haver uma insatisfação nas polícias militares com o presidente Jair Bolsonaro. “Quando foi eleito Jair Bolsonaro – e nós trabalhamos muito para isso – achávamos que finalmente seria nossa vez. Depois de governos do PT que não gostavam de nós de jeito nenhum, e a gestão conturbada do Michel Temer, achávamos que poderíamos ganhar um pouco do que perdemos nos últimos anos”, ponderou. “E, na realidade, acabamos perdendo mais nestes dois anos que nos últimos dez.”

Um dos pontos altos desta irritação da categoria com Bolsonaro teria sido a promulgação da PEC Emergencial, há duas semanas. “Isso porque tiramos 90% do que era ruim. Imagina se deixássemos como estava”, disse o parlamentar, para quem o governo não ouviu uma série de demandas e avisos desta base, sempre muito próxima ao projeto bolsonarista. Ainda sim, o capitão se define como um aliado do governo federal.

Capitão Augusto avaliou ainda que o caso da morte de um policial militar na Bahia, nesse domingo (28), não deverá trazer maiores reflexos dentro das corporações militares, nem risco de motim. “Vê-se que foi um caso isolado. Nem nada parecido até então”, afirmou o deputado nesta segunda-feira (29) ao Congresso em Foco. “É um caso isolado, mas lamentamos muito a morte do policial.”

(…)


Uma pergunta que não quer calar: Por que os evangélicos ainda continuma apoiando o Bolsonaro?

                                      Foto: Alan Santos/PR

Jair Bolsonaro vai ficando acuado e isolado, mas os evangélicos ainda estão com o presidente. Um deputado da bancada evangélica comentou:

“Ainda existe o sentimento antiesquerda. Mas a cada dia vejo menos manifestações pró-Bolsonaro em meus grupos.”

Na verdade, os donos dos templos apoiam Bolsonaro por sua capacidade de perdoar, especialmente dívidas bilionárias.

A Eliane Cantanhêde afirma que o Braga Netto foi para ministério da Defesa para fazer o jogo sujo que o Azevedo recusou fazer

                                                   Foto: Marcos Corrêa/PR
 “Nem os militares aguentam mais”, diz Eliane Cantanhêde.

“Azevedo e Silva cansou e ele não está sozinho ao negar ao presidente um alinhamento automático que engula os brios e os princípios das Forças Armadas para participar de qualquer tipo de ameaça ao país (…).

O general Braga Netto, que vai para a Defesa, vai encontrar o ambiente militar contaminado pela política, dividido, polarizado. E vai enfrentar, sobretudo, uma dúvida que não é apenas das Forças Armadas, mas de toda a nação: ele assume para fazer o jogo sujo que o general Azevedo Silva teve a dignidade de se recusar a fazer?”

O general Santos Cruz diz que as forças armadas não irão para aventura autoritária do Bolsonaro


Ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo do presidente Jair Bolsonaro, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz diz que o governo tem de dar explicações à população sobre a mudança no Ministério da Defesa – na tarde dessa segunda, o general Fernando Azevedo e Silva deixou o posto. “A partir do momento que não se tem tranquilidade, não se tem paz social, não se tem liderança e se vive em um ambiente de notícias falsas fica muito difícil traçar um diagnóstico do que representa a saída do ministro Fernando Azevedo e Silva”, afirmou Santos Cruz. Ele disse ter sido pego de surpresa com a saída do general. Por isso, para frear a especulação em torno do fato, considera fundamental o governo se manifestar imediatamente sobre o ocorrido. “O público tem o direito de saber o que está acontecendo. Os militares estão acostumados com mudanças. Mas esta é uma mudança política. Toda esta especulação em torno da saída do Fernando está se dando porque falta liderança ao país e vivemos neste ambiente de notícias falsas”, ele tornou a repetir. “Há dois anos o país está vivendo num ambiente muito confuso.”

Foi uma segunda-feira de mudanças no governo. O chanceler Ernesto Araújo, sob pressão do Congresso, também deixou o posto. O ministro Azevedo e Silva vinha, havia vários meses, se desentendendo com Bolsonaro. O presidente reclamava que as Forças Armadas deveriam dar demonstrações públicas de que apoiavam o seu governo, coisa que o ministro se recusou a fazer. Outro mal-estar entre os dois tinha a ver também com a pressão de Bolsonaro sobre ele para que demitisse o comandante do Exército, general Edson Pujol, o que Azevedo e Silva também não acatou. Por isso, chamou a atenção o teor da carta de demissão de Azevedo e Silva, ao afirmar: “Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado.” A afirmação do ministro gerou especulações de que Bolsonaro quisesse influir para que os militares agissem de maneira dura contra as reações da sociedade contrárias ao seu governo.

Santos Cruz me disse, no entanto, que ainda que houvesse por parte de Bolsonaro alguma intenção de ir contra o estado democrático de direito, o que ele não acredita existir, as Forças Armadas não lhe dariam apoio. Perguntei se ele via alguma possibilidade de golpe de Estado, comandado pelo presidente e apoiado pelos militares. Santos Cruz foi assertivo. “Não há clima para um golpe de Estado. As Forças Armadas têm uma postura institucional muito forte. Não embarcam nessa onda. As Forças Armadas têm estruturas fortes de comando, de liderança, de hierarquia, de respeito à legalidade”, afirmou, e continuou sua defesa. “As Forças Armadas e seus comandantes têm consistência grande. Não se imagine que se possa lançar as Forças Armadas em uma aventura. Os militares não ficam embarcando em qualquer canoa. Não é fácil mexer com as Forças Armadas politicamente. Os comandantes são todos muito discretos. Não se envolvem com política. É uma gente séria.”

(…)


PSOL pede a cassação do mandato da deputada Bia Kicis


                       Bia Kicis usa morte de policial para incentivar motim. Foto: Reprodução
A bancada federal do PSOL protocolou nessa segunda-feira, 29 de março, uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados para pedir a cassação do mandato da deputada bolsonarista Bia Kicis, que também é presidente da CCJ – comissão mais importante da Casa. O partido convidou demais partidos da oposição a assinarem a representação.

A parlamentar sugeriu, em post nas redes sociais, que a Polícia Militar da Bahia se rebelasse após a morte de um policial que, em aparente surto, ameaçou a população com um fuzil na mão em Salvador e acabou morto.

Para os parlamentares do PSOL, o post de Bia Kicis no último domingo (28), embora apagado horas depois, é nitidamente uma tentativa de estimular um motim de cunho golpista.

Esta não é a primeira vez que Bia Kicis ameaça a democracia brasileira e faz ameaças. “A deputada federal Bia Kicis tem longo histórico de propagação de notícias falsas, teorias da conspiração, bem como uso de retórica virulenta contra a democracia” , destaca a líder do PSOL na Câmara, deputada Talíria Petrone.

O PSOL também sugere o afastamento de Bia Kicis da presidência da CCJ logo após a admissão da representação no Conselho de Ética.

A crise militar se eleva no Brasil com os três comandantes das Forças colocandos os seus seus cargos à disposição

                           General Edson Pujol, comandante do Exército (Foto: Edson Leal Pujol - ANPr)
Os comandantes do Exército, Marinha e Força Aérea decidiram colocar seus cargos à disposição do novo ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, em uma reunião no começo da manhã desta terça, 30 de março. Com isso, acompanham o general Fernando Azevedo da pasta, demitido por Bolsonaro Ministro por negar apoio a medidas de exceção insinuadas pelo titular do Palácio do Planalto. 

O jornalista Igor Gielow da Folha de S.Paulo destaca em artigo que a crise entre o general Fernando Azevedo e Silva e o presidente da República chegou ao ponto culminante "a partir da semana passada, quando Bolsonaro voltou a insinuar que queria o apoio do Exército para aplicar medidas de exceção como o estado de defesa em unidades da Federação que aplicam lockdowns contra a pandemia".

Os comandantes militares combinaram entregar seus cargos logo após a demissão de Azevedo, mas o substituto no Ministério da Defesa, general Braga Netto, pediu para que eles esperassem e se encontrassem nesta terça (30).

A crise militar do governo Bolsonaro pode se agravar se os comandantes das três Armas, Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica) saírem juntos. A saída do general Pujol é dada como certa, dado o grau de animosidade entre ele e Bolsonaro. Faz tempo que Bolsonaro tenta tirá-lo do cargo. 


Vários pontos importantes de São Paulo amanheceram interditados pela queda do Bolsonaro

                                                         Foto: Divulgação
 A União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) interditaram no amanhecer desta terça-feira, 30 de março, vias importantes da cidade de São Paulo, exigindo a queda de Jair Bolsonaro.

Irão ocorrer ao longo do dia protestos em mais oito capitais: Porto Alegre, Recife, Salvador, Fortaleza, Goiânia, Brasília, Belo Horizonte e Cuiabá. O lema dos protestos é “Vida, Pão, Saúde e Educação”. 

Os estudantes reivindicam o acesso à vacina, o direito ao auxílio emergencial e também o acesso à educação. A Radial Leste, via estratégica que liga a região mais populosa de São Paulo ao centro da cidade, amanheceu com barricadas e pneus incendiados, como mostra o vídeo abaixo.

 

 

segunda-feira, 29 de março de 2021

Executivo da Petrobras suspeito de "inder-trading"

                                                          Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O executivo da Petrobras Cláudio da Costa, um dos principais da estatal,
 foi demitido sob suspeita de negociar ações da empresa quando soube que Jair Bolsonaro decidiu demitir Roberto Castello Branco (foto), segundo a Crusoé.

O executivo, que ocupava o cargo de gerente de recursos humanos, era homem de confiança de Castello Branco.

“A suspeita surgiu depois que os controles internos da Petrobras identificaram, em checagens de rotina que Costa vendeu as ações da Petrobras que possuía bem no auge da crise ocasionada pela decisão de Bolsonaro de tirar Castello Branco do cargo“, diz a revista.

O Bolsonaro demite ministro da Defesa após general defender Lockdown

 


O Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva (foto), comunicou nesta segunda-feira, 29 de março, sua demissão da pasta. A informação foi confirmada pela assessoria do ministério, em nota. Segundo o Estadão apurou, o presidente Jair Bolsonaro havia pedido a saída do ministro do cargo.

No comunicado, Azevedo agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro e reforçou sua lealdade ao chefe do Executivo. “Agradeço ao Presidente da República, a quem dediquei total lealdade ao longo desses mais de dois anos, a oportunidade de ter servido ao País, como Ministro de Estado da Defesa. Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado”, informou. Na agenda do presidente consta que os dois se reuniram no início da tarde desta segunda-feira.

A reportagem apurou que Bolsonaro pediu a saída de Azevedo após uma entrevista do general Paulo Sérgio, responsável pela área de saúde do Exército, ao jornal Correio Braziliense. À publicação, o militar apontou a possibilidade de uma 3.ª onda da covid-19 no País nos próximos meses e defendeu lockdown, contrariando o que prega o presidente, crítico a medidas de isolamento social.

(…)

O bolsonarista Roberto Jeffeson prega terrorismo contra a Guarda Municipal de Juiz de Fora/MG

                                          Roberto Jefferson - Foto: Reprodução/Twitter

O ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB e aliado do presidente Jair Bolsonaro, defendeu durante transmissão ao vivo realizada no sábado que sejam criadas milícias na cidade de Juiz de Fora (MG) para “dar um pau” na Guarda Municipal. A cidade é governada pela prefeita Margarida Salomão (PT).

“Está precisando montar umas milícias em Juiz de Fora e dar um pau na guarda municipal. Um pau! Pau para quebrar, para pirar os caras”, foi o que disse o ex-parlamantar durante live com o vereador Sargento Mello Casal (PTB), no Integram.

efferson defendeu “atear fogo nas viaturas” e “dar pauladas nos joelhos, cotovelos, no ombro, para quebrar” dos agentes municipais.

                                          Guardas municipais realizaram um protesto em frente à Câmara de Vereadores nesta segunda-feira, 29 de março. O ato foi acompanhado pela vereadora Laiz Perrut (PT), que prestou solidariedade aos profissionais.

A live aconteceu um dia antes de parlamentares ligados ao presidente Jair Bolsonaro defenderem um motim da Polícia Militar da Bahia.

Assista:


O Bolsonaro “está tonto, tentando entender qual foi o caminhão que o atropelou”

 


Há no Congresso quem tema “atitudes extremadas e descoordenadas” de Jair Bolsonaro em meio ao pior momento do seu governo até aqui.

A avaliação é a de que o presidente “está tonto, tentando entender qual foi o caminhão que o atropelou”, resumiu um experiente senador.

Congressistas citam a volta de Lula à cena política, o fato de parte do Centrão ter sinalizado que pode pular do barco antes do esperado e a queda de popularidade em razão da desastrosa condução da pandemia para justificar o temor do que pode vir do Palácio do Planalto.

“Podemos esperar qualquer coisa de alguém irracional e inconsequente”, comentou um parlamentar de partido independente.

A escolha do sucessor de Ernesto Araújo no Itamaraty será um bom termômetro.

O termo "terrorista" explode na internet após bolsonaristas chamar policial militar de herói


Após a morte do PM Wesley, Bia Kicis incitou motim de policiais na Bahia.

“Agora a PM da Bahia parou. Chega de cumprir ordem ilegal”.

A bolsonarista que presidente a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara, apagou o post, no entanto.

Ela diz que “as redes se comoveram” e ela também e, por isso, fez o post.

Após essa comoção “terrorista” chegou aos assuntos mais comentados do Twitter

Veja a repercussão a seguir: