terça-feira, 31 de agosto de 2021

Supremo nega denúncia de que Nise Yamaguchi teria sofrido violência psicológica durante o depoimento à CPI

                                                                       Nise Yamaguchi. Foto: Flickr/Senado
Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso rejeitou nesta terça (31) uma notícia-crime anônima que alegava que a médica Nise Yamaguchi teria sofrido violência psicológica durante o depoimento à CPI da Covid.

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Nise Yamaguchi na CPI

Ela foi na comissão no começo de junho. Nessa decisão, Barroso diz que a lei que criou o crime de violência psicológica contra a mulher passou a valer em 28 de julho deste ano, e que a legislação não pode se aplicar a fatos que ocorreram antes de entrar em vigor.

Ele também diz que as condutas relatadas na denúncia só poderiam ser encaixadas na categoria de crime contra a honra. Porém, isso só poderia ser apurado se a própria ofendida fizesse o requerimento, o que não aconteceu. Logo, ele extinguiu a ação. De acordo com a petição, a denúncia foi feita por telefone na Central de Atendimento da Ouvidoria Nacional do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, de forma anônima, e alegava que Yamaguchi teria sido “agredida psicologicamente” pelos senadores.

Essa não é a processo de danos morais feito pela defesa da médica. Em junho, Yamaguchi pediu indenização de ao menos R$ 320 mil de Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, e Otto Alencar (PSD-BA), afirmando ter sido vítima de misoginia e humilhação. Defensora da prescrição de cloroquina para tratar pacientes com covid-19, a médica foi questionada pelos senadores sobre a existência do chamado “gabinete paralelo”, que teria aconselhado o presidente Jair Bolsonaro sobre a gestão da pandemia na contramão das orientações do Ministério da Saúde.

Deputado do PSL se encontra com ex-marido e agressor da Maria da Penha

                                                                                Foto: Reprodução
O deputado federal Jessé Lopes (PSL) recebeu o ex-marido de Maria da Penha para ouvir a “versão” do agressor, que tentou assassiná-la duas vezes em 1983.

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O economista e professor universitário colombiano Marco Antonio Heredia Viveros, na primeira vez, simulou assalto dando um tiro nas costas de Maria e, na segunda vez, tentou eletrocutá-la enquanto ela tomava banho.

Diante das agressões, Maria da Penha ficou paraplégica. Ela militou pela condenação de seu ex-marido e seu nome virou um símbolo da luta contra a violência doméstica contra as mulheres. Uma lei com seu nome foi sancionada em 2006 para punir agressores.

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MBL apresentará denúncia contra o Bolsonaro no Tribunal de Haia por genocídio

                                                                                   Foto: Alan Santos/PR
O Movimento Brasil Livre vai apresentar uma denúncia contra Jair Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional, em Haia. No documento, o grupo acusa o presidente de genocídio por ignorar evidências científicas durante a pandemia.

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O texto é assinado pelo líder do MBL Renato Battista. Ele pede a abertura de investigação e a prisão preventiva de Bolsonaro, para evitar que os crimes denunciados continuem a ocorrer.

O MBL cita o incentivo de Bolsonaro à disseminação do coronavírus com o objetivo de que as pessoas se imunizassem de maneira natural.

“O senhor Bolsonaro, sabendo da gravidade da pandemia, continuamente ignorou as evidências. Em algumas oportunidades, ele sugeriu que a disseminação deliberada do coronavírus seria positiva, porque iria criar uma imunidade para a população sem a necessidade de uma vacina.”

A denúncia também aponta que Bolsonaro incitou a população a não seguir recomendações sanitárias de contenção da pandemia ao utilizar fake news para atacar vacinas.

“Bolsonaro fez um apelo para que as pessoas não tomassem vacinas e usassem medicamentos ineficázes, além de ignorarem as medidas de distanciamento social. Ele fez isso sabendo do crescimento dos números de casos e mortes e do colapso do sistema de saúde. Ele fez isso com informações científicas sólidas sobre o coronavírus, sobre a efetividade das vacinas e sobre a ineficácia de drogas como a cloroquina. É impossível alegar falta de informação ou ignorância.”

“Por todos motivos citados acima, nós pedimos a emissão de um mandado de prisão contra Jair Messias Bolsonaro, para evitar que esses atos continuem a ocorrer.”

Leia a íntegra do documento:

To the Prosecutor of the International Criminal Court

“Punishment is justice for the unjust”

St. Augustine

 

REPORT / REQUEST

By

  1. Renato de Souza Battista, Brazilian citizen

FOR THE INITIATION OF AN INVESTIGATION

AGAINST

  1. Jair Messias Bolsonaro, president of the Federative Republico of Brazil

Statement of facts

             As is well known, Brazil was seriously hit by the Covid-19 pandemic. To date, nearly six hundred thousand people have died as a result of the pandemic.

The pandemic spread across Brazilian territory in early 2020. It was expected that the President of the Republic, mr. Jair Messias Bolsonaro, follow the recommendations of the health authorities – Brazilian and international – and adopt measures capable of mitigating it.

That’s not what happened. The president of Brazil adopted a denial stance, going on television and radio to say that the pandemic was not dangerous and that the effects resulting from contagion with the coronavirus were similar to that of a common cold.

Brazil, being a mostly poor country with a population with little access to newspapers and magazines, has a television network that covers the entire national territory. The poorest part of the population – the majority – is basically informed by television. Seeing the President of the Republic belittling the effects of the pandemic on television, the Brazilian people felt comfortable abandoning sanitary measures, which brought catastrophic results.

Mr. Bolsonaro, however, was not convinced due to the huge increase in the number of infections and deaths. When vaccines began to be developed, the federal government showed an unwillingness to acquire them, adopting an attitude of skepticism towards them. Thus, Brazilian state governors began negotiating with foreign laboratories to acquire ready-made vaccines and raw materials for their manufacture. Such paradiplomacy efforts were received with hostility by the federal government and were only carried out after intervention by the Judiciary.

When the Brazilian population finally began to be vaccinated – with a delay in relation to the rest of the world – the Bolsonaro government continued to publicly question the effectiveness of the vaccines, suggesting to the population not to take it. Worse still, Bolsonaro started to defend the use of drugs that were not only proven to be ineffective but could also endanger the health of those who took it, as is the case of hydroxychloroquine.

Because of this alone, it can be said that President Bolsonaro contributed to the deaths of thousands of people. However, the situation becomes even more serious. When the federal government finally began negotiating the purchase of vaccines – after ignoring dozens of e-mails sent by large manufacturers, such as Pfizer – agents linked to the government and Bolsonaro’s family began to undertake hidden negotiations, in order to profit with the acquisition of vaccines through bribes.

As more than 4,000 people died each day and Brazil became the world’s epicenter of the pandemic, Mr. Bolsonaro and his inner circle benefited financially from the vaccines.

Recently, the Brazilian National Congress started an investigation commission that is bringing these facts to the public knowledge. It so happens that, even with the publicity given to the facts, the chance of punishment of Mr. Bolsonaro by the Brazilian system is small. Criminal punishment would depend on a case filed by the attorney general and authorized by the Chamber of Deputies. Well then, Mr. Bolsonaro led to the post an attorney general aligned with his ideas and known for being inert in government oversight. Furthermore, a broad scheme of distribution of positions for federal deputies was started, in order to prevent the Chamber of Deputies from authorizing the initiation of criminal proceedings.

  Legal evaluation

Art. 6 of the Rome Statute is very clear in stating that the crime of genocide is characterized, among other cases, by the murder of members of a group or subjection to situations that generate their destruction, intentionally.

Well then, mr. Bolsonaro, knowing the status of the pandemic, continually ignored the evidence. At times, he even suggested that widespread dissemination of the coronavirus would be beneficial, because it would create immunity in the population without the need for a vaccine.

Art. 25 of the Statute also makes it clear that the incitement to its practice is a typifying element. Now, Mr. Bolsonaro urged people not to take vaccines and to use ineffective medicines, as well as to ignore social distancing measures. He did so knowing the growing and catastrophic numbers of the infected and the dead and the collapse of the health care system. He did all of this with solid scientific information about the coronavirus, the effectiveness of vaccines, and the ineffectiveness of drugs like chloroquine, as well as the need for social isolation. Such information was given to him by national and international bodies.

It is not possible to plead lack of knowledge or ignorance, therefore.

The reasons that led mr. Bolsonaro to have such an attitude are not yet fully known. Partial investigations carried out by the Brazilian Senate’s commission of inquiry indicate that Bolsonaro wanted to profit from kickbacks levied for the purchase of vaccines. If this is true, this fact is even more serious, because he generated a genocide with the intention of profit. Even if it isn’t, the crime of genocide is still featured.

There is enough evidence to initiate a formal investigation.

For all the above reasons, we request:

  1. Opening of an investigation, pursuant to art. 53 of the Rome Statute, or the attachment of this complaint to any investigation already opened, with the facts now being narrated the subject of investigation;
  2. Issuance of an arrest warrant against Jair Messias Bolsonaro, to prevent these acts from continuing to occur, pursuant to art. 58. 1, III, of the Rome Statute

Renato de Souza Battista

O presidente do Flamengo diz que os torcedores do clube vão reeleger o Bolsonaro


O presidente do Flamengo só não pode ser chamado de um cara de visão.

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Sabe quem ele prometeu apoiar para presidente na eleição do ano que vem?

Se você disse Bolsonaro acertou em cheio.

Leia também:

1. A cada dez brasileiros, seis rejeitam Bolsonaro

Rodolfo Landim, segundo Guilherme Amado no Metrópoles, prometeu ajudar o presidente na campanha de 2022, com doações e votos junto a torcedores do clube.
O clube, a propósito, conta com um ótimo articulador em Brasília: o diretor de relações institucionais, Aleksander Silvino dos Santos, principal elo entre o Flamengo e políticos.

Bolsonaro ladeira abaixo nas pesquisas

A situação de Bolsonaro está ficando cada vez pior em se tratando de eleições. De cada dez brasileiros, seis rejeitam o presidente. Os dados são da Atlas Pesquisa e que foram divulgados hoje (30).

A mesma pesquisa mostrou que Lula lidera a corrida eleitoral e ampliou a vantagem no segundo turno. Além disso, a rejeição de Bolsonaro aumentou significativamente a ponto da maioria dos brasileiros o rejeitarem.

A pesquisa questionou: “Você tem uma imagem positiva ou negativa desses líderes?” A resposta sobre Jair foi terrível para ele, embora não surpreendente. 62% disseram ter uma imagem negativa do presidente e 37% positiva.

Bolsonaro rejeitado

Com esses números, o presidente tem o pior desempenho entre todos os nomes pesquisados. Ele é mais rejeitado, inclusive, que Sérgio Moro (55%), João Dória (56%) e Paulo Guedes (56%). Isso o coloca como o político com pior imagem do Brasil neste momento.

E enquanto isso, Lula faz o exercício contrário e é o líder com melhor imagem entre todos. 43% dos entrevistados afirmaram ter uma imagem positiva do ex-presidente, o que o coloca em situação de favoritismo.

O recado mais claro de um membro do STF a Jair Bolsonaro

                                                                               Foto: Nelson Jr.SCO/STF
Ministros do STF e parlamentares dizem que o artigo “Intervenção armada: crime inafiançável e imprescritível”, escrito pelo ministro Ricardo Lewandowski e publicado na Folha no fim de semana, representa o recado mais claro de um membro da Corte a Jair Bolsonaro desde o início da crise entre os Poderes no país.

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Segundo o jornal, a avaliação é de que Lewandowski foi o primeiro integrante do Supremo a mostrar quais estratégias o Judiciário pode adotar caso o chefe do Executivo resolva tentar uma ruptura institucional. Os presidentes do STF, Luiz Fux, e do TSE, Luís Roberto Barroso, já fizeram discursos duros contra Bolsonaro, mas não se aprofundaram sobre o tema.

No artigo, Lewandowski cita uma lei da Roma Antiga que não permitia que generais atravessassem com suas tropas o rio Rubicão, que demarcava a fronteira ao norte com a província da Gália. Depois, passa a discorrer sobre artigos da Constituição e da nova Lei de Segurança Nacional que criminalizam qualquer tipo de intervenção armada contra as instituições. Lewandowski também faz referência expressa ao trecho da Constituição que costuma ser distorcido por apoiadores do presidente para justificar eventual uso das Forças Armadas contra o STF e o Congresso.

“E aqui cumpre registrar que não constitui excludente de culpabilidade a eventual convocação das Forças Armadas e tropas auxiliares, com fundamento no artigo 142 da Lei Maior, para a ‘defesa da lei e da ordem’, quando realizada fora das hipóteses legais, cuja configuração, aliás, pode ser apreciada em momento posterior pelos órgãos competentes.”

Além disso, o ministro do STF afirmou que não simpatiza com a ideia de haver algum tipo de anistia a quem ajudar a promover um movimento que viole as regras do jogo democrático estabelecidas pela Constituição.

Ex-presidente do Banco Central, Persio Arida diz que o "Paulo Guedes deveria andar na rua para ver a pobreza"


O economista Persio Arida falou, em entrevista a Miriam Leitão, da destruição ocorrida e dos novos riscos que rondam o País. “Nosso Estado foi destruído e mal tratado, olha o que aconteceu com o Ibama, o que está acontecendo com a Ciência e Tecnologia”, afirma.

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Persio também alerta para o risco de se deixar a inflação aumentar e chama a atenção para o avanço da pobreza. “Paulo Guedes devia andar na rua e não precisa ser em bairros pobres”, pontua. "Havia quem acreditasse que Bolsonaro encontrou Paulo Guedes na estrada de Damasco e se converteu. Foi um engano extraordinário. Bolsonaro votou contra o Plano Real, defendeu a tortura, disse que Fernando Henrique tinha que ser fuzilado porque privatizou a Vale, por que de repente acreditaram que ele defenderia o liberalismo? Paulo Guedes tem uma parte nisso. Ele criou uma narrativa e acreditou nela, a de que todos os problemas anteriores derivavam de ele não estar no governo. Foram dois erros: as pessoas não se perguntaram quem era Bolsonaro, nem quem era Paulo Guedes. Quiseram acreditar numa miragem. Uma miragem perigosa", disse ele.


segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Os funcionários da RedeTV!, emissora de bolsonaristas, entram em greve por tempo indeterminado

      Amilcare Dallevo e Marcelo de Carvalho são os acionistas da RedeTV! (Divulgação: RedeTV!)

Os funcionários da RedeTV! aprovaram nesta segunda-feira, em assembleia realizada na porta da emissora, em Osasco (SP), greve por tempo indeterminado.

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Segundo o Sindicato dos Radialistas, a paralisação começa à 0h e só será encerrada quando a direção da RedeTV! abrir um canal para discutir as reivindicações dos trabalhadores.

O site TV Pop revelou que os executivos da emissora tentaram contornar a crise oferecendo um aumento de 3,8%, bem abaixo dos 18,72% exigidos pelos radialistas.

A RedeTV! vive uma fase turbulenta em São Paulo, principal janela publicitária do país. Programas como o de Luís Ernesto Lacombe chegam a zerar o ibope da emissora.

Atual marido da viúva do Adriano diz se ela citar o Bolsonaro "vão acabar com a vida dela"

 

Júlia Lotufo e Eduardo Vinícius Giraldes, seu atual marido. Foto: Reprodução
Bernardo Bello Barbosa afirmou que “vão acabar com a vida” da viúva de Adriano da Nóbrega caso ela cite Jair Bolsonaro em delação.

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Em diálogo, o ex-presidente e ex-patrono da escola de samba Unidos da Vila Isabel, diz:

“Se ela não quiser falar… meu irmão, até porque, sabe por quê? Vai acabar com a vida dessa menina”.

Júlia Mello Lotufo acusa Barbosa de ter sido sócio de Adriano e mandante de pelo menos dez mortes.

Em conversa com o marido da viúva de Adriano da Nóbrega, ele diz que a delação é “uma farsa”, segundo a coluna de Mônica Bergamo na Folha.

Viúva de Adriano da Nóbrega está presa

Júlia é acusada de lavagem de dinheiro a serviço da milícia.

Ela está em prisão domiciliar, usando tornozeleira eletrônica, e tenta uma delação premiada.

Bernardo diz que, se ela citar o presidente na delação, vão acabar com ela “de verde, amarelo, azul e branco”.

Desde junho ela trata com o Ministério Público do Rio de Janeiro para expor o caso.

“Se ela não quiser falar… meu irmão, até porque, sabe por quê? Vai acabar com a vida dessa menina”.

Conselheiros de Joe Biden relatam que encontro com o Bolsonaro foi “nonsense” e “tenso”

                                                                Foto: Isac Nóbrega/PR
Os conselheiros de Joe Biden que se reuniram com Jair Bolsonaro, no último dia 5, relataram que o encontro com o presidente brasileiro foi “nonsense” “tenso”. 

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De acordo com a BBC, os Estados Unidos estão preocupados com nossa democracia, apesar de descartarem o apoio do Exército a um golpe.

A conversa com Jake Sullivan e Juan González, diz a reportagem, “saiu do script normal com insinuações de Bolsonaro de que o pleito americano de 2020 havia sido roubado — o que faria de Joe Biden um presidente ilegítimo. A administração Biden sempre esteve ciente de que Bolsonaro defendia publicamente as falsas alegações de Trump sobre as eleições (…). O que os americanos não esperavam é que Bolsonaro dissesse tais coisas diante de Sullivan e Gonzalez, ambos altos representantes do governo a serviço dos democratas há anos”.

A relação de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco está saindo faíscas

                                                                    Foto: Reprodução
A relação de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco no Congresso Nacional não anda bem.

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Os presidentes das casas legislativas têm tido um mal-estar por conta da tramitação de propostas no Congresso, informa o Globo.

Lira cobra um posicionamento do Senado sobre o andamento de algumas pautas.

Pacheco, por sua vez, diz que quer evitar um “açodamento”.

Um dos aspectos da confusão é a reforma política, que prevê o retorno das coligações proporcionais e favorece as siglas de aluguel.

Outra discussão que causa mal-estar é o projeto que altera os critérios de cobrança do Imposto de Renda.

“A Câmara está cumprindo o seu papel em relação a pautas econômicas. O Senado precisa se posicionar também, precisa manter um clima de estabilidade”, disse Lira na última semana.

Pacheco rebateu e afirmou:

“Nós também temos um uma porção de projetos aprovados no Senado que, ao longo de anos, estão na Câmara aguardando uma definição. Nem por isso eu digo que a Câmara está deixando de cumprir o seu papel. O que temos no Senado é a preocupação de aprofundar as matérias, de não ter açodamento, de termos a reflexão necessária por meio das comissões e do plenário. Cada um tem o seu perfil. Eu tenho um aspecto mais moderado. Não significa que eu seja lento”.

Bolsonaro disse que presidência e o Congresso “trabalham em harmonia”

No último sábado (28), Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil tem apenas dois poderes.

“Não somos três Poderes, somos dois. Executivo e Legislativo trabalham em harmonia”, disse ele.

A crescente intriga de Lira e Pacheco mostra que não é bem assim.

A MP 1040/2021, que trata da simplificação de abertura de empresas, incluiu o governo na briga dos presidentes do Congresso.

O texto do projeto, segundo Pacheco, tem diversos jabutis, que foram impugnados por ele.

Mesmo assim, as “matérias estranhas” como diz o chefe do Senado, passaram com apoio da Câmara.

Ele ameaçou ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) barrar a medida, caso esses trechos passem.

Auxiliares de Bolsonaro têm tentado convencer Pacheco a aceitar os itens mantidos pela Câmara.

Eduardo Giannetti da Fonseca: “Paulo Guedes já se desmoralizou por completo e vai se desmoralizar ainda mais se continuar"

 

                                                                Foto: Reprodução/Twitter
O economista Paulo Guedes, que era justificativa dos neoliberais para apoiarem o fascismo no Brasil, já não tem mais o mesmo apoio do passado. “Paulo Guedes já se desmoralizou por completo e vai se desmoralizar ainda mais se continuar (atuando do modo atual)”, diz o economista Eduardo Giannetti da Fonseca, em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo. “Parece que o apego dele ao cargo é bem maior do que se imaginava e ele não teria grande restrição ou mesmo firmeza para resistir aos impulsos populistas do presidente.”

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"Já está bastante claro que o governo não tem proposta sequer para as reformas tributária e administrativa. Quase não há mais perspectiva de que alguma coisa relevante aconteça. Estamos com um cenário de inflação preocupante, que tem obrigado o Banco Central a conduzir um aperto da política monetária. Isso vai frear o nível de atividade no ano que vem. Por fim, há uma ameaça cada vez mais concreta de uma guinada populista fiscal por parte do governo Jair Bolsonaro, à medida que ele fica acuado e que os hormônios eleitorais começam a funcionar de maneira mais exacerbada", diz ainda o economista.

domingo, 29 de agosto de 2021

Bolsonaro aumenta as ameaças de ruptura das instituições e o desrespeito à democracia

 


Se as manifestações convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro contra os demais Poderes da República foram menores do que ele esperava, será muito ruim para ele, de acordo? Mas será pior se forem maiores, convenhamos. Em resumo: ele só tem a perder.

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Na primeira hipótese, ficará demonstrado que Bolsonaro de fato é um presidente que só faz perder apoios, como registram todas as pesquisas de opinião conhecidas até aqui. Na segunda, que é a maior ameaça à democracia desde o fim da ditadura de 64.

A repercussão disso no âmbito dos demais Poderes será desastrosa. Na Justiça, como reação natural, os inquéritos abertos para investigá-lo ganharão celeridade. No Congresso, partidos hoje aliados do governo afrouxarão seus laços com ele.

O Centrão é de direita, mas antes de tudo é pragmático. Uma coisa é cerrar fileiras com um presidente de extrema direita a pretexto de não deixar que ele ultrapasse as quatro linhas da Constituição e, de quebra, ainda extrair todas as vantagens possíveis.

Outra bem diferente é ajudá-lo a implantar no país um regime autoritário. A política, boa ou má, só perde quando a democracia dá lugar à ditadura. Ninguém acredita que os generais apliquem golpe para favorecer um ex-capitão enxotado do Exército.

O eventual gigantismo das manifestações do dia 7 de setembro aprisionará Bolsonaro numa camisa de força, porque reforçará sua certeza de que está no rumo certo, e não ao contrário, como supõem os ingênuos, complacentes ou meros desatentos.

Nem por puro oportunismo, a moderação jamais fez parte do repertório do presidente. O radicalismo sempre o alimentou. Anteontem, ele voltou a recomendar aos brasileiros que se armem. Ontem, disse que não deseja o golpe, mas que “tudo tem limite”.

Tudo o quê? Quem estabelece limites? As leis? Ele? Numa democracia, são as leis. Para um defensor da tortura e da ditadura, é ele. Bolsonaro ordenou aos seus ministros que se calem sobre assuntos impopulares pelos próximos nove dias.

Por enquanto, só ele fala.

Em prisão domiciliar, o bolsonarista Daniel Silveira gastou R$ 18,6 em combustíveis

 

                                                                        Reprodução
Em prisão domiciliar, o deputado Daniel Silveira recebeu R$ 19,7 mil de reembolso desde março por meio da cota parlamentar. 

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Do total, de acordo com o site Metrópoles, R$ 18,6 mil foram gastos com despesas de combustível e R$ 1,1 mil com táxi, pedágio e estacionamento.

Uma das notas, registrada no dia 26 de março, mostra a compra de 551 litros de gasolina comum no valor total de R$ 3.421.

Ex-porta-voz compara as atitudes do Bolsonaro às de líderes nazifascistas

                                                              Foto: Isac Nóbrega/PR
Em indireta a Jair Bolsonaro, ex-porta-voz do governo, general Otávio Rêgo Barros, criticou o presidente por sua postura diante do 7 de setembro.

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Em um artigo publicado nesse sábado (28), ele condenou líderes com atitudes “messiânicas” e que, quando confrontados por “fatos que não se encaixam à sua vontade”, passam a viver de “cartadas finais” semelhantes às de líderes nazifascistas, como Hitler.

O general ainda pediu normalidade nos protestos do 7 de setembro, e defendeu que a data seja apenas uma “festa cívica”, segundo informações do Metrópoles.

O artigo foi publicado no Jornal do Commercio.

Leia trechos abaixo:

“Hitler, em seus estertores, reuniu homens e materiais que lhe restaram para uma última cartada. A Segunda Guerra Mundial se aproximava do final”, escreveu o ex-porta-voz.

Ele fez referência à batalha de Ardenas em dezembro de 1944, última ofensiva nazista antes da derrota na guerra.

“Em cinco meses o mundo respiraria com a derrota do nazifascismo. (…) Com a agudização dos posicionamentos ideológicos, no nascer do século XXI, alguns novos líderes incorporaram atitudes análogas a messiânicos vistos como um salvador”, escreveu o general.

“Esses líderes, à medida que adquirem poder, se tornam incapazes de reconhecerem os erros e derrotas, mesmo as mais acachapantes. Ofendem a sacralidade do cargo, corroendo-o pela falta de compostura da autoridade”, acrescentou Rêgo Barros.

A explosão no aumento de preço da energia elétrica no Brasil


É tão negativo o aumento no valor da bandeira tarifária que seu anúncio foi adiado pela covardia dos dirigentes do setor elétrico. O Ministério de Minas e Energia mantém distância, como se não tivesse nada com isso, assim como a agência reguladora Aneel, que inventou a bandeira tarifária. 

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Os brasileiros começaram o ano pagando R$1,30 a mais a cada 100 quilowatts/hora, foi a R$4,16 em abril, R$6,24 em junho, R$9,49 em julho e agora deve saltar para R$14,20. É forte a pressão para ir a R$19.

Beneficiados pela bandeira tarifária, os controladores das termelétricas ou seus amigos da Aneel é que deveriam anunciar o aumento-jumbo.

O anúncio da bandeira tarifária quase ficou a cargo da recém-criada Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg).

Instituída pela medida provisória 1055, a tal Creg não conseguiu articular até hoje nem mesmo campanha para consumo consciente de energia.

Com o aumento escandaloso da bandeira tarifária, impactando na conta de luz, só quem é sócio de termelétrica e “aliados” andam sorrindo à toa.

PMs da ativa que forem aos atos de 07 de Setembro deverão ser expulsos da corporação

                              Foto: José Luís da Conceição/Governo do Estado de São Paulo
A Corregedoria da Polícia Militar está montando uma força-tarefa para pegar os policiais da ativa que participarem da marcha golpista de Jair Bolsonaro, em 7 de setembro, na Avenida Paulista.

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“A direção do órgão determinou que todo o efetivo seja empregado na ação, que contará com os policiais que deveriam estar de folga e com os da área administrativa para reforçar o patrulhamento disciplinar”, segundo o Estadão.

Em seguida, os golpistas precisam ser expulsos da PM.

Justiça Militar decreta prisão de policiais militares que agrediram família na Grande São Paulo

                                                                                Reprodução
Justiça Militar decretou nesse sábado (28) a prisão preventiva de quatro policiais militares que aparecem agredindo e ofendendo uma família durante abordagem em Santo André, no ABC Paulista.

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Segundo informações do G1, os agentes da Polícia Militar (PM) ainda teriam invadido a residência deles.

“Com efeito, a notícia da prisão dos acusados servirá de exemplo aos 100 mil homens e mulheres fardados, armados e treinados pelo Estado de forma que saibam que a violência policial não é método de combate ao crime”, escreveu o juiz militar Marcos Fernando Theodoro Pinheiro.

Pelo menos seis pessoas da mesma família foram vítimas dos agentes.

Ocorrência

Outros três PMs que participaram da ocorrência continuam afastados dos trabalhos operacionais nas ruas e seguem sob investigação da corporação.

A situação ocorreu na madrugada de sexta-feira (27) na Rua Recife, no bairro Sacadura Cabral.

As agressões se tornaram públicas depois que testemunhas e as próprias vítimas gravaram a violência policial.

O abuso foi denunciado à Corregedoria da Polícia Militar (PM), na capital Paulista. 

O órgão decidiu afastar preventivamente os sete agentes do 10º Batalhão da Polícia Militar (BPM) e disponibilizou as imagens do abuso à imprensa.

Veja abaixo:


Miriam Leitão afirma que o Bolsonaro convoca golpe de estado para implantar ditadura porque o governo dele é incompetente em todas as áreas

 

                                            Foto: ABr | Reprodução
Por que Jair Bolsonaro está convocando um golpe de estado para implantar uma ditadura no Brasil. Porque seu governo é incompetente em todas as áreas, escreve a jornalista Miriam Leitão. 

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"A inflação beira os dois dígitos, o desemprego e o desalento deixam de fora do mercado de trabalho 20 milhões de brasileiros, a miséria está aumentando, a educação foi entregue a três ministros sem os atributos mínimos para estar no cargo, a Saúde elevou o número de mortes na pandemia pela mistura perigosa de negacionismo e picaretagem, a crise hídrica se agravou por falta de planejamento e o preço da energia está explodindo. O presidente briga, ofende, ameaça, exatamente por isso. Tenta esconder o desempenho desastroso do seu governo", diz ela, em sua coluna no Globo.

"Se fosse só incompetente, o governo Bolsonaro já seria um enorme problema, mas ele ainda provoca crises e quer tocar o terror, como o estímulo a que pessoas tenham fuzil. É importante entender que há uma conexão entre uma coisa e outra. Seu governo vai mal em inúmeras áreas, o país perdeu prestígio internacional, desperdiçou oportunidades, aumentou o desmatamento, aprofundou o fosso social, deixará um terrível legado. O presidente atormenta o país para que a discussão seja sobre os seus absurdos e não um debate de mérito sobre o seu governo", prossegue.

"O espaço é curto para a lista dos fracassos deste governo. Por ser muito incompetente, o presidente Bolsonaro agride o país, as instituições, os valores da civilização. Com o surreal ele tenta esconder o real de um governo absolutamente incapaz", finaliza.