terça-feira, 31 de março de 2020

O Bolsonaro tem o mais estridente panelaço dos últimos 15 dias contra ele em todo o Brasil


O pronunciamento do Bolsonaro nesta terça-feira, 31 de março, foi recebido pela população com o mais estridente panelaço dos últimos 15 dias.

Panelas foram ouvidas em todo o país, desde a região sul, passando por São Paulo e Rio de Janeiro e ainda ecoando nos Estados do Nordeste. 

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "pelo 15º dia seguido, o presidente Jair Bolsonaro foi alvo de panelaços em capitais pelo país, desta vez durante seu pronunciamento em rede nacional de TV, na noite desta terça-feira (31). Os protestos em janelas de apartamentos aconteceram em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre. Panelaços já eram registrados no centro de São Paulo desde antes do pronunciamento."


A matéria ainda acrescenta que "quando a fala do presidente começou, houve protestos nos bairros de Aclimação, Bela Vista, Consolação, na região central, São Judas, na zona sul, Santana, na zona norte, Tatuapé, na zona leste, e Perdizes e Jardins, na zona oeste.​ Em Pinheiros, também na zona oeste da capital, houve sirenes, além dos gritos e do som de panelas. No Rio de Janeiro, houve panelaço no Leblon e em Ipanema, na zona sul. Nas Laranjeiras, também houve gritos esparsos de apoio a Bolsonaro."

A OAB entra com ação no STF contra as loucuras do Bolsonaro que estão deixando os brasileiros em risco

O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou com um ação no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 31, para impedir Jair Bolsonaro de decretar o fim de medidas de isolamento social nos Estados.

A ação da OAB qualifica a atuação de Jair Bolsonaro como “temerária e irresponsável”, ressaltando que ela “não afeta apenas a governabilidade do país, mas coloca em risco a vida de milhares de brasileiros e brasileiras”. Por isso, “diante da situação excepcional, é necessária a imposição de limites e de controles mais rigorosos sobre a atuação do Presidente da República, para impedi-lo de usar a margem de discricionariedade que lhe cabe em detrimento da população por meio de ações flagrantemente nocivas aos direitos que deveriam ser priorizados em uma situação de calamidade.”, diz trecho da ação assinada pelo presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.  

Na ditadura militar, todos os pontos foram negativos. Até mesmo na economia


Poucas coisas são tão definidoras do estado de confusão permanente que é o Brasil quanto o prédio situado na Avenida República do Chile número 65. É ali, no centro do Rio de Janeiro que situa a sede da Petrobras.

Eleito um dos prédios mais feios do mundo em votação popular, a sede disfuncional, que aparenta faltar pedaços, tal qual o Brasil, o prédio é a primeira grande obra da Odebrecht fora da Bahia, e que a catapultou como uma das maiores construtoras do país. O ano de construção é sintomático, 1969, o 5º do regime militar, também o ano em que a ditadura “endureceu”.

Assim como o crescimento das torturas e perseguições políticas do regime militar, que saltaram de pouco de 100 em 1968 para mais de 700 em 1969, após a promulgação do AI-5 (O 5º dos 17 Atos Institucionais da ditadura e que ampliava os poderes do presidente fechando o congresso), o período marca o início de um intervencionismo sem fim, responsável por produzir a ilusão, que reina até hoje, de que gerou evolução ao país, ao menos no campo econômico.

Como mostraram Simonsen e Cysne, a inflação era parte do orçamento da união, como um imposto escondido e cobrado justamente dos mais pobres. Não por um acaso o período ficou conhecido como um grande arrocho salarial. Não apenas Delfim alegava que os mais pobres deveriam esperar o bolo crescer para então dividir, como também acaba por arrematar parte dos salários dos mais pobres. Entre 1964 e 1985, o salário médio caiu de R$ 1024 para R$ 620 em valores de hoje.

Nos tornamos um dos países mais desiguais do planeta, com uma elevada concentração de renda, tudo para permitir um milagre de crescimento que alimentava uma elite industrial. 

No Brasil, nossa dívida externa saltou de US$ 3 bilhões para US$ 102,7 bilhões, ou 53,4% do PIB. Se mantida a proporção sobre nossa economia, a dívida herdada da ditadura equivaleria a US$ 1,1 trilhão. Para lhe situar melhor, nossa dívida hoje está em R$ 4,45 trilhões, ou US$ 870 bilhões em uma conversão nominal.
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Por Felipe Hermes. Para ler o artigo na íntegra, acesso o link no Infomoney

O ex-presidente Lula afirma quer dialogar com o Ciro Gomes. Será que terá conversa?

Untitled-1.jpgO presidente Lula elogiou nesta terça-feira 31 de março, em entrevista por telefone a Ricardo Kotscho, no UOL, o manifesto divulgado na véspera pelos líderes da oposição que pedem a renúncia de Jair Bolsonaro em meio à pandemia do novo coronavírus.
"Eu gostei da iniciativa do manifesto, acho que ficou muito bom (...) Foi dado um passo importante pelos partidos de oposição porque, além da pandemia, temos um problema grave no Brasil hoje, que é o comportamento do Bolsonaro. Ele é o epicentro da crise que vivemos", disse Lula.
"Esse homem não respeita a ciência, os pesquisadores, não respeita nada. Para ele, a orientação científica para combater a epidemia vale muito pouco. O maior problema da crise é a falta de gerenciamento, tem que ter um comando centralizado. Ele tinha que conversar com os governadores e prefeitos, os partidos no Congresso, o movimento social, mas Bolsonaro não ouve ninguém, só os filhos e aquele guru dele lá da Virgínia. A oposição vai ter que encontrar um caminho para ver o que fazer com o Bolsonaro porque ele hoje é um perigo, não só para o Brasil, mas para o mundo", completou.
Lula também ressaltou que está disposto a dialogar com o Ciro Gomes e explicou que não assinou o manifesto porque não concorreu às eleições de 2018 - a decisão coube aos partidos.
"O importante foi o Ciro Gomes ter entrado, não era correto eu assinar. PT, PDT, PSOL, PCdoB e o PSB têm-se reunido toda semana. Quando os partidos entenderem que eu devo participar dessas conversas, não terei problema nenhum, estarei pronto para falar com o Ciro. O importante agora é afastar o Bolsonaro", disse ele.

Bolsonaro incentiva os seus apoiadores xingarem os jornalistas

Jair Bolsonaro
(Imagem: Antonio Cruz/ Agência Brasil)
Os jornalistas que acompanhavam a fala do presidente Jair Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada nesta terça-feira deixaram o local da entrevista após o presidente mais uma vez estimular apoiadores para que hostilizassem e xingassem os repórteres.

Depois de uma pergunta sobre a postura do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que tem dado orientações contrárias às de Bolsonaro durante a crise do coronavírus, um dos apoiadores começou a gritar que a imprensa “colocava o povo contra o presidente”. Bolsonaro reagiu incentivando o apoiador a falar e mandando que os jornalistas ficassem quietos.

Com isso, os apoiadores começaram a xingar os jornalistas, que se retiraram do local e ficaram ao fundo. O presidente ficou inicialmente surpreso com a reação dos repórteres, mas logo aproveitou para ironizá-los.

“Mas vão abandonar o povo? Nunca vi isso, a imprensa que não gosta do povo”, gritou Bolsonaro aos repórteres que se mantinham afastados.

Em editorial, o Estadão chama o Bolsonaro de pária internacional e praticamente pede o impeachment dele

Bolsonaro diz que vale para trabalhador informal será de R$ 600 ...A irresponsabilidade de Jair Bolsonaro levou o jornal Estado de S. Paulo a praticamente abraçar seu impeachment, no editorial A pedra no caminho, publicado nesta terça-feira. "Bolsonaro, graças a seu comportamento irresponsável, começa a conquistar um lugar jamais ocupado por um presidente brasileiro – o de vilão internacional. Nem mesmo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, idolatrado por Bolsonaro, persistiu em sua costumeira arrogância diante do avanço dramático da epidemia, rendendo-se à necessidade de prorrogar o isolamento social, mesmo ante o colossal custo econômico dessa medida", aponta o texto.

"Aparentemente, contudo, Bolsonaro não se importa de ser visto como pária. Ao contrário: decerto feliz com a notoriedade global subitamente adquirida, na presunção de que isso lhe trará votos, insiste em desafiar abertamente as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), adotadas pelo Ministério da Saúde e por governadores e prefeitos de quase todo o Brasil. No domingo passado, o presidente passeou por Brasília, visitando zonas comerciais, pedindo que a vida volte ao normal e cumprimentando simpatizantes que se aglomeravam em torno dele – escarnecendo, assim, de reiteradas recomendações de seu próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta", prossegue o editorial.

segunda-feira, 30 de março de 2020

O ministro do Supremo Marco Aurélio Mello encaminhou à PGR pedido de afastamento do Bolsonaro


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello encaminhou, na condição de relator, a notícia-crime protocolada pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT-/MG) à Procuradoria-Geral da República (PGR).

A ação aponta as inúmeras irresponsabilidades cometidas desde o início da crise do Covid-19, que foram são listadas na peça, que pode levar o presidente ao afastamento por 180 dias ou até mesmo à perda de mandato.

“Bolsonaro não está à altura do cargo. A necessidade de sua saída não é uma necessidade política, é de saúde pública”, afirmou o deputado.

“A notícia-crime relata mais de 20 vezes em que o presidente pôs o país em risco. E ainda há novos fatos a serem incorporados!” concluiu Lopes sobre a peça que o ministro Marco Aurélio optou por não arquivar e enviou à PGR, que agora terá de se posicionar.


Caso a Procuradoria concorde com a notícia-crime e apresentar denúncia ao STF, a Câmara será consultada para autorizar ou não o seguimento da Ação Penal. Em caso de crime transitado em julgado, o presidente perde o mandato.

Pesquisa mostra que um quarto das famílias brasileiras possuem contas em atraso

Crédito: ShutterstockA Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada hoje (30) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostrou que o total de famílias com dívidas no Brasil voltou a crescer em março, depois de um recuo em fevereiro (65,1%), atingindo 66,2%, maior taxa da série histórica iniciada em janeiro de 2010.

O recorde havia sido registrado em dezembro do ano passado (65,2%). “O resultado extrapolou o percentual de dezembro e registrou o maior nível da série histórica”, disse à Agência Brasil a economista da CNC, responsável pela pesquisa, Izis Ferreira. Ela avaliou que a pandemia de coronavírus vai contribuir para elevar o grau de endividamento das famílias nos próximos meses e, também, a inadimplência.


A pesquisa foi feita com 18 mil famílias de todas as capitais do país, incluindo o Distrito Federal, no período de 20 de fevereiro e 5 de março. O aumento do endividamento vinha atrelado ao avanço do crédito, e isso podia ser observado pelo aumento no estoque do crédito para pessoas físicas e jurídicas, aumento nas concessões, redução do custo do crédito, facilitação nas condições. “Isso fez com que o nível de endividamento chegasse nessa maior proporção da série histórica”, disse a economista.

A pesquisa da CNC mostra que a inadimplência também aumentou nos dois níveis. O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso subiu de 24,1%, em fevereiro, para 25,3% em março. Já o total de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso nos próximos meses e que permaneceriam inadimplentes, passou de 9,7%, em fevereiro, para 10,2%, em março. (Com a Agência Brasil) 

O Bolsonaro diz que o Sérgio Moro “não está fazendo nada” e que estar se sentindo “desamparado juridicamente”

Jair Bolsonaro e Sérgio Moro
Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, Bolsonaro disse estar se sentindo “desamparado juridicamente” e que Moro “não está fazendo nada” para fazer valer a posição do governo contra os governadores. Nesta segunda-feira (30), Moro postou uma resposta tímida em sua conta no Twitter. “Prudência no momento é fundamental”, postou na rede social. 

A postagem de Moro foi publicada juntamente com um artigo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux em que este, em um apelo aos magistrados de todo o país, afirma que  agora “é hora de ouvir a Ciência”. 

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes: "Quanto aos 70% da população que será infectada, melhor que que o seja o quanto antes para que a economia volte a funcionar normalmente"

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes
O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Alinhado com Jair Bolsonaro, que defende o fim do isolamento no combate ao novo coronavírus, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes  disse que é “melhor” que maior parte da população seja infectada “o quanto antes para que a economia volte a funcionar normalmente. Deixa essa gente trabalhar!”. A declaração de Novaes foi feita em entrevista ao jornal O Globo. 

“Lembro quando Roberto Campos, o avô, dizia: ‘a lógica, inventada pelos gregos no hemisfério Norte, não se aplica abaixo do Equador’. Não obstante, tentemos usar um pouco de lógica a partir de declarações médicas indicando que a epidemia só se extinguirá após atingida, e portanto imunizada, uma determinada parcela da população, digamos 70%. Ora, se isto é verdade, o que realmente importa é que os velhinhos e os já doentes estejam entre os 30% da população que não será contaminada pelo vírus. Afinal, são eles que demandam atendimento de UTIs e apresentam maior taxa de letalidade. Resolve-se o problema do pico de demanda por atendimento hospitalar e reduz-se o número de mortos. Quanto aos 70% da população que será infectada, melhor que que o seja o quanto antes para que a economia volte a funcionar normalmente. Deixa essa gente trabalhar!”

O jornal norte-americano The Washington Post publica artigo pedindo o impeachment de Jair Bolsonaro

Artigo
Imagem: Reprodução/Washington Post
Um artigo escrito pela cientista social e antropóloga Rosana Pinheiro-Machado, em que pede o impeachment do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi publicado pelo jornal norte-americano The Washington Post.

“O impeachment pode ser um processo político e jurídico difícil. (Os brasileiros há pouco tempo viveram um processo politizado e injusto contra Dilma Rousseff que chegou a um golpe.) Mas o caso contra Bolsonaro é à prova de balas”, disse Rosana.

O presidente da maior consultoria de riscos do mundo afirma que o Bolsonaro vai matar muita gente no Brasil

Ian Bremmer, CEO da Eurasia
"O presidente Bolsonaro publica uma foto dele em uma multidão em Brasília ... tirada pelo twitter. Ele vai matar brasileiros. Um nível de irresponsabilidade que nunca vi de um líder eleito democraticamente", postou Ian Bremmer, presidente da Eurasia Group, a maior consultoria de riscos do mundo. Confira seu tweet e reportagem da Reuters a respeito:


Brazil President Bolsonaro posts a photo of him in a crowd in Brasilia...taken down by twitter.

He’s going to get Brazilians killed. A level of irresponsibility I’ve never seen from a democratically elected leader.

domingo, 29 de março de 2020

Manifestantes que faziam carreata contra a quarentena em Florionópolis são recebidos com esterco de cavalo


Na cidade de florianópolis, a população jogou esterco de cavalo nos carros que participavam da manifestação contra a quarentena e em apoio a Bolsonaro. 

Em oposição à quarentena, manifestantes foram às ruas para uma carreata na tarde dessa última sexta-feira, 27 de março. Na Capital, o movimento foi estimulado pelo movimento “Conservadorismo Floripa”, e reuniu cerca de 20 veículos”, relata o blog Política Hoje.

O ato endossa o posicionamento de Bolsonaro, que afirma que o “povo quer trabalhar”. Em seu Facebook, Jair Bolsonaro compartilhou um vídeo das manifestações de Balneário Camboriú.

Apresentadora da CNN é ameaçada de morte por defensores do Bolsonaro

Gabriela Prioli
A advogada e professora Gabriela Prioli foi ameaçada de morte depois de seu ingresso na CNN Brasil e de seu crecimento vertiginoso nas redes sociais, informa a coluna de Ricardo Feltrin no Uol. 

O portal destaca que  que "em apenas duas semanas, o quadro com Gabriela se tornou um dos temas mais comentados e vistos na CNN Brasil. Ele também lançou essa calma e amável professora e mestre em Direito Penal ao estrelato nacional. De pouco mais de 10 mil seguidores no twitter ela passou a ser seguida por quase meio milhão de pessoas (e mais outro meio milhão no Instagram)."

A matéria ainda acrescenta que "no entanto, com a fama vieram os dois lados da moeda: de um deles, fãs, alunos de direito e telespectadores encantados com seu estofo e argumentos; Por outro lado ela se tornou alvo de "haters" e violentos das redes sociais. A coluna apurou que desde a estreia na TV ela chegou até a ser ameaçada de morte por hostes da dita "direita" em suas DMs nas redes. Embora tenha "printado" as ameaças, ela não chegou a fazer B.O."

Alexandre Frota diz que irá fazer de tudo ao seu alcance para “tirar esse safado da presidência”

Alexandre Frota e Jair Bolsonaro
O deputado federal Alexandre Frota, que protocolou na Câmara um pedido de impeachment a Jair Bolsonaro nesta semana, diz que se arrepender de seu apoio ao ocupante do Planalto e que irá fazer de tudo ao seu alcance para “tirar esse safado da presidência”. 

Frota baseia seu pedido de impeachment acusando Bolsonaro da prática de seis crimes, como responsabilidade e atentar contra a segurança nacional, administração pública e saúde. 

Ele considera que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é uma das principais vítimas do “gabinete do ódio” e que precisa dar sequência aos trâmites que envolvem o impeachment de Bolsonaro. 


O deputado Alexandre Frota reforça que Bolsonaro comete uma série de crimes, quebra de decoros e não possui condições de permanecer no poder. 

O jornalista da Globo Mello Franco afirma que impeachment pode ser pouco para enquadrar o presidente Bolsonaro

Bernardo Mello Franco e Jair Bolsonaro
Bernardo Mello Franco e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Carolina Antunes/PR)
"Os desvarios de Jair Bolsonaro não cabem mais na esfera da política. Quando o presidente se torna uma ameaça à saúde pública, sabotando o esforço nacional contra a pandemia, seus atos devem ser submetidos aos tribunais", diz o jornalista Bernardo Mello Franco, em coluna publicada no jornal O Globo.

"Quando a epidemia passar, a abertura de um processo de impeachment pode ser pouco para enquadrar o presidente. Se sua cruzada contra a vida prosperar, ele se candidatará a uma denúncia ao Tribunal Penal Internacional, que julga crimes contra a Humanidade", diz Bernardo Mello Franco.

Com tramissão ao vivo, o ministro da Saúde pergunta ao Bolsonaro: “Estamos preparados para o pior cenário, com caminhões do Exército transportando corpos pelas ruas?

Jair Bolsonaro e Luiz Henrique Mandetta
Jair Bolsonaro e Luiz Henrique Mandetta (Foto: PR | ABr)
O ministro da Saúde vai ganhando destaque, nem tanto por suas qualidade, mas por enfrentar Bolsonaro de maneira incisiva. Ao destacar, em reunião de emergância, que a pandemia de coronavírus não é uma “gripezinha”, ele apresentou cenários possíveis para a doença no Brasil e advertiu o presidente Jair Bolsonaro e outros ministros que, se morrerem mil pessoas, será similar à queda de quatro Boeings. 

Ele perguntou ao Bolsonaro: “Estamos preparados para o pior cenário, com caminhões do Exército transportando corpos pelas ruas? Com transmissão ao vivo pela internet?”


A matéria ainda acrescenta que "Mandetta fez um apelo para o presidente criar “um ambiente favorável” para um pacto entre União, Estados, municípios e setor privado para todos agirem em conjunto, unificar as regras e medidas e seguir sempre critérios científicos. Sugeriu, inclusive, a criação de uma central de equipamentos e pessoal, para possibilitar o remanejamento de leitos, respiradores e até médicos e enfermeiros de um Estado a outro, rapidamente, dependendo da demanda."

sábado, 28 de março de 2020

Pesquisa do MIT mostra que cidades dos Estados Unidos que usaram isolamento social contra gripe espanhola tiveram recuperação da economia mais rápida

Profissionais de saúde durante a gripe espanhola em St. Louis
Precupado em evitar uma forte retração econômica, o presidente Jair Bolsonaro contraria a orientação de epidemiologistas e tenta convencer a maioria dos brasileiros a abandonar a quarentena contra o novo coronavírus. Na sua avaliação, apenas os mais idosos e portadores de outras doenças deveriam ficar em casa.
Médicos e economistas críticos a essa proposta têm argumentado, no entanto, que essa estratégia levaria à rápida expansão da doença no Brasil — o que também provocaria danos à economia, além de um número maior de mortes.
Um estudo sobre os efeitos da epidemia de gripe espanhola sobre cidades americanas em 1918 indica que, ao menos um século atrás, medidas preventivas de isolamento social foram positivas não apenas para prevenir mortes, mas também amenizar o impacto da pandemia sobre a economia.
Ao analisar como se deu a recuperação econômica em 43 cidades americanas após o fim do surto de gripe espanhola, seus autores concluíram que a atividade voltou a crescer mais rápido onde as autoridades municipais adotaram medidas para conter a expansão da epidemia, em comparação com locais que não atuaram para reduzir o contágio.
A pesquisa publicado na útima quinta-feira (26/03) é assinada pelos economistas Sergio Correa, do Banco Central americano, Stephan Luck, do Banco Central de Nova York, e Emil Verner, do Instituo de Tecnologia de Massachusetts.
Segundo eles, diversas cidades americanas adotaram em 1918 estratégias de distanciamento social similares às que têm sido usadas hoje ao redor do mundo contra o coronavírus, como "fechamento de escolas, teatros e igrejas" e "a proibição de reuniões de massa".
Ao comparar a forma como 43 cidades usaram essas medidas, os economistas notaram que ações preventivas precoces e com mais intensidade não agravaram a crise econômica.
"Pelo contrário, cidades que intervieram antes e mais agressivamente experimentam um aumento relativo do emprego na indústria, da produção industrial e dos ativos bancários em 1919, após o fim da pandemia", dizem os autores.

Ciro Gomes anuncia que vai denunciar o Bolsonaro no Tribunal de Haia como genocida, por crime contra a humanidade

systemuploadsnewscff23820441daec1bc3700x460xfit7fbe21.pngNa manhã deste sábado, 28 de março, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT-CE) anunciou no Twitter que denunciará o presidente Jair Bolsonaro no Tribunal de Haia (Tribunal Internacional de Justiça) como genocida, por crime contra a humanidade.

O mundo inteiro está chocado com o que Bolsonaro está fazendo. Vamos levar ele a responder pelo que está fazendo no Tribunal de Haia (Tribunal Internacional de Justiça) como genocida, por crime contra a humanidade!


Na sexta-feira, o PDT protocolou uma ação popular com pedido de tutela de urgência pela anulação da campanha publicitária do governo federal que incentiva o afrouxamento das medidas de isolamento social em meio à pandemia do novo coronavírus. 

Segundo estudo de universidade da Inglaterra, o Brasil poderá ter 44 mil mortes por Covid-19, mas se isolar só idosos o número se eleva para 529 mil

Bolsonaro e Ministros de Estado em coletiva sobre coronavírus
(Foto: Carolina Antunes/PR
Uma estratégia de isolamento social de manter só idosos em casa, como sugere o presidente Jair Bolsonaro, ainda poderia levar à morte mais de 529 mil pessoas no Brasil por covid-19. O número é metade do que se projeta para um cenário em que nada fosse feito no País para conter a dispersão do coronavírus (1,15 milhão de óbitos). Mas é bem mais alto do que a estimativa para um isolamento social rápido e amplo. Mesmo com essa restrição mais drástica, haveria ao menos 44 mil mortes pela doença.

Os números fazem parte da nova pesquisa do Grupo de Resposta à Covid-19 do Imperial College de Londres. Os cientistas vêm fazendo quase em tempo real projeções matemáticas do avanço da pandemia e avaliam as ações em andamento.

Foi um trabalho dessa equipe com projeções para Estados Unidos e Reino Unido que fez o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, recuar sobre a ideia de adotar isolamento vertical (quarentena só de alguns grupos, como idosos e doentes crônicos). Johnson foi diagnosticado com covid-19 na sexta-feira, 27.

Segundo o jornal The New York Times, estimativas feitas por esses cientistas também influenciaram a Casa Branca a enrijecer medidas de isolamento.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) também recomenda o isolamento social. Já Bolsonaro tem criticado governadores que determinaram fechar o comércio e diz ter receio de uma crise econômica.

Bolsonaro diz que o número de mortes por coronavírus em São Paulo “está fraudado”. Você concorda com ele?

Jair Bolsonaro
Bolsonaro lançou dúvidas sobre as mortes em São Paulo (Imagem: Flickr/sac Nóbrega/PR)
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que o número de mortes no Estado de São Paulo pelo novo coronavírus “está fraudado” e teria por objetivo atender a interesses políticos do governador paulista, João Doria (PSDB).

Bolsonaro lançou dúvidas sobre as mortes em São Paulo e usou como justificativa a edição de um decreto estadual que, em suas palavras, passou uma orientação na qual, se uma pessoa não tiver uma causa mortis identificada, a morte seria registrada como novo coronavírus.

“Tem um Estado aí que orientou via decreto que, em última análise aí, se não tiver uma causa concreta do óbito, bota aí coronavírus para colar. A gente lamenta isso aí, é uma atitude incorreta”, disse ele em uma entrevista à TV Band.

Ricardo Noblat bate-boca com o Bolsonaro e o gabinete do ódio pede prisão do jornalista

Noblat sobre pronunciamento: quem falou foi um presidente ou um carniceiro?
O jornalista Ricardo Noblat postou um tuíte, nesta sexta-feira (28), onde diz que “do jeito que vão as coisas, cuide-se Bolsonaro para que não apareça outro louco como o Adélio”.

O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) respondeu logo a seguir: “Que Deus lhe dê em dobro tudo aquilo que deseja para mim. Amém!”


O gabinete do ódio não perdeu tempo e levantou a hashtag #NoblatNaCadeiaJa, que amanheceu neste sábado em primeiro lugar entre os assuntos mais comentados do Twitter.

sexta-feira, 27 de março de 2020

João Doria diz que não tem medo de Bolsominions, Bolsonaristas, 01, 02, 03, 04 e nem do Bolsonaro

João Doria e Jair Bolsnaro
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), falou nesta sexta-feira, 27, sobre as ameaças que sofreu e disse que foi vítima de uma ação orquestrada pelo "gabinete do ódio" - grupo formado por assessores ligados ao vereador Carlos Bolsonaro, e disse não ter medo do clã.

"Chamei a polícia civil, registrei o BO e pedi investigação, assim como estamos monitorando todos os telefonemas e mensagens. E dizer a Bolsominions, Bolsonaristas, agressores como esses que estão aí fora que eu não tenho medo de cara feia. Não tenho medo de 01, 02, 03 e 04. Não tenho medo de Bolsonaro. Sou brasileiro e fui educado pelo meu pai e pela minha vida a trabalhar pela Justiça", afirmou. 

Os nove governadores do Nordeste se dizem indignados e criticam campanha de Bolsonaro que é um atentado à vida

Os nove governadores do Nordeste assinaram nesta sexta-feira 27 uma segunda carta a respeito das medidas de combate à crise de coronavírus. A última havia sido divulgada na quarta-feira 25 e pedia união do país para enfrentar a pandemia.

Desta vez, após uma reunião por teleconferência, os governadores expressaram  “profunda indignação” com a campanha “O Brasil Não Pode Parar”, do governo federal, exigiram “respeito por parte da Presidência da República” e pediram que “cessem, imediatamente, as agressões contra os governadores” por parte de Jair Bolsonaro.


Para eles, a “omissão em padronizar normas nacionais e a insistência em provocar conflitos impedem a unidade em favor da saúde pública”. Assim, “expõe-se a vida da população, além de assumir graves riscos no tocante à responsabilidade política, administrativa e jurídica”, prossegue o texto.

O Ciro Gomes afirma, com toda razão, que a campanha de Bolsonaro por volta às ruas é genocídio

Ciro Gomes e Jair Bolsonaro
O ex-ministro Ciro Gomes criticou Jair Bolsonaro nesta sexta-feira, 27/03, por conta da política defendida por ele em relação ao combate à pandemia do novo coronavírus. 

"Bolsonaro está preparando uma campanha publicitária para chamar o povo para voltar às ruas! É genocídio! O @PDT_Nacional vai entrar na Justiça pedindo a suspensão desta aberração! É o ÚNICO governante no MUNDO a fazer isto...", afirmou Ciro pelo Twitter. 


A campanha em defesa do isolamento vertical, que traz o slogan “O Brasil não pode parar”, está orçada em R$ 4,8 milhões e foi realizada sem licitação por ter sido classificada como emergencial. Escolha do material foi feita pelo vereador Carlos Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro. 

A cineasta Petra Costa afirma, com toda razão, que o Bolsonaro é perverso e empurra os brasileiros para morte

Petra Costa e Jair Bolsonaro
A cineasta Petra Costa, que dirigiu o documentário sobre o golpe contra Dilma Rousseff "Democracia em Vertigem", indicado ao Oscar 2020, criticou a iniciativa do governo Jair Bolsonaro, que divulgou um vídeo com peça publicitária para estimular as pessoas a saírem de casa.

"Essa é a peça publicitária mais perversa que eu já vi! Enquanto líderes de todos países pedem ou obrigam a população a ficar em casa, como recomenda a OMS, o governo Bolsonaro faz um vídeo oficial incitando a população a sair, trabalhar e MORRER. Precisamos reagir", escreveu ela no Twitter.

Atualmente o mundo vive com a menor taxa de juros de todos os tempos

O mundo vive hoje com a menor taxa de juro de todos os tempos, mostra um levantamento do Bank of America.

"Os bancos centrais devem se manter neste nível no futuro próximo, segundo as taxas futuras”, indica o BofA.  

“Desde a falência do Lehman em 2008, os bancos centrais reduziram as taxas de juros 853 vezes (65 cortes em 2020) e compraram mais de US$ 13 trilhões em ativos financeiros (outros US$ 7 trilhões prometidos para a compra de ativos em 2020)”, calculam os economistas.

Isso dará certo? Há duas saídas:


“Isso funcionará (em conjunto com a Teoria Monetária Moderna e o frenesi fiscal) para criar uma recuperação inflacionária em 2020 (provavelmente no segundo semestre), ou fracassará, pois o ônus da dívida causa um impacto deflacionário adicional”.

O governador de São Paulo, João Doria, recebe ameças de morte por bolsonaristas


O governador de São Paulo, João Doria, recebeu ameaças de morte na quinta-feira, 26 de março. Ele também recebeu mensagens em seu próprio celular afirmando que sua casa seria invadida.

A reportagem do jornal Folha de São Paulo destaca que "a Casa Militar do Palácio dos Bandeirantes decidiu cercar a casa do governador na noite desta quinta. Doria fará um boletim de ocorrência."


A matéria ainda informa que "a equipe do governador diz ter indícios de que as ameaças partem de um movimento bolsonarista e suspeita que os ataques são feitos por "um movimento articulado pelo gabinete do ódio, liderado pelo filho do presidente, Carlos Bolsonaro" no momento em que Doria mostraria liderança no combate ao coronavírus."

quinta-feira, 26 de março de 2020

A revista inglesa The Economist chama o Bolsonaro de "BolsoNero"

Jair Bolsonaro em pronunciamento em cadeia e rádio e TV
O título na inglesa The Economist, em sua edição impressa, é "BolsoNero", dizendo que ele "brinca" enquanto a pandemia avança sem controle no Brasil. Na alemã Der Spiegel, "O último negacionista", com a imagem abaixo. Mostra que, da chanceler Angela Merkel ao primeiro-ministro indiano Narendra Modi, todos passaram a adotar o isolamento. As comparações com Trump começaram a se perder, em parte porque este passou a adotar distanciamento nas entrevistas e a evitar a expressão "vírus chinês", de fato, como prometido.

Segundo a jornalista Monica Bergamo, da Folha de São Paulo, mais de 200 personalidades assinam mais um pedido de impeachment contra o Bolsonaro


A crise do coronavírus acelerou as discussões sobre a necessidade da saída de Jair Bolsonaro da presidência, que tem minimizado a gravidade da pandemia e recomendado que os serviços voltem a funcionar, assim como as pessoas saiam do isolamento.

Nesse cenário, um pedido de impeachment elaborado por deputados do PSOL - Fernanda Malchionna (RS), Sâmia Bomfim (SP), David Miranda (RJ) e Luciana Genro (RS) - já ganhou mais de 200 assinaturas de figuras públicas. Entre elas, estão a cantora Maria Rita, o Youtuber Felipe Neto e o ator Caio Blat.


Antes deles, o documento já tinha apoio de nomes como Zélia Duncan, Vladimir Safatle e Gregorio Duvivier, informa a jornalista Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo.