quinta-feira, 28 de julho de 2022

Pastor é afastado de igreja presbiteriana após criticar o presidente Jair Bolsonaro


O pastor Flávio Macedo Pinheiro, ex-presbiteriano da Igreja Presbiteriana do Brasil, foi afastado do cargo após criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele defendeu que mulheres não devem ser consideradas inferiores aos homens – o que o fez ser considerado comunista e marxista – além de falar em direitos da comunidade LGBT e  descriminalização do aborto e da maconha.

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A punição ocorreu um ano e dois meses depois que o reverendo Ageu Magalhães, um dos líderes da Igreja, deu um ”aviso” para Flávio: ”Ou você muda teu pensamento, abandonando as posições esquerdistas e todo o conteúdo marxista cultural que vem com elas, ou você deve, diante de Deus, renunciar ao Presbiterato”.

Como é revelado pelo Estadão, o presbítero foi afastado da congregação que frequentava há 19 anos. ‘‘Eu fico triste porque a igreja não é para isso. A igreja não deveria usar o púlpito para defender nem quem é de esquerda nem quem é de direita. A política é menos importante, há temas muito mais importantes para tratar”, disse o religioso, que já não faz parte de nenhum cargo de liderança na Igreja.

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Apesar da Igreja Presbiteriana do Brasil afirmar que não apoia nenhum governo e que os fiéis têm liberdade para se posicionar politicamente, a ”regra” não funciona da mesma maneira dentro do comando da Igreja, que está diretamente ligado ao presidente.

O próprio Ageu, autor da denúncia contra Flávio, é um líder influente conhecido por seu pensamento conservador. Em 2018, ele apoiou Bolsonaro e publicou uma foto em seu Facebook que dizia ”PT não”. Além dele, tanto o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, preso pela investigação relacionada ao gabinete paralelo de pastores na pasta, e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), André Mendonça, são pastores da instituição.

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