terça-feira, 31 de janeiro de 2023

A quarta derrota do Jair Bolsonaro para o presidente Lula nos últimos 100 dias

 


Bolsonaro está pedindo para ser derrotado outra vez por Lula nos últimos 90 e poucos dias, e será. Perdeu ao não se reeleger presidente em 30 de outubro passado. Perdeu com o fracasso do golpe de 8 de janeiro. Perderá na eleição de amanhã no Congresso.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

Do seu refúgio na Flórida, nos Estados Unidos, a salvo, por ora, de ser preso, não tinha porque se meter na escolha do próximo presidente do Senado, mas se meteu. Declarou apoio a Rogério Marinho (PL-RN), seu ex-ministro do Desenvolvimento Regional. 

Marinho é pule de 10 para ser derrotado por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), candidato à reeleição com o apoio de Lula. Pacheco elegeu-se há dois anos presidente do Senado com o apoio de Bolsonaro. Operou em sintonia com ele até o fim do seu governo. 

O que pode ganhar Bolsonaro apoiando Marinho? Nada ganharia apoiando quem Lula apoia, mas nada perderia se permanecesse neutro. O governo propaga a ideia de que esse será o terceiro turno entre Lula e Bolsonaro. Será o quarto. O terceiro foi o golpe. 

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

Quando um não quer, dois não brigam. Lula aprendeu a lição com a mãe dele. Por isso, reconhecendo a força de Arthur Lira (PP-AL) dentro da Câmara dos Deputados, preferiu aliar-se a ele a perder se o enfrentasse. A reeleição de Lira está garantida. 

Se você não pode derrotar um inimigo, junte-se a ele. O PT votará em Lira, e espera ocupar um lugar na direção da Câmara, além da presidência da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante. Na Câmara, o PL de Bolsonaro tem a maior bancada. 

A disputa de Lira é com o passado. Ninguém superará Ulysses Guimarães, que foi, ao mesmo tempo, presidente do MDB, da Câmara e da Assembleia Constituinte de 1988. Um ano depois, candidato a presidente da República, teve apenas 4,60% dos votos.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

Lira quer pelo menos bater o recorde de votos estabelecido por Ibsen Pinheiro (MDB-RS) e João Paulo Cunha (PT-SP). Os dois foram eleitos presidente da Câmara com 434 votos de um total possível de 513 – Ibsen em 1991, Cunha em 2003.

Com o apoio de 19 partidos e se não houver traição, Lira pode atingir a marca de 496 votos. Seria um feito histórico. Uma eleição por aclamação. Lula espera tirar proveito disso. Ele precisa de Lira para governar. Será o governo dos dois “eles” – LL.

(Do Blog do Noblat)

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

Atleta bolsonarista Wallace Leandro que ameaçou Lula recebeu R$ 308 mil de programa do governo petista

 


O atleta Wallace Leandro, que na segunda-feira (30) fez uma enquete em suas redes sociais sobre um atentado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recebeu R$ 308 mil do Bolsa Atleta, programa de incentivo ao esporte criado pelo petista, em 2005.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

Os dados foram levantados pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e revelados pelo blog Olhar Olímpico, do UOL.

A ameaça foi postada pelo apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em seu perfil no Instagram, ao ser questionado se usaria uma escopeta para dar um “tiro na cara do Lula”.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

A jornalista Andreia Sadi desmente senador bolsonarista






No início da tarde desta segunda-feira (30), durante uma entrevista à GloboNews, no programa “Estúdio i”, o candidato à presidência do Senado, o ex-ministro e senador Rogério Marinho (PL), do mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), entrou em um bate boca com a jornalista âncora Andréia Sadi.
Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

O senador e a âncora do jornal entraram na discussão após comentarem sobre “deputados golpistas e censura prévia”. A pauta que estava sendo abordada na entrevista era a disputa pela Casa está na próxima quarta-feira (1º)

“Mas não posso impedir que o deputado, no seu conceito de violabilidade do mandato, possa se expressar (…) É essa inércia do parlamento”, acusou o candidato à presidência do Senado, falando sobre um eventual “silenciamento”, inexistente, sobre os parlamentares do Congresso Nacional. Mas, apenas de sua “ala”.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

“O senhor me desculpa, o senhor sabe, eu respeito o senhor. É um debate, nós somos da democracia. Mas só pra deixar claro, não tem censura prévia em relação ao que o senhor está dizendo. Ninguém está censurando”, interrompeu a jornalista que, novamente, foi cortada pelo senador tentando se defender.

“O que o senhor falou: ‘o deputado ou o senador censurado que não sabe o que vai dizer’. Não é disso que se trata. São parlamentares que divulgam conteúdo fraudulento”, reiterou Sadi que, novamente, foi interrompida.

O candidato ao Senado, quase sussurrando, tentou fazer apontamentos que não foram entendíveis, mas a jornalista encerrou a conversa: “Estou defendendo a democracia. O senhor está dizendo que existe uma ‘censura prévia’ de algo que ninguém sabe que vai ser dito, não é sobre isso. Nós estamos falando de pessoas que divulgam conteúdo fraudulento, citando violência, golpismo, atos terroristas e por aí vai”.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Nos Estados Unidos, o Bolsonaro é evitado até por Bia Kicis, Zambelli e Ratinho


Além de se manter isolado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem sido evitado por apoiadores famosos ou partidários de expressão em Orlando, na Flórida, onde está desde o dia 30 de dezembro, dias antes da posse do presidente Lula (PT).

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

Apesar de sempre haver simpatizantes do ex-capitão na porta do local onde está, o ex-presidente não tem se encontrado com famosos que apoiaram sua eleição. Havia, por exemplo, a expectativa de que ele se encontraria com o ex-mandatário americano Donald Trump.

De acordo com informações da Folha de S.Paulo, um aliado próximo do republicano que tem contato com os Bolsonaro afirmou que nem o ex-chefe do Executivo nem seus filhos se encontraram com Trump ou com sua equipe.

As deputadas bolsonaristas Bia Kicis e Carla Zambelli, viajaram a Miami na última semana e também não se encontraram com Bolsonaro. “Eu fiquei só três dias em Miami, mais encontrando amigos”, disse Kicis. Zambelli, por sua vez, afirmou que não visitou o ex-presidente pois estava de férias com o marido e filhos.

Outro simpatizante do ex-capitão, o apresentador do SBT Ratinho, tem um imóvel a menos de dez minutos a pé da casa onde Bolsonaro está hospedado e, mesmo assim, não foi visitá-lo. O ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão (PRTB-SP) foi a Miami, mas também não procurou Bolsonaro.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

O senador e ex-ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o comentarista Paulo Figueiredo e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que foi preso depois de voltar de Orlando, também estavam por lá e não procuraram o ex-mandatário.

Vale destacar que, segundo a Folha, um brasileiro que convive com essas celebridades na cidade afirmou que avaliação é a de que a figura de Bolsonaro agora tem sido considerada “tóxica” e que não é um momento positivo para ter uma foto ao lado do ex-presidente.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

PGR denuncia Carla Zambelli por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal


A Procuradoria-Geral da República denunciou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ao Supremo Tribunal Federal por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

Em outubro do ano passado, na véspera do segundo turno das eleições, a parlamentar perseguiu um eleitor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com arma em punho. O caso ocorreu no Jardins, bairro nobre de São Paulo.

Após o episódio, a Polícia Federal fez uma busca e apreensão nos endereços de Zambelli, e todas as suas armas foram apreendidas.

Na denúncia, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo diz que a conduta da bolsonarista representou uma situação de perigo concreto. Além disso, ela não tinha autorização para usar a arma ostensivamente em público.

“Conquanto ostente o porte de arma de fogo de uso permitido para defesa pessoal, Carla Zambelli Salgado de Oliveira não detém autorização para o manejo ostensivo do armamento em via pública e em local aberto ao público contra pessoa do povo que não ensejava qualquer mal, ameaça ou perigo concreto à vida ou à integridade física sua ou de terceiro”, disse Araújo no processo.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

“A permissão do porte de arma de fogo conferida à denunciada se destina única e exclusivamente à sua defesa pessoal; jamais para constranger a liberdade de interlocutor e a fazer com ele se desculpe dos seus posicionamentos políticos, preferências eleitorais e supostos atos injuriosos manifestados, ainda que a pretexto de resguardar, em tese, sua honra maculada”, prossegue.

Na ação, a PGR solicita ao STF o cancelamento do porte de arma da parlamentar e sua condenação ao pagamento de multa no valor de R$ 100 mil por danos morais coletivos.

Caso a denúncia seja aceita, Zambelli será ré e terá que responder a uma ação penal. Em nota, a assessoria da deputada informou que sua defesa será apresentada no prazo legal com o decorrer do processo.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

Michel Temer diz a jornalista Dora Kramer que o presidente Lula é "bandido"


Chamado de "golpista" pelo presidente Lula (PT) durante entrevista no Uruguai, o ex-usurpador da Presidência da República Michel Temer (MDB), que golpeou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), agrediu o petista ao chamá-lo de "bandido". 

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

"Profundamente irritado com Lula, que o chamou de golpista, Michel Temer me disse ontem: 'fui secretário de segurança, sei lidar com bandido'", relatou a jornalista Dora Kramer, que também saiu em defesa de Temer e foi ironizada nas redes: "porta-voz de golpista".

Símbolo da corrupção do MDB, Temer traiu o Brasil em 2016, ao golpear Dilma. Ao assumir a Presidência da República, implantou um choque neoliberal no Brasil com o malfadado projeto da "Ponte para o Futuro", que não havia recebido um voto sequer do povo brasileiro na eleição anterior. 

O golpe contra Dilma teve como finalidades, por exemplo, retirar direitos trabalhistas e transferir a renda do petróleo brasileiro para os acionistas minoritários da Petrobrás, em boa parte estrangeiros. Além disso, o golpe trouxe de volta a fome ao país e abriu as portas para ascensão do bolsonarismo e da extrema direita ao poder.


Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Amigo de Jair Bolsonaro tem nomeação barrada em batalhão de Goiânia


O novo comandante do ExércitoTomás Paiva, barrou nesta terça-feira (24) a nomeação do tenente-coronel Mauro Cid para o comando do 1º Batalhão de Ações de Comando em Goiânia. O Alto Comando foi comunicado da decisão em reunião realizada em Brasília também nesta terça. Cid é amigo pessoal e foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante seu mandato.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

De acordo com apuração da Folha, a decisão foi tomada após conversa entre Cid e Paiva. Segundo o jornal, foi o próprio amigo de Bolsonaro que sugeriu seu afastamento das funções militares a fim de amenizar a crise estabelecida entre o governo Lula e o Alto Comando das Forças Armadas após a demissão do ex-comandante do Exército, Júlio César de Arruda.

A posse de Cid foi justamente a causa da demissão do antigo comandante, que acabou substituído por Paiva no último sábado (21). Arruda teria resistido em impedir a posse do amigo de Bolsonaro –que também seria seu amigos. Ambos participariam do mesmo grupo de Forças Especiais do Exército.

Além disso, Mauro Cid também teria pedido pelo cancelamento da nomeação a fim de se defender das acusações de participação no esquema de ‘rachadinhas’ do Palácio do Planalto. As investigações estão em curso. Cid pode ser realocado nos próximos dias e talvez consiga concorrer novamente ao cargo no batalhão de Goiânia para o biênio 2025-2026. Mas isso só pode acontecer caso a investigação da Polícia Federal contra ele se encerre a tempo.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

Deputada pede que Bolsonaro devolva R$ 182 mil gastos no cartão corporativo em motociatas


Erika Hilton pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que Jair Bolsonaro devolva R$ 182 mil gastos no cartão corporativo durante motociatas. A deputada eleita entrou com notícia-crime e quer que o ex-presidente dê o valor de volta aos cofres públicos. A informação é da revista Veja.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

No documento, ela cita gastos com combustível, alimentação e hospedagens do ex-presidente para manifestações em diversas partes do país. Um dos casos citados é a motociata “Acelera para Cristo”, que ocorreu em abril de 2022, em Americana (SP) e foram gastos R$ 103 mil do cartão corporativo.

“A situação leva a robustos indícios de utilização indevida, por parte de Jair Bolsonaro, de recursos públicos para sua promoção pessoal e a completa ausência de qualquer justificativa de interesse público na utilização do Cartão Corporativo para financiamento dessas atividades. Assim sendo, parece ter havido cometimento de atos de improbidade administrativa, além da prática de crimes previstos na legislação penal”, afirma Erika Hilton.

Ela pediu a PGR que abra procedimento investigatório para apurar o uso indevido do cartão corporativo e a responsabilização criminal do ex-presidente e dos demais gestores públicos envolvidos na organização de motociatas. A ideia é que eles sejam responsabilizados por improbidade administrativa, peculato e emprego irregular de verbas ou rendas públicas.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

Policial militar armado agride mulher no meio da rua no Rio de Janeiro


Um policial militar armado agrediu na noite do último domingo (22) uma mulher no meio da rua em Vigário Geral, na zona norte do Rio de Janeiro. O PM do 16º BPM (Olaria) foi chamado para prestar esclarecimentos no batalhão e para a Corregedoria.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

A cena foi gravada por pessoas que passavam de carro no momento da agressão. Nas imagens, é possível ver o homem com uma arma na mão se aproximando da mulher. Em seguida, o agressor coloca a arma na cintura e começa a estapear e esmurrar a vítima.

O PM então derruba a mulher no chão e continua aplicando golpes. Outros dois homens aparecem tentando tirar o policial de cima da mulher. “Vai dar tiro nela. Vai matar a mina”, comenta uma das testemunhas, assustada.

“De acordo com o comando do 16° BPM (Olaria), o referido militar estava de férias na data em que as agressões foram registradas. Ainda segundo o comando da unidade, o policial já foi convocado a comparecer no batalhão de polícia militar para prestar esclarecimentos sobre o fato, também acompanhado pela 1 DPJM/ Corregedoria. Cabe ressaltar que a Corporação não compactua com desvios de conduta praticados por seus integrantes”, diz a nota da Polícia Militar.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia

Veja o vídeo:

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

O governo Bolsonaro deu R$ 872 milhões a ONG evangélica para cuidar de indígenas, apesar do descaso

 


Uma reportagem publicada nesta terça-feira (24) pelo diário carioca O Globo, de autoria do jornalista Alvaro Gribel, revelou dados estarrecedores sobre o descaso generalizado e aparentes ilegalidades e irregularidades gritantes cometidas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) no que diz respeito às políticas para proteção e assistência dos povos indígenas brasileiros. O mundo está chocado desde o último fim de semana, quando após uma visita de Lula (PT) à Terra Indígena Yanomami, em Roraima, mostrou ao planeta o que o presidente classificou como “genocídio”, por meio de imagens chocantes de crianças, mulheres e idosos com aspecto cadavérico, completamente desnutridos, sendo que muitos não resistiram ao resgate e morreram horas depois.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia


Segundo o texto de O Globo, nos quatro anos da gestão de Bolsonaro um orçamento de R$ 6,13 bilhões foi destinado ao Programa de Proteção e Recuperação da Saúde Indígena, sendo que 88% dele foi executado. Ou seja, efetivamente foram gastos R$ 5,44 bilhões desse montante astronômico, mas se engana quem acha que isso de alguma forma foi revertido em melhorias para os povos originários.

Quem ficou com a maior “mordida” dessa dinheirama foi uma ONG evangélica chamada Missão Caiuá, com sede em no Mato Grosso, cujo lema é “A serviço do índio para a glória de Deus”. Ela recebeu R$ 872 milhões, sendo que R$ 52 milhões deveriam ser destinados ao povo Yanomami apenas no ano de 2022, só que quase toda a verba, conforme denunciam lideranças indígenas, teria sido destinada a “burocracias”, como contratar aviões e helicópteros para o deslocamento de agentes dessa ONG e de médicos e enfermeiros. Detalhe, a fortuna gasta nesses aluguéis de aeronaves foi gasta com frotas de propriedade de garimpeiros.

Júnior Hekurari Yanomami, presidente da Urihi Associação Yanomami, disse ao autor da reportagem que praticamente nenhum médico ou profissional de saúde entrou nas terras indígenas nos últimos quatro anos, o que faz constatar que o montante milionário de fato foi gasto com “serviços”, como assinatura de contratos e acordos com entidades de profissionais de saúde, assim como com o aluguel de aviões e helicópteros, sem que, no entanto, nada tenha sido realizado efetivamente para os indígenas que esperavam pelos atendimentos.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia


“O que houve foi descaso e crime. O dinheiro foi mal gasto e mal planejado. Quase tudo foi gasto com ‘aéreo’. Avião e helicóptero para levar profissionais dentro do território, mas apenas na hora da emergência, quando muitas vezes já é tarde demais. Como a ambulância do SAMU nas cidades. Não sobra nada para comprar medicamentos. O que a gente precisa é de prevenção, um plano de ação e compromisso com as vidas”, disse o líder Hekurari Yanomami, da Urihi.

O líder explicou ainda que com o fomento e o incentivo de Jair Bolsonaro (PL) à invasão das terras por garimpeiros, houve uma explosão de áreas que passaram a ser ocupadas e exploradas, o que gerou uma forte crise de violência, ameaças, desmatamento e muitos outros desmandos, como as ordens expressas dos donos do garimpo proibindo a entrada de médicos, antropólogos e outros agentes públicos voltados a dar atendimento aos habitantes daquelas áreas remotas. Vale lembrar que muitas das crianças mortas na Terra Indígena Yanomami foram vítimas da água contaminada dos rios pelo mercúrio dos garimpeiros.

“Os garimpeiros ficam intimidando, ameaçando profissionais para pegar remédios. Por causa desses problemas foram fechadas seis unidades básicas de saúde. Muitos yanomamis ficaram sem atendimento e morreram sozinhos sem nenhuma ajuda. Com os yanomamis também faltou gestão. Se fosse um trabalho dentro da comunidade, de atendimento, com médicos, não tinha gasto isso tudo”, disse ainda Hekurari Yanomami.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia


O Jair Bolsonaro comprou vinho e cachaça com cartão corporativo


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou o cartão corporativo da Presidência durante seu governo para comprar vinhos e cachaças.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia


De acordo com as notas fiscais organizadas pela agência Fiquem Sabendo, que obteve o material via LAI (Lei de Acesso à Informação), o ex-chefe do Executivo gastou R$ 292,70 em vinhos (oito garrafas de tipos variados) e R$ 9,69 em uma garrafa de aguardente da marca 51.

Os registros são todos de 2019 e feitos em Brasília. O vinho mais caro comprado pelo ex-presidente com o cartão foi um português, que custou R$ 77. Já os demais variam entre R$ 13,90 e R$ 70 a unidade. Segundo informações da Folha, a compra da cachaça coincidiu com a de ingredientes para feijoada e churrasco, como carnes e acompanhamentos.

Vale destacar que a cartilha da CGU (Controladoria-Geral da União) desestimula a compra de bebidas alcoólicas. Segundo o documento, essas despesas “não podem ser custeadas com recursos públicos, salvo em recepções oficiais”.

Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia