domingo, 28 de fevereiro de 2021

Salvador da Rima preso e agredido em SP por policiais militares é solto e critica Bolsonaro

                                                                                                                Reprodução
Do
 iG Gente.

Após ser preso por policiais militares no último sábado Salvador da Rima foi solto em São Paulo. Ao voltar para a casa, ele foi recepcionado por centenas de fãs que esperavam o MC.

O artista teve sua prisão gravada por familiares e colegas que viram toda a cena violenta acontecer.

O sócio da gravadora de Salvador, Rodrigo GR6, já acionou o departamento jurídico para cuidar do caso.

“Boa noite Brasil. @salvadordarima já saiu da delegacia já se encontra em casa. Quero agradecer todo departamento jurídico da @gr6explodeoriginal mais uma página virada, seguimos”, disse o produtor.

Em seu Instagram, Gabriel Salvador agradeceu todo o carinho dos fãs e publicou o comentário feito por sua mãe, na época das eleições, quando tentaram convencê-la de votar em Jair Bolsonaro.

“Um comentário da minha mãe de 3 anos atrás quando tentaram convencer ela de que o Bolsonaro era uma boa opção. É véinha, acho incrível como não importa quanto tempo passe, exatamente tudo o que a senhora fala um dia acontece uma situação que demonstra como a senhora sempre teve razão. Me desculpe por fazer a senhora passar essa vergonha e esse desespero, muitas vezes me sinto culpado por ter escolhido o caminho que escolhi, mas a senhora sabe que eu desde pequeno sempre tive meus próprios ideais e nunca tive papas na língua, revolução não se faz do dia pra noite, mas o primeiro passo é a resistência.”, escreveu.

(…)

Personalidades e famosos fazem viralizar: #“Presidente sem coração”


“Presidente sem coração” está viralizando desde a manhã deste domingo. Agora em mensagens de celebridades como Nando Reis, Patricia Pillar, o deputado Orlando Silva (PCdoB) e a ativista Jurema Werneck.

Todos criticam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Isso não viraliza por acaso.

1.180 brasileiros morreram, em média, na última semana. Há 254.263 mil falecimentos por conta da pandemia da covid e, não bastasse isso, a taxa de ocupação de UTIs está em colapso em 17 estados:

  • Acre 97,2%
  • Alagoas 69%
  • Amapá 63,9%
  • Amazonas 86,8%
  • Bahia 82%
  • Ceará 95,3%
  • Distrito Federal 94,9%
  • Espírito Santo 72,3%
  • Goiás 94,1%
  • Maranhão 83,7%
  • Mato Grosso 87,1%
  • Mato Grosso do Sul 87%
  • Minas Gerais 72,6%*
  • Pará 79,9%
  • Paraíba 71%
  • Paraná 94%
  • Pernambuco 90%
  • Piauí 76,2%
  • Rio de Janeiro 62,8%
  • Rio Grande do Norte 89,4%
  • Rio Grande do Sul 94,5%
  • Rondônia 96,7%
  • Roraima 80%
  • Santa Catarina 93,9%
  • São Paulo 71,1%
  • Sergipe 62,4%
  • Tocantins 80%

O quadro do Brasil é muito triste.

Veja algumas das reações.

Bolsonaro incentiva protestos contra governadores que decretarem medidas de restições contra a Covid-19


 Jair Bolsonaro compartilhou em sua rede social o protesto em frente à casa do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

"Queremos trabalhar", gritaram os manifestantes. 

Ibaneis Rocha, que não é adversário político de Bolsonaro, adotou uma série de medidas para conter o avanço da covid-19 no Distrito Federal.

Há hoje pelo menos 76 pacientes em estado grave que aguardam vaga em UTI.

Bolsonaro intensifica o ataque a governadores que adotam as recomendações científicas para enfrentar a pandemia, principalmente o distanciamento social.

Na última sexta-feira (26/02), ele chegou a dizer em evento no Ceará que os governadores que adotassem medidas restrtivas do comércio teriam que pagar pelo auxílio emergencial, que deve voltar em março.

No Estado, ele não usou máscara e provocou aglomeração enquanto o governador Camilo Santana (PT) inaugurava novas unidades de UTI, longe do evento. 

Bolsonaro postou um vídeo com claro incentivo a manifestações contra autoridades estadais.

João Doria diz que “o vírus derrubou o mito e o muro”

 

                                             Reprodução/Governo do Estado de São Paulo/YouTube
“O vírus derrubou o mito e o muro”, diz João Doria, em O Globo.

“Nenhuma liderança responsável deve ceder a malabarismos retóricos, ter um pé no governo Bolsonaro e outro na defesa da vida. São incompatíveis. Eu prefiro estar ao lado da vida (…).

A mistura de incompetência, inexperiência, voluntarismo e populismo tem custado ao país a inacreditável marca de mais de 14 milhões de desempregados. A maior taxa da história. Não há um único indicador positivo: a dívida pública aumentou, nossa moeda se enfraqueceu, a inflação subiu, o preço dos alimentos, gás e combustíveis disparou. Nossa diplomacia passou a brigar com todos os principais parceiros comerciais: China, Estados Unidos, Europa e Argentina. Os brasileiros foram traídos pelo negacionismo científico e pelo abandono de uma agenda liberal, que nunca chegou a ser implantada, apesar de prometida na campanha eleitoral (…).

A capacidade de gestão é ativo inegociável na política: ou o líder lidera e faz o que é certo ou fracassa. Liderar é assumir riscos, é ter lado, é ter coragem. Em 2022, restará claro quem fez o certo e quem fez o errado. Quem escolheu um lado e quem ficou em cima do muro.”

A “liderança responsável” de Doria não fiscaliza bares e aglomerações em bairros ricos da capital paulista. Mas tudo bem: a televisão mostra mais o que ocorre nos bairros pobres. Esse muro, ninguém derruba.

Coordenador da Secretaria de Saúde diz que o estado de São Paulo vive o “pior momento de toda a pandemia de Covid-19”

 

                          Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Paulo Menezes, coordenador do Centro de Controle de Doenças da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, disse que o estado vive o “pior momento de toda a pandemia de Covid-19”.

É uma situação extremamente difícil, por isso tivemos uma reclassificação que colocou 76% da população na fase laranja e 15% na vermelha“, afirmou em entrevista à CNN Brasil.

Esperamos que essas medidas restritivas anunciadas comecem a fazer efeito e reduzir a propagação do vírus e a velocidade de aumento de número de casos e internações ao longo dos próximos dias.”

O estado de São Paulo registrou neste sábado o recorde de 15.517 internações por Covid-19, sendo 7.011 em leitos de UTI.

Eliane Cantanhêde: O Brasil vive “uma tragédia” e o Bolsonaro, coroa esse resumo do caos combatendo as… máscaras!

 

                                                       Eliane Cantanhêde. Foto: Reprodução/YouTube
De Eliane Cantanhêde no Estado de S.Paulo.

O Brasil vive “uma tragédia”, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e uma sucessão de notícias asfixiantes em várias frentes: pandemia, desemprego, estatais, mercado, Congresso, Judiciário e, no centro de tudo, o Executivo. Não satisfeito em atacar até as vacinas, o presidente da República, Jair Bolsonaro, coroa esse resumo do caos combatendo as… máscaras!

Com uma nova variante mais voraz e o recorde de 1.582 mortos em 24 horas, as vagas de UTI esgotam-se no sistema público e privado por toda a parte. Sem saída, governadores decretam formas de lockdown de resultados incertos. E as vacinas? O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta resume: o vírus se espalha de Ferrari, as vacinas chegam de carroça.

Se não há mais ministro na Saúde, deixou de haver na Economia. Paulo Guedes está asfixiado como o povo de Manaus, mas se contenta com os elogios de Bolsonaro à sua “galhardia” e assiste impassível ao desmanche da sua política econômica e de sua equipe. Sérgio Moro demorou muito, mas tinha um limite: a intervenção na PF. Guedes passou do ponto: a intervenção na Petrobrás.

Não bastasse a pandemia, a economia sofre o temor de politização das estatais e da definição de preços, com Bolsonaro rasgando definitivamente a fantasia liberal. E lá se vai o presidente do Banco do Brasil, enquanto o governo lança as privatizações dos Correios e da Eletrobrás como isca. Morde quem quer.

(…)

O cúmulo foi Jair Bolsonaro se pautar por algumas linhas de um lunático no Twitter para desacreditar as máscaras, que evitam contaminação e mortes no mundo inteiro. Se trabalha contra vacina, isolamento e até máscara, o que ele quer? Assistir de camarote a uma roleta-russa com todos os brasileiros, em que muitos milhares morrem, sabe-se lá quantos têm sequelas graves e o Brasil afunda. Há algo aterrorizante nisso aí.

(…)

Ir à reunião protegido contra a Covid-19 fez o Bolsoanro demitir o presidente da Petrobras

 


Alguns detalhes da reunião que, no dia 5 de fevereiro, juntou Jair Bolsonaro, Roberto Castello Branco (foto) e os ministros Paulo Guedes, Tarcísio de Freitas, Braga Netto e Bento Albuquerque contaram pontos para que, pelos motivos errados, o capitão resolvesse ejetar o presidente da Petrobras de sua cadeira. (…)

O presidente da Petrobras entrou e permaneceu no gabinete presidencial com as precauções devidas a uma pessoa de 76 anos: usava máscara N95 e óculos de proteção.

Cumprimentou a todos, mas não com aperto de mãos e abraços, como fez o resto da turma. (…)

Na reunião, chegaram a perguntar a Castello Branco por que ele fora “vestido de astronauta” ao palácio.

Senadores de 8 partidos pedem impeachment do Bolsonaro

                                  Senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) (Foto: REUTERS | Agência Senado)
Senadores de PSDB do Ceará, PSD, MDB, Cidadania, Rede, PROS, Podemos e Republicanos concordaram com a necessidade de responsabilizar Jair Bolsonaro pelo mau gerenciamento da crise sanitária provocada pela pandemia do coronavírus, o que ficou evidente na troca de mensagens dos parlamentares em um grupo de WhatsApp. Os diálogos entre dos senadores foram publicados pela coluna de Guilherme Amado

Às 14h27 desse sábado, o senador tucano Tasso Jereissati (CE) escreveu: "Senadoras e senadores, o presidente Bolsonaro esteve no Ceará, ontem, sexta-feira, quando cometeu pelo menos dois crimes contra a saúde pública, ao promover aglomerações sem proteção e ao convocar a população a não ficar em casa, desafiando a orientação do governo do estado e ainda ameacando o governo de não receber o auxílio emergencial. Desta maneira a instalação da CPI no Senado tornou-se inadiável. Não podemos ficar omissos diante dessas irresponsabilidades que colocam em risco a vida de todos brasileiros".

Otto Alencar (BA) respondeu: "Toda razão amigo Tasso, o PR (Bolsonaro) afronta os governadores que estão na ponta cuidando da saúde nos estados, cabe ao Senado, a Casa da federação, contestar essa ação equivocada do PR JB, que leva a quebra de protocolos e leva à expansão da doença no país".

"Isto, mestre Tasso. Dói na alma estas coisas", criticou Confúcio Moura, do MDB de Roraima. "Ainda bem que temos governadores e prefeitos que cumprem seus deveres", complementou. 

"Concordo 100%", escreveu Alessandro Vieira, do Cidadania do Sergipe.

"Concordo, Tasso", afirmou a senadora Zenaide Maia (PROS-RN).

"Registrei imediatamente as inconsequentes posturas presidenciais, com o respeito cabível e exigível, ao fazer carreata no dia que se verificara o maior número de óbitos de nacionais", concordou Veneziano Vital do Rêgo, do MDB da Paraíba.

"Esse negacionismo já passou do limite. O Brasil já ultrapassou os 250 mil mortos e vamos ter lamentavelmente próximos dias muito graves em mortes e colapso da rede pública em vários estados", criticou Eduardo Braga (MDB-AM).

Senador pelo Podemos do Paraná, Oriovisto Guimarães afirmou concordar com Tasso. "Concordo e apoio a iniciativa do senador Tasso! Nosso PR tem tido um comportamento totalmente errado em relação a como cuidar dos brasileiros no que diz respeito à pandemia. Desde o início, tudo errado. Não é razoável que depois de tudo o que aconteceu no mundo ele continue nagacionista", disse.

"Um depoimento que contrapõe a insensatez e dureza de coração de muitos", comentou Mecias de Jesus, líder do Republicanos e eleitor por Roraima.

"Concordo com Tasso Jereissati. Agora mais do que nunca sobejam razões para instalar a CPI", escreveu Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá.

"Uma grande verdade, Tasso! Está na hora", concordou Eliziane Gama, do Cidadania-MA.

"Concordo plenamente. Não há outro caminho", acompanhou Humberto Costa (PT-PE). 

"Concordo 100% (II). Aqui em Natal, há 'discípulos' até hoje: o prefeito", escreveu Jean Paul Prates (PT-RN).

Lockdown

Ao comentar o cenário nacional, o neurocientista Miguel Nicolelis afirmou que vê "grande chance de um colapso nacional".

Janio de Freitas diz que o Bolsonaro flerta com a morte e, ao mesmo tempo, arma a população com objetivo bem definido

                                                       Foto: Reprodução | ABr
O jornalista Janio de Freitas, que tem uma das colunas mais lidas da Folha, acredita que a defesa da cloroquina, a sabotagem às vacinas e o ataque ao uso de máscaras por parte de Bolsonaro e de oficia do Exército faz parte de uma estratégiacom “intenções definidas”.

Não seria apenas ignorância.

"Já é bem difundida a impressão, ou a convicção, de que todo o estapafúrdio produzido por Bolsonaro e apoiado pelos generais tem a ver com intenções definidas. Há bastante coerência nos atos amalucados, que são bem aceitos pelos generais também por uma comunhão não declarada nem gratuita”, escreveu.

"A propaganda do falso tratamento com cloroquina cedo se mostrou como objetivo. Não só para desacreditar as recomendações científicas. Também para ações de governo que custaram milhões ao dinheiro público —e aí estava o Exército a fabricar quantidades montanhosas da droga enganadora.”

Ele lembra que o próprio Ministério da Saúde é conduzido por um general, que já declarou estar lá para cumprir ordens de Bolsonaro.

"O próprio Ministério da Saúde, o mais militarizado setor civil da administração pública, foi posto como indutor da droga ineficaz. Bolsonaro continua condenando as máscaras e estimulando aglomerações. E, sobre tudo o mais, a sabotagem a vacinas excedeu a incompetência. É muito mais e muito pior.”

O jornalista conclui que , por trás disso, "houve e há algo. Esse desatino não resistiria, para chegar à dimensão que alcançou, sem um propósito a sustentá-lo.”

Bolsonaro flerta com a morte e, ao mesmo tempo, arma a população. Janio não diz, mas é necessário refletir se ele não estaria buscando, com apoio do Exército, não da Marinha ou Aeronáutica, uma convulsão social para impor um governo fascista no Brasil.

sábado, 27 de fevereiro de 2021

Seguidores sugerem que o Bolsonaro vá aos hospitais para acompanhar de perto o colapso no sistema de saúde

                                                                         Foto: Marcos Corrêa/PR
No Twitter, Jair Bolsonaro voltou a atacar as medidas restritivas para conter a pandemia e compartilhou um vídeo em que ele manda um recado aos governadores:

Os que me criticam, façam como eu: venham para o meio do povo. O que mais ouvi no meio deles foi: “EU QUERO TRABALHAR!

Em resposta, seguidores sugerem que o presidente vá aos hospitais para acompanhar de perto o colapso no sistema de saúde.Jair BolsonarohospitaisPandemia

Arthur Lira afirma que o Bolsonaro errou no Decreto das Armas

 

Arthur Lira - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que os decretos recentes do presidente Jair Bolsonaro que facilitaram o acesso a armas de fogo não invadiram prerrogativas do Legislativo, mas criticou o dispositivo que permitiu o porte — a possibilidade de andar armado na rua —  de duas armas aos cidadãos a quem a lei dá direito a esse tipo de licença. Para ele, os civis devem ter o direito de ter arma em casa, para a própria segurança, “na ausência da segurança pública”. As declarações foram dadas neste sábado durante live com advogados do grupo Prerrogativas.

O porte, via de regra, é proibido no país, mas policiais, integrantes das Forças Armadas, agentes da Abin, auditores da Receita e integrantes do Judiciário ou do Ministério Público com funções ligadas à segurança, além de representantes de outras categorias, podem andar armados. Ao comentar ter ficado “triste” com o ex-ministro da Justiça e da Defesa, Raul Jungmann, que também foi deputado, por ter manifestado que o Executivo usurpou de competências do Parlamento, Lira disse que Bolsonaro apenas fez uma “amplitude de determinadas ações” dentro do poder de regulamentação. E indicou que, por isso, não vê razões para o Congresso derrubar os decretos, por meio de projeto de decreto legislativo (PDL), como defendem partidos da oposição contrários à flexibilização do acesso a armas.

— Dizer que o decreto invadiu as prerrogativas do Legislativo é um erro. Aprovamos a lei, permitimos que seja regulamentada por decreto. Na realidade, o presidente não criou decreto novo, ele fez uma amplitude de determinadas ações dentro do mesmo decreto. Onde errou? No backup de arma. Você não pode tratar o Brasil com porte para duas armas. O cidadão comum não precisa andar com duas armas — disse, completando, depois: — Se tivesse invadido prerrogativa do Legislativo, tínhamos PDL para resolver isso.

(…)

Empresário fundador do Habib’s, que fez campanha pelo impeachment da Dilma, é acusado de corrupção

 

                                                                         Divulgação
"A missão principal foi cumprida: sair de um regime contaminado, totalmente fora de propósito, para algo que a gente tem uma esperança de ser diferente. Esse processo da descontinuidade foi de extrema importância porque houve uma virada. Todo o processo de corrupção, de ladroagem descarada, de todas essas coisas que foram levantadas… Essa mudança foi nossa grande vitória". Alberto Saraiva (foto), fundador do Habib’s, em entrevista ao Estadão, sobre “ladroagem” e sua participação na campanha pelo impeachment

A sociedade brasileira conhece os chamados moralistas sem moral…Quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa, para atacar a minha honra? Quem? Dilma Rousseff, em discurso antes do golpe de 2016

O jornalista Daniel Castro, do Notícias da TV, revelou hoje o segredo da família Saraiva, que enriqueceu vendendo esfihas em promoções de 99 centavos a unidade.

O empresário Alberto Saraiva, fundador da empresa, foi um dos grandes defensores públicos do impeachment de Dilma Rousseff, a quem acusou de “ladroagem descarada”.

Mas, aparentemente, ele tem telhado de vidro.

Daniel Castro, em sua reportagem, revela a existência de uma ação movida por um franqueado da rede, que tramita na 2ª Vara Empresarial do Fórum Central Cível de São Paulo.

Marcelo de Souza, o autor da ação, ao instruí-la descobriu diferenças salariais de até 71,4% entre as lojas da franquia.

Motivo?

Alexandre Saraiva, através de suas empresas, é acionista de uma fatia das 430 lojas da rede.

Nestas lojas, paga salários baixíssimos, “furta” horas extras, não registra todos os funcionários e embolsa boa parte dos 10% de gorjetas que os  clientes acreditam que serão destinados aos trabalhadores.

Marcelo de Souza, o franqueado desiludido, diz na ação que não obteria o retorno do que investiu na franquia no prazo prometido se cumprisse a lei.

Num toque irônico da ação, ele pede indenização de R$ 1,99 milhão.

Ex-ministro afirma que só o afastamento de Jair Bolsonaro pode evitar o colapso total do sistema de saúde


Só o afastamento de Jair Bolsonaro pode evitar o colapso total do sistema de saúde, segundo José Gomes Temporão.

Ele disse para O Globo:

“As pessoas não estão se protegendo, o distanciamento caiu drasticamente, novas cepas surgiram, as pessoas não usam máscara e se aglomeram, autoridades se omitem (…). 

Como se resolve? Fechando tudo, por três semanas. Restringir horários não adianta. Todas as medidas têm que ser cumpridas: lockdown, máscara, higiene das mãos e vacinação (…).

A conduta do presidente é permanente, ele tem um projeto, não se trata de omissão (…).

O que realmente funcionaria seria o afastamento do presidente e a instituição de um governo de salvação nacional.”

Câmara dos Estados Unidos aprova pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão proposto por Joe Biden

                                 Foto: Adam Schultz/Biden for President

A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou na madrugada deste sábado o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão proposto por Joe Biden para estimular a economia durante a pandemia de Covid-19. O texto segue agora para o Senado.

A proposta aumenta os benefícios para desempregados, incluindo pagamentos de US$ 1,4 mil para cidadãos com renda de até US$ 75 mil por ano.

Também prevê US$ 350 bilhões em ajuda para estados e municípios, US$ 130 bilhões para escolas, além de financiamento de testes e vacinas e outras medidas.

Ciro Gomes diz que a tarefa dele é derrotar o PT no primeiro turno

 

                                                                               Foto: José Cruz/Agência Brasil
Em entrevista à Folha, Ciro Gomes voltou a defender “uma amplíssima união de centro-esquerda” para derrotar Jair Bolsonaro em 2022.

Nesse quadro de hiperfragmentação, quem for contra o Bolsonaro no segundo turno tem tendência de ganhar a eleição. O menos capaz disso é o PT. Por isso, a minha tarefa é necessariamente derrotar o PT no primeiro turno“, disse.

O pedetista afirmou ainda que Lula escolheu Fernando Haddad como pré-candidato “porque não fará sombra a ele nem hoje nem jamais”.

Ou seja, quer replicar a escolha da Dilma [Rousseff].”

Drauzio Varella classifica como “crime” a atitude do Bolsonaro de provocar aglomerações e se recusar a usar máscara

 

                                    Foto: Alan Santos/PR
Drauzio Varella classificou como “crime” a atitude de Jair Bolsonaro de provocar aglomerações e se recusar a usar máscara durante evento no Ceará, nesta sexta-feira.

Morreram 1.500 pessoas ontem, hoje o presidente da República sai sem máscara e provoca aglomeração. Como a gente classifica um comportamento desse? Você vai dizer: ‘É um mau comportamento’. Não, mau comportamento é outra coisa, todos nós temos maus comportamentos às vezes. Isso é um crime, eu não consigo encontrar outra palavra para definir esse tipo de atitude”, disse em entrevista à GloboNews.

Qual o interesse desses demagogos todos? Eles pensam assim: está todo mundo cansado de ficar em casa, eu vou dizer que pode sair, que para com essa besteira de epidemia, não é assim também, não pega assim desse jeito, o vírus não é uma doença grave, se você pegar e tomar cloroquina, tudo bem, você vai ficar bem, não vai acontecer nada com você. Percebe? Estão enganando a população, são demagogos, eles fazem isso porque acham que vão colher dividendos políticos para eles.”

João Doria: “O desequilíbrio de Bolsonaro é proporcional à tragédia humana que o negacionismo provocou no Brasil”

                                                             Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
João Doria reagiu aos ataques de Jair Bolsonaro aos governadores. Ele disse à Folha:

O desequilíbrio de Bolsonaro é proporcional à tragédia humana que o negacionismo provocou no Brasil

O presidente disse nesta sexta-feira, em evento no Ceará, que os governadores que “fecharem seus estados” deveriam bancar o auxílio emergencial.

O ex-ministro Mandetta diz que teremos "uma megaepidemia de Norte a Sul"

 


“Teremos 60, 90 dias extremamente duros, uma megaepidemia de Norte a Sul”, disse Luiz Henrique Mandetta, em O Globo.

Estamos vacinando aos soluços porque a estratégia foi errada (…). Só em agosto vamos ter boa quantidade de vacina.”

Comparação entre os salários da Marta e do Neymar no Enem causa a queda do presidente do Inep

 


Da Revista Veja:

A demissão do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Ribeiro Pereira Lopes, foi decidida internamente no governo por causa da insatisfação do presidente Jair Bolsonaro com a abordagem de questões de demonstravam a desigualdade entre homens e mulheres em provas como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), porta de entrada para mais de 50 universidade federais. A gota d’água foi a abordagem da diferença salarial entre a maior jogadora de futebol de todos os tempos, a brasileira Marta, e o craque Neymar Jr., o mais importante brasileiro em atividade de futebol. O tema, alvo de uma questão na primeira prova do Enem deste ano, levou a protestos do presidente Jair Bolsonaro, que disse ter considerado “ridícula” a comparação entre os dois atletas. (…)

A queda do presidente do Inep ocorre na semana em que foi realizada a reaplicação do Enem, adiado para candidatos que, por conta da pandemia, tiveram problemas logísticos para realizarem a prova na data original e para aqueles que foram contaminados pelo novo coronavírus e não puderam fazer os exames. A demissão de Alexandre Lopes foi decidida em janeiro. (…)

Flávio Dino: “Se os governadores tiverem que bancar até o auxílio emergencial, aí mesmo que o presidente da República vai provar sua total inutilidade”


Governadores reagiram à declaração feita por Jair Bolsonaro no Ceará nessa sexta-feira, 26 de fevereiro. O presidente disse que, daqui para frente, os que “fecharem seus estados” é que devem bancar o auxílio emergencial.

Bolsonaro fazia referência aos anúncios recentes de medidas mais restritivas para conter o avanço da Covid-19.

“Se os governadores tiverem que bancar até o auxílio emergencial, aí mesmo que o presidente da República vai provar sua total inutilidade”, disse Flávio Dino (PC do B-MA).

A Folha de S. Paulo abandona o Sérgio Moro e apoia a sua suspeição no caso do ex-presidente Lula

 

                                                Foto: ABr
O jornal Folha de S. Paulo, que representa os interesses da classe dominante no Brasil, decidiu abandonar o ex-ministro Sérgio Moro e, pela primeira vez, apoiar a sua suspeição no caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O motivo: as estarrecedoras revelações sobre a Lava Jato feitas por Walter Delgatti.

"Desde que vieram a público, em junho de 2019, os primeiros vazamentos de conversas entre investigadores da Lava Jato e o então juiz Sergio Moro, ficou evidente que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teve um julgamento imparcial no caso do famigerado apartamento de Guarujá (SP). As gravações mostraram uma proximidade inaceitável entre magistrado e acusadores, o que é razão suficiente para a suspeição", aponta o editorial deste sábado.

O jornal também condena as posturas de Deltan Dallagnol e Érika Marena. "Por decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, colocou-se o material à disposição dos advogados de Lula. À medida que mais mensagens vão sendo examinadas, mais heterodoxias vão sendo descobertas. É particularmente chocante o diálogo entre dois procuradores debatendo o que devem fazer diante da informação de que uma delegada da Polícia Federal havia lavrado termo de depoimento de testemunha que não fora ouvida", aponta o texto.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Saiba tudo sobre quem é o Bolsonaro


Do Antagonista


Jair Messias Bolsonaro
 é o 38º presidente do Brasil. Ele foi eleito pelo PSL, em 2018, e tem como vice Hamilton Mourão, com quem vem se desentendendo. Bolsonaro foi eleito com um discurso de defesa do combate à corrupção e da Lava Jato. Ao chegar ao poder, o presidente descumpriu promessas de campanha e gradualmente cedeu ao Centrão

Ele e seus aliados não se mobilizaram para aprovar pautas como a PEC da prisão após condenação em segunda instância e fizeram pressão para que medidas como a CPI da Lava Toga fossem enterradas. O presidente também destoa de boa parte das promessas de campanha no campo econômico. Apesar de ter prometido uma série de privatizações, em mais de dois anos de governo, não concretizou uma sequer.

Bolsonaro é casado com Michelle Bolsonaro e pai de cinco filhos, de três casamentos diferentes: Flávio, Carlos, Eduardo, Jair Renan e Laura, a única filha da primeira-dama com o presidente. Bolsonaro nasceu em 1955, na cidade paulista de Glicério. Em 1977, se formou na Academia Militar das Agulhas Negras, com especialização em paraquedismo.

Enquanto capitão do exército, Bolsonaro foi preso em 1986, quando servia no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista. Ele escreveu um artigo para a revista Veja protestando contra os baixos salários pagos à categoria, o que irritou os superiores e o levou à prisão por 15 dias.

Em 1987, Bolsonaro planejou um atentado com bombas de baixa potência em banheiros da Vila Militar da Academia das Agulhas Negras, em Resende, para novamente reivindicar salários melhores. Ele foi julgado, e o Conselho de Justificação Militar o considerou “incompatível para o oficialato”. O capitão foi para a reserva em 1988.

No mesmo ano, Bolsonaro entrou para a política. Ele foi vereador por dois anos e deputado federal por 27, até assumir como presidente em 2019. No perídodo, aprovou apenas 2 projetos de lei.

No período, Bolsonaro demonstrou ser bastante “eclético” no que diz respeito a partidos, tendo passado por diversas legendas. Além do PDC, ele foi filiado a PPR, PPB, PTB, PFL, PSC, PP e PSL. Bolsonaro apresentou mais de 170 projetos legislativos, mas aprovou apenas dois.

Como deputado, ele ganhou projeção nacional ao defender pautas ligadas a costumes e a segurança pública. A partir de 2014, Bolsonaro esteve em uma espécie de campanha eleitoral informal nas redes sociais de olho nas eleições de 2018. Ele ganhou força com os fatos revelados pela operação Lava Jato, ao manter um discurso mais duro em relação aos crimes cometidos pelo PT.

Hoje, Bolsonaro busca um novo partido para disputar as eleições de 2022. A ideia inicial era criar uma nova legenda, o Aliança pelo Brasil, o que tem ficado cada vez mais distante. 

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Histórico Político de Jair Bolsonaro

1988 – Jair Bolsonaro entra para a reserva do Exército com a patente de capitão e inicia sua carreira política ao se eleger vereador da cidade do Rio de Janeiro pelo Partido Democrata Cristão (PDC).

1990 – É eleito deputado federal. Abandona a Câmara Municipal para ingressar na Câmara dos Deputados, em Brasília. Bolsonaro ocuparia o cargo por 27 anos, até 2018.

1993 – O então deputado passa pela primeira mudança de partido, deixando o PDC para ingressar no Partido Progressista Reformador (PPR).

1994 – Bolsonaro é reeleito deputado federal.

1995 – Jair muda de partido mais uma vez. Passa a integrar o então Partido Progressista Brasileiro (PPB), que viria a se transformar no atual Partido Progressista (PP).

1998 – Bolsonaro é eleito para o terceiro mandato como deputado.

2002 – O então deputado é reeleito para o quarto mandato.

2003 – Bolsonaro deixa o PPB para se filiar ao PTB.

2005 – Jair tem uma passagem rápida pelo antigo Partido da Frente Liberal (PFL), que viria a se tornar o atual DEM, e ingressa no PP, partido em que passou a maior parte de sua carreira política.

2006 – Bolsonaro eleito para o quinto mandato como deputado federal. 

2010 – O então deputado se reelege mais uma vez e parte para o sexto mandato.

2014 – Bolsonaro eleito para o sétimo mandato como deputado federal. Chegou-se a especular se Bolsonaro concorreria à presidência na ocasião. Desde então, ele esteve em uma espécie de corrida eleitoral informal pensando no pleito presidencial de 2018, com forte mobilização nas redes sociais. Ao longo dos anos subsequentes, as revelações da Lava Jato viriam a descredibilizar os representantes da “velha política”, criando um lapso de representatividade que viria a ser ocupado por Bolsonaro.

2018 – Jair Bolsonaro ingressa no Partido Social Liberal (PSL) para disputar as eleições presidenciais. Ao longo da campanha, ele desponta como alternativa ao poste de Lula, Fernando Haddad, do PT. Quando já estava à frente nas pesquisas, é esfaqueado em Juiz de Fora, durante comício. Bolsonaro é eleito como o 38º presidente do Brasil. 

Depois das eleições, vem à tona o relatório do Coaf que aponta movimentações financeiras atípicas de Fabrício Queiroz. As investigações viriam a se desdobrar no escândalo das rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj. Mais tarde, a Crusoé descobriria que Queiroz depositou R$ 89 mil para Jair Bolsonaro por meio da conta de Michelle.

2019 – Bolsonaro deixa o PSL depois de um desentendimento com a presidência do partido. O Presidente promete fundar um partido próprio, Aliança Pelo Brasil, que nunca chegou perto de sair do papel.

Quem é a mulher de Jair Bolsonaro?

Foto: Marcos Corrêa/PR
Jair Bolsonaro é casado com Michelle Bolsonaro desde 2007. A atual primeira-dama do Brasil é natural da cidade de Ceilândia, no Distrito Federal. Ela trabalhou como secretária parlamentar entre 2004 e 2008 na Câmara dos Deputados, onde conheceu o atual marido, na época, deputado federal. 

Michelle é defensora de causas sociais ligadas a pessoas com deficiência e foi responsável por emplacar a figura do tradutor de libras como presença garantida nas aparições públicas do presidente. Em 2019, ao lado de uma tradutora de libras, Michelle foi a primeira primeira-dama a discursar durante uma posse presidencial.

O nome da primeira-dama ganhou o noticiário em agosto do ano passado. Uma reportagem da Crusoé revelou que, entre 2011 e 2016, ela recebeu uma série de cheques de Fabrício Queiroz e sua esposa Márcia Aguiar. Os valores somam R$ 89 mil reais. Queiroz é apontado pelo MP-RJ como operador do esquema de peculato no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj. A revelação dos depósitos de Queiroz proporcionou à primeira-dama o apelido de “Micheque” nas redes sociais e suscitou a pergunta mais repetida de 2020: “Por que o Queiroz depositou R$ 89 mil reais na conta da Michelle?”

O escândalo dos cheques é o elo mais forte entre o esquema de Flávio e Jair Bolsonaro. Em dezembro de 2020, o presidente disse, em entrevista, que eram para ele os cheques, não para sua esposa.

Michelle é a terceira esposa do presidente. Bolsonaro se casou pela primeira vez em 1978, com Rogéria Bolsonaro, com quem permaneceu até 1997. No mesmo ano, ele se casou com Ana Cristina Valle. O segundo relacionamento durou 10 anos.

As duas ex-mulheres do presidente tentaram a vida na política. Rogéria foi vereadora do Rio de Janeiro entre 1992 e 1996. Ana Cristina Valle se candidatou para a Câmara dos deputados em 2018, mas não foi eleita. Durante a campanha, veio à tona a informação de que ela afirmou, em 2011, ter sofrido ameaça de morte de Bolsonaro. Ela disse que o relato não era real. Ana Cristina também atuou em cargos de confiança no PPB e no próprio gabinete de Bolsonaro.

As primeiras esposas de Bolsonaro também fizeram movimentações financeiras no mínimo suspeitas. Em 1996, Rogéria comprou um apartamento no Rio por mais de R$ 600 mil reais em dinheiro vivo em valores corrigidos pela inflação. Entre 1997 e 2008, Ana Cristina comprou 14 imóveis, que somam R$ 5,3 milhões em valores corrigidos pela inflação, sendo 5 imóveis pagos com dinheiro vivo.

Quem são os filhos de Jair Bolsonaro?

Reprodução/Twitter/Eduardo Bolsonaro
Jair Bolsonaro tem cinco filhos, quatro homens e uma menina caçula. O presidente costuma se referir a eles, em ordem cronológica de nascimento, como 01, 02, 03 e 04, aderindo a uma linguagem militar. A menina fica de fora da contagem.

Em seu primeiro casamento, com Rogéria Bolsonaro, o presidente teve Flávio, em 1981; Carlos, em 1982; e Eduardo, em 1984. Do casamento com Ana Cristina Valle, nasceu Jair Renan, em 1998. A filha mais nova, Laura, nasceu em 2010, fruto do casamento de Bolsonaro com a atual mulher, Michelle.

Flávio Bolsonaro

Foto: Adriano Machado/Crusoé
Flávio Bolsonaro atuou na política

desde cedo como um braço do pai. Aos 19 anos, foi nomeado para atuar em gabinetes ligados a ele, em Brasília. Na época, o 01 cursava faculdade no Rio de Janeiro, o que indica que ele tenha atuado como funcionário fantasma.

Aos 22, Flávio foi eleito deputado estadual pelo Rio de Janeiro, cargo que ocupou até 2018, quando se candidatou ao Senado.

O 01, que hoje é filiado ao Republicanos, foi denunciado pelo MP-RJ em novembro de 2020 passado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ele e seu ex-assessor são acusados de liderarem um esquema de desvio de dinheiro público em seu antigo gabinete na Alerj por meio de funcionários fantasmas.

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro deve analisar o caso. Em junho do ano passado, Flávio ganhou um foro privilegiado retroativo da 3ª Câmara Criminal do Tribunal, por isso o caso não pode ser analisado pela Justiça comum. O ministro do STF, Gilmar Mendes, é relator de um recurso do MP que tenta anular o foro do 01.

A investigação contra o filho assusta Bolsonaro profundamente. De acordo com os fatos revelados pela divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril de 2022, o presidente tentou interferir na Polícia Federal para protegê-lo. O presidente conseguiu trocar o diretor-geral da entidade após dizer que não ia “deixar fuder” sua família.

Bolsonaro também movimentou a Abin para blindar Flávio. Como revelado pela Crusoé, o diretor da agência de inteligência enviou relatórios aos advogados do senador dando instruções sobre como anular as investigações contra ele.

Em fevereiro de 2021, o STJ declarou a nulidade das quebras de sigilo de Flávio no caso das rachadinhas. Elas não podem mais ser usadas como provas.

Carlos Bolsonaro

Foto: DIDA SAMPAIO / ESTADÃO
Carlos Bolsonaro entrou ainda mais cedo para a política, aos 17 anos, quando assumiu como vereador no Rio de Janeiro pelo PPB. Ele ocupa o cargo até hoje. Desde então, ele passou por partidos como PTB, PP e PSC até chegar ao Republicanos.

Investigações do MP apontam que Carlos também manteve assessores fantasmas em seu gabinete de vereador.

Apesar de ser vereador, Carlos atua como um assessor informal de Jair Bolsonaro, sendo um dos responsáveis por administrar as redes sociais do presidente. Segundo o próprio pai, Carluxo comandou, desde 2010, todo o marketing eleitoral daquilo que viria a se consolidar como a campanha presidencial de 2018.

Em 2020, a Polícia Federal apontou que o 02 é um dos articuladores de um esquema criminoso de fake news.

Carlos é conhecido por causar intrigas entre membros do governo. Já atuou e foi o pivô de exonerações de ministros, como nos casos de Gustavo Bebiano e General Santos Cruz.

Eduardo Bolsonaro

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Eduardo Bolsonaro, assim como seu irmão Flávio, foi nomeado, aos 18 anos, para atuar em gabinetes ligados ao pai em Brasília enquanto fazia faculdade no Rio de Janeiro. O que indica que ele tenha exercido o papel de funcionário fantasma.

O 03 entrou para a política de fato mais tarde que seus irmãos, apenas em 2014, quando se elegeu deputado federal por São Paulo pelo PTB, mesmo sem morar no estado.

Em 2018, já no PSL, ele foi reeleito ao cargo como o deputado federal mais votado da história do Brasil, como um repositório de votos de seu pai, eleito presidente na ocasião.

Eduardo gosta de arrumar problemas internacionais para o Brasil. O 03 já atacou a China diversas vezes. Em uma das oportunidades, o país asiático reagiu e ameaçou dificultar as relações comerciais com o Brasil. Eduardo foi apelidado de “bananinha” depois de uma declaração do vice-presidente Hamilton Mourão sobre os ataques que fazia à China.

O 03 chegou a ser cogitado por Bolsonaro para ocupar a embaixada brasileira nos Estados Unidos, em 2019, mas a repercussão negativa gerou uma mudança de planos. O presidente afirmou na época que vai dar um “filet mignon” para os filhos sempre que puder.

Renan Bolsonaro

Foto: Adriano Machado/Crusoé
Jair Renan Bolsonaro, o 04, completa a prole de Bolsonaro como o único filho que não entrou para a política, pelo menos por enquanto. Aos 22 anos, ele é dono da empresa Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, que tem supostamente como objetivo a promoção e a criação de conteúdo publicitário para eventos

A produtora Astronauta Filmes, que é contratada pelo governo federal, já realizou um trabalho supostamente “gratuito” para a empresa de Renan Bolsonaro, enquanto recebeu mais de 1 milhão e 400 mil reais do governo.

Jair Bolsonaro e as redes sociais

Reprodução/YouTube/Jair Bolsonaro
Desde que começou, em 2014, sua campanha informal em busca da presidência, Jair Bolsonaro usou as redes sociais como principal meio de promoção. Durante a corrida eleitoral de 2018, o então deputado tinha poucos recursos e quase nada de tempo de Televisão. Hoje, Bolsonaro acusa os veículos de imprensa de propagarem notícias falsas e prefere as redes sociais para se comunicar.

Twitter

O perfil oficial de Jair Bolsonaro no Twitter tem 6,6 milhões de seguidores. A rede social é a mais ativa do presidente. Em várias oportunidades, Bolsonaro opta por relatar as ações do governo nela, antes de divulgá-las à imprensa. Ele também compartilha vídeos de reportagens de programas jornalísticos passadores de pano, que o defendem a todo custo.

O Twitter do presidente é palco de ataques à imprensa, a adversários políticos e às instituições. Um dos principais alvos é o governador de São Paulo, João Doria. Recentemente, Bolsonaro rejeitou veementemente a compra da vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan. Ele disse que não compraria “a vacina chinesa de João Doria”.

A rede social já apagou publicações de Bolsonaro porque elas violavam suas políticas internas. Entre elas, estavam comentários do presidente se posicionando contra o isolamento social e defendendo o uso da cloroquina. O Twitter alegou que os posts poderiam colocar as pessoas em maior risco de transmitir a Covid-19.

Em 2019, o perfil oficial do presidente questionou: “O que é Golden Shower?”. Mais cedo, ele havia publicado um vídeo de um homem urinando em outro durante o carnaval.

Facebook

No Facebook, Jair Bolsonaro tem 10,8 milhões de curtidas. Na rede social, além de replicar os posts do Twitter, o presidente costuma responder comentários de apoiadores.

Em uma dessas respostas, Bolsonaro celebrou a morte de um voluntário da Coronavac que havia se suicidado. Na ocasião, ele escreveu: “Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”. Em outra, o presidente endossou a opinião de um seguidor que chamou a mulher do primeiro-ministro da França, Emmanuel Macron, de feia.

No Facebook, Bolsonaro realiza lives semanais ao lado de ministros para anunciar ações do governo e comentar polêmicas.

Youtube

A conta oficial de Jair Bolsonaro no Youtube tem 3,2 milhões de inscritos. Na plataforma, o presidente também transmite suas lives semanais e replica vídeos de reportagens favoráveis ao governo, alguns da TV Brasil.

Parler

Depois que Donald Trump teve suas contas nas redes sociais suspensas, Bolsonaro seguiu o exemplo do então presidente americano e aderiu ao Parler. A rede social tornou-se um reduto da extrema direita internacional.

Whatsapp

Ainda em 2018, surgiu a denúncia de que empresários financiaram disparos de mensagens no Whatsapp para favorecer Jair Bolsonaro na disputa contra Fernando Haddad. Posteriormente, o TSE arquivou as ações que pediam a cassação da chapa do presidente e do vice, Hamilton Mourão, por falta de provas.

Governo Bolsonaro

Foto: Marcos Corrêa/PR
Apesar de ter sido deputado federal por 7 mandatos consecutivos, tendo passado por 9 partidos, Jair Bolsonaro foi eleito com um discurso contrário à “velha política”. Em um primeiro momento, assim que assumiu, em 2019, o presidente não buscou coalizões com o Congresso e não procurou formar uma base aliada majoritária estável de parlamentares.

No entanto, Bolsonaro foi cedendo gradualmente ao Centrão para se blindar de possíveis investigações. O presidente entregou ministérios ao bloco partidário e apoiou as candidaturas de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco às presidências da Câmara e do Senado. Ambos foram eleitos. Lira é réu por corrupção.

Economia

Em 2019, o governo conseguiu aprovar a reforma da previdência, uma das principais promessas de campanha. A medida foi promulgada em novembro do primeiro ano da gestão Bolsonaro.

O texto aprovado deixou de fora uma série de pontos planejados pela equipe de Paulo Guedes. Com isso, a projeção de economia proporcionada pela reforma foi menor.

Um dos elementos que permitiu que a proposta fosse desfigurada foi o próprio Jair Bolsonaro, que cedeu à pressão às reivindicações de corporações como as polícias e o Exército.

O andamento da agenda de reformas econômicas do governo não caminhou a passos largos em 2019 até que, o ano de 2020 trouxe a pandemia de coronavírus, que impossibilitou a aprovação das medidas esperadas.

O pagamento do auxílio alavancou a popularidade do presidente entre as camadas mais pobres e marcou uma guinada populista do governo. Bolsonaro, que antes chamava o Bolsa Família de “Bolsa Farelo”, passou a cogitar que o auxílio se tornasse permanente.

No período, Bolsonaro se rendeu ao Centrão, que tanto criticou durante a campanha. O presidente nomeou como líderes e vice-líderes do governo no parlamento deputados e senadores de partidos do bloco e recriou o Ministério das Comunicações para abrigar Fábio Faria. Hoje, Bolsonaro cogita se filiar a partidos do Centrão.

Nos dois anos de governo, o governo não concretizou nenhuma privatização, como prometido em campanha e reiterado diversas vezes pelo ministro Paulo Guedes. Até o momento, as reformas administrativa e tributária foram apresentadas apenas de forma parcial.

Combate à corrupção

Ainda no primeiro ano de governo, o ministro da Segurança Pública, Sergio Moro, apresentou um projeto para endurecer os mecanismos de combate à corrupção e ao crime organizado, o pacote anticrime. A proposta não contou com grande mobilização do governo para que fosse aprovada.

No Congresso, o texto foi desfigurado por parlamentares e várias medidas que iam contra a ideia inicial de Moro foram embutidas. A mais famosa delas foi o juiz de garantias, que cria a figura de um juiz responsável por atuar somente na fase de investigação criminal de um processo, enquanto outro atua no julgamento. Até hoje, não se sabe como a medida pode ser colocada em prática. Uma liminar de Luiz Fux suspendeu sua implementação.

Bolsonaro e seus aliados não se mobilizaram para aprovar pautas que fortaleceriam o combate à corrupção como a PEC da prisão após condenação em segunda instância e fizeram pressão para que medidas como a CPI da Lava Toga fossem enterradas. O presidente sabotou a operação Lava Jato nomeando o petista Augusto Aras para a PGR, que destruiu a Força Tarefa da operação e fez uma série de ataques aos procuradores.

Em outubro de 2020, o presidente foi encarregado de nomear um ministro para o STF com a aposentadoria de Celso de Mello. Bolsonaro escolheu Kassio Marques, o candidato do Centrão e de Gilmar Mendes. Nos primeiros meses no Supremo, Kassio deu votos a favor de Lula e contra a Lava Jato.

Pandemia de Covid-19

Desde o início da crise sanitária, Bolsonaro se posicionou contra o isolamento social e minimizou os riscos trazidos pela Covid-19. Por não concordar com orientações médicas, o presidente demitiu 2 ministros da Saúde e nomeou o militar Eduardo Pazuello para o posto. Bolsonaro promoveu aglomerações, incentivou o uso de medicamentos sem comprovação científica e sabotou a vacinação. O Brasil ultrapassa as 250 mil mortes em decorrência da doença.

Questão ambiental

O governo Bolsonaro também é marcado pelo avanço do desmatamento. No segundo semestre de 2020, o Brasil teve um surto de queimadas no Pantanal que destruiu centenas de milhares de hectares de vegetação. Chefes de estado de potências internacionais chegaram a ameaçar impor sanções comerciais ao Brasil.

O Ibama chegou a paralisar combate a incêndios alegando falta de caixa. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou na reunião ministerial de 22 de abril que o governo deveria aproveitar a comoção da mídia com a pandemia para “passar a boiada” no que diz respeito a afrouxar normas de preservação ambiental.

O que foi feito no governo Bolsonaro?

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

2019

Janeiro – Jair Bolsonaro assume como 38º presidente do Brasil. Ele reduz o número de ministérios de 29 para 22. Durante a campanha ele havia prometido que seriam apenas 15.

Fevereiro – Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebiano, deixa o governo após desentendimento com a família Bolsonaro. Após a revelação de reportagens sobre um esquema de laranjas envolvendo o PSL, Jair e Carlos Bolsonaro passam a fritar Bebiano até a exoneração. Essa foi a primeira crise interna do governo.

Governo envia ao Congresso texto da Reforma da Previdência, uma das principais promessas de campanha de Bolsonaro e de sua equipe econômica. Texto do Pacote anticrime também é enviado, mas fica em segundo plano.

Março – Jair Bolsonaro posta um vídeo de sexo explícito em público, em que um homem urina em outro e questiona: “o que é golden shower?”

Avançam investigações sobre Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que também está envolvido no caso dos Laranjas do PSL.

Julho – Governo libera saques de parte dos recursos do FGTS, como forma de estimular o consumo. Os trabalhadores ganharam a oportunidade de sacar até R$ 500 por conta.

Agosto – Câmara dos Deputados conclui votação da reforma da previdência. Texto vai ao Senado.

Setembro – Senadores do PSL, Juíza Selma, Major Olímpio e Soraya Thronicke assinam CPI da Lava Toga e são pressionados por Jair Bolsonaro e Flávio a retirarem suas assinaturas. A Comissão pretendia investigar os ministros do STF, uma das principais bandeiras da campanha eleitoral do presidente.

Jair Bolsonaro nomeia o petista Augusto Aras para o comando da PGR.

Outubro – Jair Bolsonaro se recusa a comparecer à posse do presidente eleito da Argentina, o kirchnerista Alberto Fernández. Bolsonaro diz que os argentinos escolheram mal.

Senado conclui votação da previdência.

Novembro – Jair Bolsonaro rompe com o PSL e promete criar seu próprio partido, o Aliança pelo Brasil, que nunca chegou perto de sair do papel.

Congresso promulga reforma da previdência. A proposta foi desidratada ao longo do ano. O Texto final prevê uma economia de cerca de R$ 800 bilhões em 10 anos, abaixo do R$ 1 trilhão prometido pelo governo.

Dezembro – Pacote anticrime é aprovado. Texto original de Sergio Moro é desfigurado e são inseridos dispositivos que dificultam o combate à criminalidade, como o juiz de garantias. Governo não se mobiliza para defender proposta original.

Ao longo de 2019, governo promove uma redução histórica da taxa básica de juros, que atinge a marca de 4,5%, a menor desde a implementação do regime de metas.

2020

Março – Brasil começa a sentir os efeitos da pandemia de Covid-19. Começam a ser impostas as primeiras medidas de isolamento social. Jair Bolsonaro inicia uma escalada de negacionismo, com uma série de declarações no sentido de menosprezar a periculosidade do vírus e incentivar aglomerações.

Abril – Jair Bolsonaro demite o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, por discordâncias sobre a orientação a respeito do isolamento social. O presidente nomeia Nelson Teich.

Jair Bolsonaro tenta interferir na Polícia Federal, provocando a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça. O Presidente tenta nomear o amigo da família Alexandre Ramagem para o comando da PF, mas é impedido por Alexandre de Moraes. 

André Mendonça assume como novo ministro da Justiça e Rolando Alexandre passa a comandar a PF.

Ministério da Economia propõe auxílio emergencial de R$ 200 para auxiliar trabalhadores informais e os que ganham até dois salários mínimos durante a pandemia. Congresso amplia proposta e valor final das parcelas fica em R$ 600.

Maio – Jair Bolsonaro se desentende com o novo ministro da Saúde. O presidente defendia o uso da cloroquina contra a Covid-19, mesmo sem comprovação científica. Nelson Teich deixa o governo após quase um mês no cargo. General Eduardo Pazuello é nomeado ministro da Saúde. Brasil atinge 10 mil mortes por Covid-19.

Vídeo da reunião ministerial de 22 de abril é divulgado, comprovando interferência de Jair Bolsonaro na PF.

Junho – Jair Bolsonaro recria Ministério das Comunicações para abrigar o integrante do Centrão, Fábio Faria.

Brasil atinge a marca de 50 mil mortes por Covid-19. Bolsonaro segue desrespeitando o isolamento social e defendendo o uso da cloroquina.

Julho – Jair Bolsonaro contrai Covid-19 e toma cloroquina. Presidente exibe caixa do medicamento a uma ema.

Agosto – Jair Bolsonaro indica o expoente do Centrão Ricardo Barros como líder do governo na Câmara.

Brasil atinge marca de 100 mil mortes por Covid-19.

Setembro – Governo substitui vice-líderes do governo na Câmara. Saem os bolsonaristas fanáticos e entram os nomes do Centrão.

Pantanal vive uma onda de incêndios florestais que destruiu centenas de milhares de hectares de vegetação. Chefes de estado de potências internacionais chegaram a ameaçar impor sanções comerciais ao Brasil.

Outubro – Jair Bolsonaro nomeia o indicado do Centrão e de Gilmar Mendes, Kassio Marques, para a vaga de Celso de Mello no STF, o presidente participa de convescote na casa de Dias Toffoli para selar a nomeação.

Dezembro – Kassio Marques dá votos favoráveis a Lula e contra a Lava Jato e Bolsonaro diz que concorda integralmente com o ministro.

2021

Janeiro – Governo Bolsonaro apoia os representantes do Centrão Arthur Lira e Rodrigo Pacheco na disputa pelas presidências da Câmara e do Senado. Ambos são eleitos. Lira é réu por corrupção.

Brasil atinge marca de 100 mil mortes por Covid-19.

Fevereiro – Jair Bolsonaro intefere na Petrobras, substituindo o presidente da estatal pelo general Joaquim Silva e Luna. Ações da empresa despencam na bolsa.