terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Vereador bolsonarista e xenófobo derrama ódio contra "baianos" após escravidão em vinícolas gaúchas


Apoiador contumaz de Jair Bolsonaro (PL), o vereador Sandro Fantinel (Patriota) destilou ódio xenofóbico contra nordestinos em discurso no plenário da Câmara de Caxias do Sul após a libertação de 204 trabalhadores, a maioria deles vindos da Bahia, em regime análogo à escravidão em Bento Gonçalves. As duas cidades ficam no Rio Grande do Sul.

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O vídeo foi divulgado nas redes sociais pelo deputado estadual Leonel Radde (PT-RS), que afirma que registrou boletim de ocorrência contra o bolsonarista.

"Acabamos de registrar um novo Boletim de Ocorrência contra a fala racista do vereador de Caxias do Sul/RS, Sandro Fantinel, que declarou que "baianos são sujos e sabem apenas tocar tambor e dançar". O Rio Grande do Sul e o Brasil não são lugares para racistas, escravocratas", afirmou Radde no Twitter.

Em seu discurso, Fantinel diz que visitou um alojamento de um produtor de uva no município após pedido do agricultor que diz ter contratado trabalhadores do Nordeste para trabalhar na safra.

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"Ele me chamou lá para ver o alojamento, porque os caras trabalharam por uma semana e meia e pediram as contas. Ele pagou tudo direitinho e foram embora. Não dava para entrar no alojamento. O fedor de urina, o fedor de podre e da imundícia (SIC) que eles deixaram o alojamento em uma semana e meia", diz, exaltado, o bolsonarista.

Em seguida, ele ataca os trabalhadores "lá de cima", em relação ao Nordeste, e pede boicote, orientando os produtores a contratarem argentinos.

"Temos que botar eles no hotel cinco estrelas para não ter problema com o Ministério do Trabalho?", ironiza. "Agricultores, produtoras e empresas agrícolas que estão nesse momento me acompanhando, eu vou dar um conselho para vocês: não contratem mais aquela gente lá de cima. Conversem comigo. Vamos criar uma linha e contrar os argentinos", afirma.

"Em nenhum problema no estado teve problema com argentino ou grupos de argentinos. Agora com os 'baianos', que é a única cultura que eles têm é viver na praia tocando tambor".

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Veja o vídeo

Nobel de Economia diz que esquerda gere melhor a economia e que Lula está certo ao criticar juros

 


Joseph Stiglitz, vencedor do Nobel de economia e ex-economista-chefe do Banco Mundial, afirmou que os governos de centro-esquerda gerem melhor a economia do que a direita e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está certo em criticar o Banco Central por manter a taxa básica de juros do Brasil em 13,75% ao ano. 

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“Há um custo enorme em ter taxas de juros altas. Isso coloca o Brasil em desvantagem competitiva, estrangula as empresas brasileiras, enfraquece a economia do país. Então o presidente Lula está absolutamente correto em estar preocupado com essas questões”, disse Stiglitz à BBC News Brasil.

Para Stiglitz, “a política de elevar taxas de juros, que é a resposta normal para um excesso de demanda agregada, é inapropriada no contexto atual. E uma das coisas que eu argumento é que isso pode, na verdade, exacerbar as pressões inflacionárias”.

Na entrevista, Stiglitz também destacou que o Brasil precisa reformular o seu sistema tributário, tornando-o mais progressivo, de forma a combater a desigualdade. “Obviamente é importante ter um sistema tributário eficiente e isso exige simplificação. Mas o que é ainda mais ou igualmente importante para o Brasil é reformular o sistema tributário para combater a desigualdade, tornando esse sistema mais progressivo [que arrecada mais de quem tem mais renda e patrimônio]”, afirmou.

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“Eu não posso opinar sobre a política brasileira, mas acredito que aumentar a progressividade do sistema tributário do Brasil deve ser uma prioridade. Diante do elevado nível de desigualdade do país, isso deve estar no topo da agenda”, completou. 

Stiglitz avaliou, ainda, que o governo Lula “herdou uma absoluta bagunça do governo Bolsonaro. Em certa medida, dá para dizer que não poderia ser pior, porque ele começa em um ambiente em que é preciso consertar o caos criado pela administração anterior. Então há sempre uma desvantagem para os governos de centro-esquerda responsáveis, como Lula, de corrigir a desordem herdada. E o caos é ainda maior porque Bolsonaro, como Trump, dividiu a sociedade. E, obviamente, quando você tem uma sociedade polarizada é muito mais difícil conseguir a solidariedade e coerência que ajudariam a endereçar os problemas sociais”.

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“É interessante que, em muitos sentidos, eles [os governos de centro-esquerda] se tornaram melhores gestores da economia. Digo isso porque a economia do século 21 é baseada em inovação, competição, alto nível de capital humano e boa infraestrutura pública. E os governos de direita que eles substituíram eram centrados em monopólios, grandes empresas, competição limitada e investimentos insuficientes nas pessoas e em infraestrutura. A agenda econômica da direita levou a um baixo crescimento e fraca performance econômica”, observou.

“Então, embora os governos de centro-esquerda tenham herdado uma bagunça, se eles mantiverem o olho na bola e o foco no objetivo de atacar esses problemas e criar uma prosperidade compartilhada, acredito que serão bem-sucedidos”, finalizou Stiglitz.

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O ex-bolsonarista Roberto Justus detona ex-presidente Jair Bolsonaro: ‘Covarde’


Nesta segunda-feira (27), o empresário e apresentador bolsonarista Roberto Justus, em entrevista ao programa “Pânico”, da Jovem Pan, disse que se decepcionou com o comportamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após sua derrota nas eleições. Para Justus, Bolsonaro tomou uma atitude “covarde”.

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“(Ele fez) tudo errado. Saiu do Brasil, não entregou a faixa (presidencial), foi covarde, não voltou até agora, não falou com ninguém e quando falou foi uma decepção”, disse.

Ele afirmou ainda que a volta do Partido dos Trabalhadores e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao poder é culpa de Bolsonaro pelas “bobagens que ele fez e disse”.

O empresário também criticou a influência que o filho e vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) exerce sobre o ex-capitão: “Ouve pessoas erradas. Carluxos da vida, que estão belicosos, que querem bater em todo mundo”.

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Confira um trecho da entrevista do momento em que Justus realiza as críticas à Bolsonaro:

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Luciano Hang, o Véio da Havan, usa Lei Rouanet para financiar peça sobre Silvio Santos


O empresário Luciano Hang, por meio das Lojas Havan, investiu R$ 300.000 na produção do espetáculo de teatro “Silvio Santos Vem Aí”. A Havan fez o aporte por meio da Lei Rouanet.

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O recibo indica que o repasse foi feito no dia 28 de dezembro do ano passado.

O espetáculo, produzido pela Paris Ações Culturais LTDA, foi autorizado a captar R$ 9,7 milhões. O projeto recebeu R$ 4,9 milhões em investimentos e poderá levantar fundos pela Lei Rouanet até o dia 30 de agosto.

A Havan aplicou R$ 27.9 milhões em projetos da Lei Rouanet. As empresas que usam o mecanismo de financiamento podem abater parte do valor investido do imposto de renda.

Hang, um dos empresários mais fiéis a Jair Bolsonaro, já defendeu o financiamento de projetos culturais pela Lei Rouanet. Em entrevistas, ele disse que criticava o “uso desproporcional” do mecanismo e o direcionamento de verbas para os “amigos do rei” nos governos do PT.

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Dono do SBT, Silvio Santos manteve relação estreita com Bolsonaro. O genro do apresentador, Fábio Faria, foi ministro das Comunicações no governo bolsonarista.

A empresa que organiza o espetáculo diz que fará 96 apresentações em São Paulo, durante quatro meses, com a distribuição de aproximadamente 66.000 ingressos. Três ensaios serão abertos para o público nesta temporada. (Do Metropoles)

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domingo, 26 de fevereiro de 2023

Coach do Campari, o 'Red Pill', faz ameaças a atriz por conta de meme


O coach Thiago Schutz não gostou da sátira feita pela atriz Lívia La Gatto de um vídeo viralizado nas redes sociais no qual ele criticava uma mulher que teria oferecido uma cerveja enquanto ele bebia Campari.

Schutz ainda tentou consertar a fala misógina que virou piada:RESAR



A atriz fez uma sátira que deixou o coach nervoso:

Ao ver a sátira de La Gatto, o coach fez ameaças à integridade física dela. A atriz divulgou um print da mensagem que Schutz a enviou nos stories de seu perfil no Instagram.


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Schutz exigiu que a atriz e roteirista apague o vídeo em que o ironiza: "Você tem 24 horas para retirar seu conteúdo sobre mim. Depois disso processo ou bala. Você escolhe", disse em mensagem privada pelas redes sociais da atriz. 

Reprodução internet

Depois das ameaças, La Gatto registrou boletim de ocorrência e bloqueou Schutz no Instagram.

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A história que tem rendido bastante entre os internautas teve até uma reviravolta e apareceu um vídeo da mulher que teria oferecido cerveja para o coach:

Calvo do Campari

Outra mulher que também criticou Schutz foi a cantora Bruna Volpi. Ela conta em um vídeo que o coach a procurou pelas redes sociais.

Motivo de piada

La Gatto não foi a única a zoar do coach:

Crush magoado

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As polêmicas não acabam por aí. Graças aos discursos misóginos do "calvo do Campari", os detetives da internet fuçaram a vida do moço para descobrir o motivo de tanta raiva das mulheres. Eis que descobriram que ele levou um toco de uma pretendente no reality O Crush Perfeito, da Netflix, de 2020. No programa, seis pessoas mostram como elas agem durante um encontro às cegas. 

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Quando o reality foi lançado, Thiago, que no programa usou o sobrenome Schoba, foi acusado de “roubar” um livro escrito por uma jovem. “Quando eu tinha 15 anos fui roubada por esse cara, que é dono dessa editora (Nova Editorial). Ele publicou meu livro, e além de não me mandar o lucro, não enviou a obra para as pessoas que compraram. Agora, ele tá em uma série da Netflix”, dizia o post.

A Saída Estrutural da Pobreza do povo brasileiro passa pelo Bolsa Família, educação básica eficiente e investimentos


Bolsa Família ajuda, mas entrada no mercado de trabalho exige ainda mais _ Brasil _ Valor Econômico (22/02/23)

Quase 45% das primeiras crianças beneficiadas pelo Bolsa Família conseguiram, já na juventude, pelo menos algum acesso ao mercado de trabalho formal, mostra um estudo inédito do Instituto de Mobilidade e Desenvolvimento Social (Imds) e antecipado com exclusividade ao Valor.




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O trabalho acompanha os dependentes das famílias beneficiadas pelo Bolsa Família em 2005, que tinham entre 7 e 16 anos naquele ano, e identifica a presença dessas mesmas pessoas nos indicadores dos anos de 2015 a 2019 da Relação Anual de Serviços Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho.

A RAIS lista os trabalhadores com carteira de trabalho assinada no país e foi definida, no estudo, como indicador de inclusão produtiva e mobilidade social. A escolha pelo ano de 2019 se deu para evitar influência da pandemia.

Os dados mostram: municípios com melhores indicadores em áreas como educação, saúde e saneamento nos anos 2000 registraram maior participação de seus jovens no mercado de trabalho formal. Os pesquisadores apontam a necessidade de políticas sociais mais complexas para complementar a ação dos programas de transferência de renda.

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“Todos receberam o mesmo Bolsa Família, mas os jovens com maior acesso ao mercado formal foram aqueles originários de municípios que tinham condições iniciais melhores em educação, saúde e saneamento, por exemplo”, afirma o economista Paulo Tafner, diretor-executivo do instituto.

Mais do que uma avaliação do programa de transferência de renda em si, o diretor de pesquisas do Imds, Sergio Guimarães Ferreira, diz que o trabalho quer mostrar a dinâmica da inclusão produtiva e mobilidade social das crianças nascidas em famílias pobres.

“Essa é a única base de pobres observados ao longo do tempo, a partir do Cadastro Único. E queremos olhar o que acontece com a criança que nasceu pobre. Olhamos dados externos para caracterizar, no momento do início do processo, o território dessas crianças que estamos acompanhando ao longo do tempo”, diz Ferreira.

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Tafner argumenta que as conclusões do estudo apontam para a compreensão de que o investimento em capital humano é a ação com potencial de gerar mobilidade para os pobres. Um programa de transferência de renda como o Bolsa Família, defende ele, não é capaz, sozinho, de “dar soluções para o pobre migrar em termos de mobilidade social”.

“A transferência de renda é um item, mas não é tudo. São necessárias políticas públicas mais complexas para a saída estrutural da pobreza. É preciso garantir que, superada essa etapa de risco de miserabilidade, as crianças adquiram capacidades para quando adultos terem uma boa inclusão produtiva e não reproduzirem a pobreza”, diz o diretor-executivo do Imds.

Com 25 anos, Marília Gabriela dos Santos Silva foi uma das beneficiadas pelo Bolsa Família no fim dos anos 2000 e início da década de 2010. Sua mãe engravidou dela aos 17 anos e abandonou os estudos para cuidar da filha e trabalhar para manter a família, já que o namoro com o pai da criança durou pouco e ele nunca pagou pensão.

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Hoje, Silva é formada em gestão de políticas públicas na Universidade de São Paulo (USP), faz mestrado na universidade e trabalha como assessora parlamentar na Câmara de Vereadores de São Paulo. Ela destaca a bolsa que conseguiu em uma escola particular de Taubaté (SP) no ensino médio, que lhe permitiu enxergar novas oportunidades para seu futuro.

“Acho que a maior diferença é ter perspectiva de futuro. Quanto mais as coisas iam se abrindo, mais eu acreditava que podia ir além. Com essa bolsa, tive acesso a uma educação de qualidade. Não dá para pensar em sair da condição de pobreza só a partir de programas de transferência de renda”, diz ela, que incentivou a mãe a retomar os estudos, o que a permitiu concluir o ensino médio ano passado.

Para o professor do Insper e da Universidade de São Paulo (USP) Naércio Menezes Filho, “é uma surpresa positiva que uma parte significativa” das crianças dependentes de famílias beneficiárias do Bolsa Família consegue sair da pobreza e entrar no mercado formal. Ele destaca, no entanto, as diferenças regionais “importantes”.

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Enquanto na média brasileira 44,7% das crianças acompanhadas no estudo foram encontradas pelo menos em algum momento na RAIS, esta fatia é de apenas 30,1% na região Norte e 36,6% no Nordeste. Em contraponto, as taxas são de 59,4% no Sul, 54,8% no Sudeste e 53,1% no Centro-Oeste.

O nó do problema, para o economista, está na educação, em que municípios e Estados muitas vezes não têm condições de oferecer qualidade. Falta a uma parcela deles, diz, fatores como capacidade de gestão, práticas de avaliações para melhorar o aprendizado e políticas educacionais baseadas em evidências. “Precisaria ter um sistema nacional de educação, parceria do governo federal para ajudar esses municípios e mesmo as redes estaduais, que sozinhos não conseguem dar conta”, afirma.

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