sexta-feira, 30 de abril de 2021

Paulo Guedes diz a empresárias que a prioridade do governo é privatizar Correios e a Eletrobras

 

Foto: EDU ANDRADE/Ascom/ME

Durante almoço de Jair Bolsonaro e empresárias em São Paulo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo vai priorizar o processo de privatização de Correios e Eletrobras.

“O lema do Brasil é saúde, emprego e renda”, disse o ministro da economia às empresárias. “Nós tivemos que sair do trilho das reformas e ir apagar fogo no mato”, complementou Guedes ao ser cobrado sobre o programa de privatizações e sobre as reformas administrativa e tributária.

O almoço foi organizado pela gaúcha Karim Miskulin, presidente do Grupo Voto, depois do encontro do presidente com empresários em que só homens compareceram no início do mês.

Além de Guedes, outros membros do governo também participam do evento como o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda.

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Geraldo Alckmin pode ir para o PSB para ser o vice do Lula em 2022

 

                                            Geraldo Alckmin e Lula (Foto: Divulgação)
O ex-governador Geraldo Alckmin pode deixar o PSDB e migrar para o PSB, em uma articulação que envolve até o cargo de candidato a vice-presidente em uma chapa com o ex-presidente Lula para 2022, segundo o site Brasil 2 Pontos. À Revista Fórum, a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse não descartar a possibilidade. 

Brasil 2 Pontos - A política, como se sabe, não é o que se vê. Feita nos bastidores, em conversas fechadas, entre poucos escolhidos, o que chega ao grande público como surpresa é, no mais das vezes, o roteiro escrito antes da cena. Neste momento, quando a olho nu parece a caminho do isolamento dentro do PSDB de João Doria sob influência do DEM, o ex-governador Geraldo Alckmin está, sim, preparando seu pulo do gato.

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Com o partido que ajudou a fundar – orgulha-se de ter a ficha de filiado número 7 – sendo entregue de bandeja por Doria aos demistas representados na figura do vice Rodrigo Garcia, Alckmin estuda se mudar com armas e bagagens para o PSB de seu parceiro Márcio França. O convite vem do alto escalão. Não apenas França, mas todas as lideranças nacionais da legenda, a começar do presidente Carlos Siqueira, e também o governador Renato Casagrande (ES), o ex-prefeito de Recife Geraldo Júlio e outros, atuam agora para agregar ao partido a representatividade de Alckmin em São Paulo.

Nesse movimento, o PSB acredita em se fortalecer no maior estado do País e, por último mas não menos importante, ampliar seu leque de possibilidades para oferecer a Lula, na aliança que vai sendo tricotada para 2022, um nome que não desagradaria à centro-esquerda que compõe as bases da própria legenda e, como imagem nacional, é uma face sem retoques do centro que o PT corteja. Sim, está-se falando, neste circuito de bastidores, numa chapa Lula-Alckmin para a disputa presidencial. Um jogo, dizem seus articuladores, de ganha-ganha. Enquanto sairia com tranquilidade pelo Nordeste para retomar as bases históricas que lhe garantiram suas duas vitórias nas presidenciais, Lula teria na retaguarda no Sul e Sudeste, com o sempre afável ex-governador, um interlocutor direto com a classe média e, também, com o empresariado, além de forte cabo eleitoral no interior do estado, onde venceu sua última eleição para o governo, em 2014, com derrota em apenas um município. Faz algum tempo, ok, mas não é pouco, bem ao contrário.

Projeção para São Paulo

Uma aliança preferencial do PT com o PSB no plano nacional teria como desdobramento natural, na corrida para o governo de São Paulo, uma composição entre França e o ex-prefeito Fernando Haddad, com um encabeçando a chapa para o Executivo estadual e o outro ao Senado. Não se fala em definir, agora, qual deles iria para qual posição. Com o passar do tempo, o processo político dirá. Tudo fica mais facilitado quando se conhece a posição de Lula a respeito da política de alianças do PT nesta etapa de sua história. Em oposição ao sectarismo de antes, o experiente líder prega agora o pragmatismo, determinando que acordos estaduais devem ser feitos à luz do interesse maior da legenda, exatamente a de ganhar, com ele próprio, a eleição para presidente da República. Para tanto, Lula sabe que precisa de aliados e, para fazê-los, abrir mão da velha receita de o PT liderar chapas para tudo em todos os lugares. Esse dogma já era. A cereja no bolo está no fato de que, não é mais sonho de verão, Lula está apto a concorrer e já se consolida em todas as pesquisas como favorito sobre Bolsonaro.

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Um cimento para firmar a aproximação entre petistas e socialistas – que, de resto, saíram afastados da eleição presidencial de 2018, quando França, candidato a governador, evitou apoio claro a Haddad em sua tentativa de ser presidente, e ambos perderam – é, por mais paradoxal que pareça, o MDB paulista. O partido entraria na dança para deixar Doria e o PSDB sozinhos no salão com o DEM, isolando-os no canto direito. O centro e a esquerda da festa democrática estariam preenchidos por PT-PSB-MDB, achegando-se também legendas anti-Doria como o PTB e outras. O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, está colocado na intrincada negociação que se inicia como o nome do partido para o cargo de vice-governador tanto com Haddad como com França na cabeça da chapa. O flerte ao MDB envolve o ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro dos governos FHC e Lula Nelson Jobim. Os almoços que eles têm compartilhado no elegante restaurante Parigi, em São Paulo, incluem o assunto nos pratos de ambos.

A ex-prefeita Marta Suplicy, atual secretária de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, faz as vezes de coringa nesse jogo. Amiga de Lula e, também, do ex-presidente José Sarney, além de ter ótimo diálogo com Temer, Jobim e Baleia, ela não cogita ocupar qualquer vaga para cargo eletivo em 2022, concentrada em seu papel na administração do prefeito Bruno Covas. Assim como o alcaide paulistano, por outro lado, Marta está empenhada na formação de uma frente ampla contra Bolsonaro. Por esta razão, fixa-se como interlocutora privilegiada de todas as peças deste quebra-cabeças. Que, de resto, ganha em inteligência, charme e elegância.

Se a fieira PT/PSB/MDB for montada, torna-se mais real a hipótese de o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab juntar-se ao cordão. Com Rodrigo Garcia, que foi seu pupilo, ele não se dá mais. O atual vice de Doria deixou Kassab às feras quando o experiente político foi forçado a deixar o cargo de secretário da Casa Civil, para defender-se de acusações na Justiça. O afastamento já vinha de antes, quando Garcia não seguiu com Kassab na montagem do PSD, preferindo manter-se sob o guarda-chuva do DEM. O ex-prefeito tem marcados em seu caderninho de vinganças que se comem frias as duas faltas do político ao qual muito ensinou. As movimentações de Alckmin e do PSB, em franca aproximação com o PT a nível nacional, podem trazer uma grande mudança no cenário político paulista, com um definitivo enfraquecimento do PSDB. O partido dos tucanos governa o estado mais rico do Brasil há 30 anos.

Trazendo os resultados da articulação para o terreno paulista, ela soa ainda melhor aos envolvidos, e especialmente ao próprio Alckmin. Traído do primeiro ao quinto por Doria, até porque, ressalve-se, ignorou os alertas sobre a traição que lhe chegaram do ex-presidente FHC ao porteiro do Palácio dos Bandeirantes, Alckmin foi sendo asfixiado com requintes de crueldade pela criatura que levou pela mão à Prefeitura de São Paulo, na eleição de 2016. Como lhe é peculiar, Doria não retribui. Extirpou Alckmin de seus planos e tomou dele o partido tão logo se assenhorou das mordomias e do poder efetivo que o governo paulista concede. Se pudesse voltar no tempo, é pule de dez que o então poderoso governador mudaria sua escolha, feita com o intuito de rejuvenescer e arejar o PSDB paulista. Doria, ao contrário, arrasta a legenda junto com sua queda de popularidade e ainda a direciona para o colo do DEM, que nunca teve voto em São Paulo e apresenta, no vice Garcia, um político muito mais famoso por seu silêncio do que por suas ideias.

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O deputado bolsonarista Bibo Nunes diz que só anda de BMW e que "quem não gostar que vá ‘enxugar gelo"

                                    Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados

O deputado bolsonarista Bibo Nunes já gastou 58,5 mil reais com o aluguel de carros de luxo, diz a revista Crusoé.

Bibo é cliente da empresa do assessor do gabinete de Jair Bolsonaro Joel Novaes Fonseca, “a babá de Renan Bolsonaro”.

“Meu padrão de vida é esse. Meus carros sempre foram BMW, Porsche… Quem não gostar que vá ‘enxugar gelo’. Para mim é comum isso desde que eu nasci. Eu te garanto uma coisa: não vou alugar com ninguém do PT nem do PSOL.”

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Auxiliares dizem que o Bolsonaro se arrependeu de ter ajudado eleger Rodrigo Pacheco presidente do Senado

 


Do Radar

Três meses depois, Jair Bolsonaro deixou claro a auxiliares no Planalto que já se arrependeu do apoio dado pelo governo a Rodrigo Pacheco na eleição do Senado.

Em conversas com aliados, o presidente culpa Davi Alcolumbre pelas dificuldades do governo na CPI da Covid-19. O ex-chefe do Parlamento, na visão presidencial, traiu o MDB de Eduardo Braga e Renan Calheiros ao escolher Pacheco para sucedê-lo no Senado “e deu no que deu”.

Se Davi tivesse mantido o combinado com o MDB, o Planalto não teria Calheiros e Braga como inimigos no front da CPI. “Nem CPI a gente teria”, diz um ministro.

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Maílson da Nóbrega afirma que em 2021 o Brasil tem o pior orçamento de toda a República

 

                                     Foto: Reprodução, Twitter de Jair Bolsonaro
"O Orçamento da União para 2021, uma mixórdia, é o pior da era republicana”, diz Maílson da Nóbrega.

“O Congresso fez uma festa com as emendas: somaram inacreditáveis R$ 49 bilhões. Tudo com o aval do Ministério da Economia, segundo o relator, senador Márcio Bittar. Depois dos vetos, esse valor foi reduzido para R$ 35,6 bilhões, correspondente a 47% dos gastos discricionários, ou seja, os não obrigatórios. Para comparar, em 2008 atingiram 19,6% (…).

O valor das despesas discricionárias, R$ 74 bilhões, tende a ser insuficiente para manter o funcionamento das atividades administrativas do governo. Haverá o risco de shutdown, pois dificilmente o governo concordaria com a ruptura do teto, ainda que para ampliar dotações e desse modo evitar a paralisia da administração. Nas atuais circunstâncias, seria uma catástrofe, o que tornaria inviável a reeleição de Bolsonaro.”

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No dia em que o Brasil completa 400 mil mortos por Covid-19 o Bolsonaro só lamenta a morte do Levy Fidélix


Em transmissão ao vivo nessa quinta-feira (29), o presidente Jair Bolsonaro não falou sobre a marca de 400 mil mortes pela covid-19 no Brasil e lamentou apenas uma morte – a de Levy Fidélix, presidente nacional do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), falecido no último sábado (24).

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No comentário, Bolsonaro fez questão de destacar que Fidélix era “conservador”, sendo que o dirigente partidário de extrema-direita, ficou conhecido por suas posições homofóbicas e por sua ideia do Aerotrem.

“Perdemos uma pessoa que vai deixar saudades em todos nós”, disse Bolsonaro.

Veja abaixo:


quinta-feira, 29 de abril de 2021

As ligações do ministro Ricardo Salles com criminosos no Pará

 

CONLUIO Salles visita no Pará uma fazenda de madeira ilegal pertencente ao clã de Walter Dacroce (de chapéu), suspeito de comandar a grilagem na Amazônia: investigação da PF concluiu que o ministro participou da organização criminosa (Crédito: Divulgação)
Da Isto É:

Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) investigam a ligação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, com integrantes da família de Walter Dacroce, suspeita de grilagem de terras públicas no Pará e que foi uma das fontes que abasteceram a empresa Rondobel Madeiras Ltda, proprietária de parte dos 200 mil metros cúbicos de madeira ilegal apreendida no Amazonas em novembro do ano passado, avaliada em R$ 130 milhões. Mesmo ciente de que as investigações da PF indicavam que a madeira era fruto de fraudes e de desmatamento ilegal, o ministro foi ao local nos dias 31 de março e 7 de abril deste ano defender os criminosos. Salles chegou a descer de helicóptero do Ibama em uma das fazendas dos Dacroce usadas na extração ilícita de pelo menos 43 mil toras cortadas irregularmente, como demonstração de apoio aos exterminadores das florestas. Isso levou o delegado federal Alexandre Saraiva, responsável pela investigação, a denunciar o ministro ao STF “por advocacia administrativa e por obstar a ação fiscalizadora do Poder Público”. As suspeitas da PF apontam que Salles obteve “vantagens de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais e crimes ambientais”.

ISTOÉ teve acesso aos documentos que embasaram as apurações dos crimes contra o meio ambiente na Amazônia e traz, com exclusividade, quem são os personagens que estão no centro das investigações que colocam o nome de Salles como suspeito de participar de um esquema mafioso de madeira ilegal. Os investigadores da Operação Handroanthus, da PF do Amazonas, estão empenhados agora em destrinchar os laços entre Salles e a família Dacroce, que tomou posse de terras supostamente griladas no Pará, onde ocorreram extrações irregulares de madeira. O principal alvo da investigação é Walter Dacroce, considerado um grileiro profissional. Ele serviria como uma espécie de “agente” que localiza terras devolutas e até de aldeias indígenas, viabiliza a grilagem por meio de parentes, incluindo seus filhos, e abre caminhos para que a madeireira Rondobel explore ilegalmente as áreas ocupadas. A luz amarela se acendeu depois que Walter prestou depoimento à PF. Quem presenciou a oitiva confidenciou que as explicações do infrator foram repletas de incongruências. Ele deu a entender que teria um forte esquema de proteção, incluindo a de autoridades políticas.

Salles chegou a criticar a Operação Handroanthus – nome de uma frondosa árvore amazônica -, em uma viagem que fez no último dia 7 a Santarém (PA), onde a PF apreendeu a carga milionária da madeira ilegal. Lá, o ministro questionou o trabalho da PF, apontou a existência de falhas na ação policial e afirmou, à revelia de perícias, que havia elementos para acreditar que as empresas investigadas não tinham cometido nenhuma ilegalidade. A ida de Salles à região incluiu uma visita à Fazenda Francine II, na Gleba Altamira VI, que está em nome de Francine Cella Dacroce, nora de Walter Dacroce. Nessa propriedade, a PF encontrou parte da madeira ilegal e que foi apreendida numa grande ação policial.

A PF suspeita que Francine seja laranja de Walter, o grande capo do esquema mafioso na Amazônia. Outras propriedades da família também estariam ligadas a Leonir Dacroce, filho de Walter, que chegou a ser candidato a prefeito de Palmitos (SC), em 2016. Quinho, como é conhecido, também foi vereador nessa cidade. Documentos da propriedade mostram Leonir como representante legal de Francine em um termo contratual do Iterpa, o órgão fundiário do Pará. Um dia depois da ida à região, e da visita aos Dacroce, o ministro participou de reunião com empresários do setor madeireiro, fazendo-lhes promessas públicas de que iria liberar as milhares de toneladas de madeiras apreendidas.

“Vantagens de Salles”

Uma semana depois, no último dia 14, o então superintendente da PF do Amazonas, delegado Alexandre Saraiva, responsável por conduzir as apurações, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime contra o ministro, apontando-o como “integrante, na qualidade de braço forte do Estado, da organização orquestrada por madeireiros alvos da Operação Handroanthus”. Segundo o inquérito, o ministro Salles e o senador Telmário Mota (Republicanos-RR) dificultaram a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões ambientais, “assim como patrocinaram interesses privados (de madeireiros) e ilegítimos perante a administração pública, valendo-se de suas qualidades de funcionários públicos (o que afronta vários dispositivos do Código Penal)”. Para a PF, Salles e Mota tiveram por objetivo “obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais de crimes de receptação qualificada e crimes ambientais”. A suspeita da PF é que eles possam ter recebido propinas dos madeireiros

Um dia depois, no último dia 15, após encaminhar a denúncia ao STF, Saraiva foi exonerado do cargo, dando contornos ainda mais nebulosos nesta história envolvendo o ministro com os madeireiros ilegais. A PF investiga também a participação no esquema de funcionários do Iterpa. Afinal, uma lista de onze proprietários de terras de onde as madeiras ilegais podem ter sido retiradas, à qual ISTOÉ teve acesso com exclusividade (leia os nomes na página 23), tiveram suas fazendas tituladas pelo órgão fundiário do governo paraense.

Em outro trecho da notícia-crime, a PF anexou fotos em que Salles aparece na fazenda dos Dacroce onde estava estocada parte da madeira considerada ilegal. Até mesmo imagens do helicóptero usado pelo ministro na viagem estão incluídas no inquérito. Segundo a PF, as fotografias demonstram o evidente apoio aos criminosos. “A título ilustrativo, pode-se mencionar que o Plano de Manejo Florestal da Fazenda Francine II, de Francine Dacroce, titular de um dos pátios de madeira visitado pelo ministro, apresenta diversas falhas que comprometem todo o Plano de Manejo Florestal, como a omissão e exploração em Áreas de Preservação Permanente – APP”, diz o texto.

INVERSÃO Alexandre Saraiva, da PF: demissão após denunciar Ricardo Salles (Crédito:Divulgação)

Saraiva já apresentou essas imagens, inclusive, em depoimento na Câmara, para afirmar que Salles favorecia madeireiros descaradamente. O delegado foi categórico: “O ministro estaria atuando e favorecendo madeireiros. E isso foi feito de uma forma explícita. Tem vídeo dele apontando para a placa de uma empresa investigada que, segundo ele, ‘estava tudo certinho’, quando, na verdade, já existia em relação a essa empresa até laudo pericial apontando as irregularidades cometidas”. Os investigadores apuram ainda por que foram anuladas multas milionárias em nome de parentes de Walter Dacroce e que foram aplicadas pelo Iterpa e pelo Ibama. Os madeireiros investigados pela PF receberam 20 autos de infração, que resultaram em multas de aproximadamente R$ 8,4 milhões, mas muitas delas foram “perdoadas” pelas autoridades ambientais. Os investigadores querem saber se houve interferência política para essas infrações terem sido anuladas.

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Sob as mesmas suspeitas, a família Christofolli também vem sendo investigada no caso. Pelo menos quatro integrantes do clã chefiado por Amarildo Christofolli aparecem como proprietários de terras citadas na notícia-crime da PF e que foi entregue ao STF e à Procuradoria-Geral da República (PGR) esta semana. Essas terras, de acordo com o inquérito, também estariam com documentação irregular e seriam usadas para grilagem. Na terça-feira, 27, a ministra do STF, Cármen Lúcia, encaminhou a notícia-crime contra Salles para que a PGR se manifeste diante do que, segundo ela, são fatos de “gravidade incontestável”.

Um dia antes, Saraiva prestou esclarecimentos sobre o caso à Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, em Brasília. Em uma sessão marcada por muito bate-boca, o delegado da PF deu detalhes sobre o grande esquema de grilagem e exploração de terras que deveriam ser protegidas na Amazônia. Ele voltou a afirmar que Salles tornou legítima a ação ilícita dos madeireiros na região e que ele participou ativamente de atos fraudulentos para proteger criminosos. Saraiva disse ainda que o ministro do Meio Ambiente visitou a área para fazer uma “pseudoperícia”. “De 40 mil toras, ele só olhou duas e com base nisso disse que estava tudo em ordem”, afirmou o delegado. “Temos mais de 70% da madeira apreendida que não apareceu dono. Ninguém reivindicou. Isso é uma coisa muito séria. Como é que o ministro diz que estava tudo certo com a madeira ilegal e que a PF é que estava errada?“

Os líderes da oposição na Câmara fizeram uma reunião na mesma terça-feira, 27, para articular a abertura de uma CPI para apurar os eventuais crimes ambientais praticados pelo governo. A bancada tomou a decisão motivada pelo depoimento prestado por Saraiva. O texto para pedir a abertura da CPI deve levar em conta também outras suspeitas de inação de Bolsonaro no combate ao desmatamento. Para que a CPI seja instaurada, é necessário que pelo menos 171 deputados assinem o requerimento. Parlamentares estimam já ter o apoio de 130 deputados. Depois da CPI da Covid no Senado, que pode implodir o governo Bolsonaro em razão do caos sanitário, o próximo drama do presidente será explicar o que segura o ministro do Meio Ambiente no posto, já que ele é um dos responsáveis pelo Pais ter queimado sua imagem no exterior por causa da destruição da Amazônia.


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O governo está com medo de estudo norte-americano que informará os verdadeiros números de vítimas da pandemia

 

                      Imagem: Fusion Medical Animation/Unsplash
Integrantes do governo estão de olho em um estudo norte-americano que será divulgado em breve sobre subnotificação de mortes por Covid no mundo todo.

O estudo é conduzido pelo Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME) da Universidade de Washington.

O IHME informou que os resultados serão anunciados em coletiva de imprensa na manhã de sexta (30), às 11h no horário de Brasília.

No começo deste mês, Ali Mokdad, chefe de Estratégias em Saúde Populacional do IHME, projetou que o Brasil vai ultrapassar os EUA em número de mortes por Covid depois de julho.

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O ministro Ricardo Lewandowski mantém o Renan Calheiros no cargo de relator da CPI da Pandemia

 

                                                              Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
De Teo Cury e Gabriela Coelho na CNN Brasil.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve o senador Renan Calheiros (MDB-AL) no cargo de relator da CPI da Pandemia. Em decisão nesta quinta-feira (29), Lewandowski negou a ação que pedia o impedimento de Renan da relatoria da comissão.

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Nesta terça-feira (27), ele foi designado como o relator do colegiado que investigará ações e omissões do governo federal na pandemia e o uso dos recursos repassados pela União a estados e municípios.

A ação foi movida por três senadores aliados do governo que são contra a indicação de Renan para a relatoria da CPI. O mandado de segurança foi apresentado por Eduardo Girão (Podemos-CE), Jorginho Mello (PL-SC) e Marcos Rogério (DEM-RO) e pedia a suspensão do ato que colocou o emedebista na comissão.

Segundo os parlamentares, Renan não poderia ocupar o cargo já que seu filho é governador de Alagoas. Além de Renan, os senadores também apontam Jader Barbalho (MDB-PA), que é um dos suplentes e pai do governador do Pará, Helder Barbalho.

Os parlamentares afirmaram à Corte que a saída de Renan e Jader da CPI garantiria lisura e confiabilidade às investigações da comissão.

“Na administração pública, não basta ser probo. Deve-se demonstrar ser correto. Os tempos modernos exigem dos políticos a máxima transparência dos atos na vida pública. E se existir, mesmo que pequena, a possibilidade de que um componente da CPI da pandemia não investigue profundamente um ato, por que o investigado é seu filho, isso não deve ser evitado”, escreveram na ação apresentada ao STF.

Essa foi a segunda tentativa frustrada de retirar, na Justiça, o senador Renan Calheiros da relatoria da CPI da Covid. Na segunda-feira, o juiz Charles Renaud Frazão Morais, da 2ª Vara Cível do Distrito Federal, atendeu a um pedido da deputada Carla Zambelli (PSL-SP) e impediu provisoriamente o senador de exercer a relatoria caso fosse escolhido.

(…)

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Diogo Mainardi xinga o advogado Kakay no programa Manhattan Connection

 

                                                                 Reprodução TV
Um dos convidados do Manhattan Connection nessa quarta-feira (28), o advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, foi xingado por Diogo Mainardi ao final da edição, recebendo um bip que cobriu sua fala. 'Como diria Olavo de Carvalho, vai (piiii)', disse o jornalista, logo após o âncora, Lucas Mendes, agradecer a Kakay pela presença no programa", informa o blog Telepadi. A leitura labial identifica a frase “Vai tomar no c…”. Mendes emendou: “Boa noite, sem Olavo de Carvalho”. Assista a cena logo abaixo.


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"Não me recordo de ter visto um anfitrião dizer isso a um convidado em um programa de TV, o que dirá em uma emissora que carrega Cultura no nome e princípios públicos no seu estatuto. Ainda que o canal tenha tido o cuidado de encobrir o xingamento, o nome feio aí é o de menos.  Trata-se de uma postura inesperada para um programa norteado por ideias e argumentações", escreve ainda a jornalista Cristina Padiglione, responsável pelo blog.

Kakay foi insultado porque defendeu o estado de direito e condenou os abusos cometidos pelo ex-juiz Sergio Moro, recentemente declarado suspeito e parcial pelo Supremo Tribunal Federal e também apontado como agente de interesses internacionais, em reportagem especial do jornal francês Le Monde.

“Antonio Carlos, eu não estou a fim de ouvir as suas baboseiras. Você pra mim representa o atraso do desenvolvimento do Brasil”, começou Mainardi.

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“Eu quero te responder, Diogo”, reagiu Kakay: “Uma vez eu estava conversando com Chico Anysio e ele me disse que quase todo humorista é mal-humorado. Eu não conheço muito a sua vida, mas acho você um humorista. Mas o humorista que é mal-humorado, ele tem que ter uma inteligência rara, e você ficou só no mau humor. É muito difícil, entendeu? A sua acidez, eu não sei onde ela leva.”

Assista ao vídeo:


Veja o vídeo com o Bolsonaro sendo recepcionado em Feira de Santana sob os gritos de “Genocida” e “Desgraçado”

 


Recepção a Bolsonaro em Feira de Santana/BA: Reprodução: Twitter
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi recepcionado em Feira de Santana sob os gritos de “Genocida” e “Desgraçado”.

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A crise econômica e a falta de uma gestão mais eficiente da pandemia tem feito a popularidade cair vertiginosamente nas últimas pesquisas.

Veja o vídeo: