Um auxiliar próximo ao presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL), que costuma falar pouco e é muito leal ao chefe, disparou impropérios que alcançam até a primeira-dama, Michelle Bolsonaro — chamada de “equivocada”, “teimosa”, “melindrada”, “má companheira”, “medíocre” e “falsa crente”.
Os xingamentos, alguns impublicáveis, não param por aí. O auxiliar costuma dize-los ao pequeno grupo de militares que servem a Bolsonaro. A mesma equipe que vai acompanhá-lo em viagem aos EUA.
“Patético. Ela não vai porque não quer ir, porque não é e nunca foi companheira. É uma teimosa, equivocada, melindrada, medíocre. Nos momentos mais importantes, ela não quis ajudar”, afirma. “Ela sempre agiu para separar o presidente dos filhos. Por várias vezes, quando precisamos, ela não se dispôs a contribuir com o governo. Na pandemia, por exemplo, surgiu a ideia de ela entregar respiradores, de visitar hospitais, mas ela não topou, mesmo sabendo que isso era importante (para Bolsonaro).”
“Seria bom que ela fosse, e que a filha deles (Laura, de 12 anos) também fosse. É a primeira viagem para fora depois da derrota, e é um momento importante para ele. Mas a Michelle se nega. Ela não é nada disso que tenta mostrar ao público. É uma pessoa má, uma falsa crente”, exclama o auxiliar de maneira enfática.
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Briga com Carluxo
O auxiliar diz ainda que, na reta final da campanha, Michelle teve mais uma grave briga com o vereador Carlos Bolsonaro. Graças a isso, diz, o presidente foi psicologicamente abalado para o último debate antes do segundo turno, o que teria interferido em seu desempenho.
“Ele estava preparado para o debate. Tinha sido municiado com boas informações para se sair bem. Mas por causa dessa confusão, chegou abalado, e por culpa dela.”
Ele revela também que Michelle queria mesmo era resolver a própria vida por aqui, e o pressionou a alugar ou comprar uma casa para ela e Laura viverem em Brasília. Foi por insistência da primeira-dama, diz, que o presidente mandou que assessores buscassem um imóvel na região do Lago Sul, de preferência em um condomínio fechado. “Talvez estejamos diante do capítulo final do relacionamento, que já vinha muito mal há um tempo”, arrisca.
Com informações da coluna de Rodrigo Rangel, no Metrópoles
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