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“O impacto dessa eleição é mundial, já que Bolsonaro conduziu uma política deliberadamente antiambiental”, afirma a capa. “Os resultados do presidente de extrema direita são unanimemente considerados como catastróficos pelos defensores da natureza”, resume. “O Brasil, que concentra 15% da biodiversidade mundial, viu a floresta amazônica se reduzir”.
As reportagens e análises do jornal de referência da França traçam um retrato desastroso da presidência de Jair Bolsonaro e sugerem um quadro cuja reversão só pode ser esperada com Lula.
Tensão
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“O ex-militar fez da área internacional uma marca de sua política de extrema direita. Num primeiro tempo, tratava-se de extirpar a ‘ideologia marxista e globalista’ do Itamaraty, um dos melhores corpos diplomáticos do mundo”, expõe.
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“Mas na cabeça de Bolsonaro, tratava-se de ir mais longe: na linha de seu mentor, Donald Trump, o dirigente de extrema direita queria participar da construção de uma ‘internacional ultraconservadora’, indo de Salvini a Orban, baseada na crítica virulenta do lugar da China na cena internacional, o apoio irredutível à política israelense, o desprezo pela Europa e as organizações internacionais, a luta contra os regimes venezuelano, cubano e nicaraguense, mas também a vontade de criminalizar os migrantes e refugiados, a firme oposição à regulação do porte de armas e a recusa em descriminalizar as drogas”, avalia.
“Infelizmente, a realidade se impôs ao presidente brasileiro. Além da derrota de Donald Trump em 2020, que o isolou consideravelmente internacionalmente, uma parte de seus apoiadores, principalmente no meio do agronegócio, se revoltou contra suas posições hostis à China, principal parceiro comercial do Brasil”, lembra.
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“Quando se trata de proibir a participação da chinesa Huawei na instalação da rede 5G, Brasília se acalma, para a grande decepção de Washington. Enquanto a eleição presidencial se aproxima, o resultado do pleito brasileiro é acompanhado com atenção pelas grandes potências. Pois a hipótese de ver Bolsonaro cumprir as ameaças de desqualificação do resultado se lhe for desfavorável poderia desencadear uma crise política e institucional de grandes proporções com consequências imprevisíveis”, indica.
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“Diante das intimidações de Bolsonaro, os Estados Unidos e os principais países europeus manifestaram publicamente sua confiança no sistema eleitoral brasileiro. Por sua vez, a China e a Rússia ficaram silenciosas. Pois é claro que um eventual retorno da esquerda no maior país latino-americano poderia modificar profundamente os equilíbrios regionais e internacionais”, observa.
“No caso de um retorno ao poder de Lula, as relações sino-brasileiras retomariam seu moral. Mas tudo leva a crer que Pequim se beneficiaria mais de uma reeleição (hoje improvável) de Bolsonaro. Diante da hostilidade de Washington e das principais capitais europeias e latino-americanas, esse último não teria outra escolha senão se voltar para o império do Meio”, sustenta.
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“Xi Jinping estaria então em posição de força para negociar, em seu proveito, um aprofundamento das trocas econômicas, que já contribuíram para desindustrializar o tecido produtivo brasileiro e a reforçar a proeminência do setor agroexportador, cuja parte se aproveita alegremente das políticas antiambientais de Bolsonaro. Com consequências climáticas catastróficas para o Brasil e o planeta.”
“Pelo contrário, Lula deseja reorientar a diplomacia brasileira nos dois campos. De um lado, selando o acordo estratégico com a União Europeia pela aplicação do acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Se ele entrar em vigor, este acordo comercial reduziria a influência econômica chinesa na região, lançando novamente a integração regional sul-americana e poderia contribuir a reequilibrar a matriz econômica do Brasil”.
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“Por outro lado, afirmando a centralidade da urgência climática, tanto em termos de política interna quanto externa. Tratar-se-ia de restaurar as prerrogativas das agências ambientais e de proteção das populações indígenas, de combater efetivamente o desmatamento, e de criar as incitações econômicas para dar fim às explorações ilegais da natureza. E no plano internacional, a diplomacia brasileira deveria voltar à cena nas principais negociações climáticas multilaterais”, acredita.
“Isso não quer dizer que Lula se abstenha de querer reativar as iniciativas Sul-Sul. Mas está claro que um retorno do Brasil ao mapa diplomático internacional seria mais do que bem-vindo para a União Europeia, e principalmente a França. Nesse caso, Emmanuel Macron deveria tomar a iniciativa e estender a mão a Brasília comparecendo à posse de seu novo homologo, Lula”, sugere.
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