Depois da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de suspender propagandas ofensivas a Lula e Bolsonaro, a Jovem Pan acendeu sinal amarelo para alguns de seus comentaristas. A ordem é maneirar no vocabulário nos programas da casa.
A partir de agora, está proibido usar adjetivos ofensivos contra Lula, candidato mais atacado pela linha editorial da emissora.
Em mensagem encaminhada para a redação, a chefia veta veementemente o uso de palavras como "corrupto" ou "ladrão".
Leia o comunicado na íntegra abaixo:
"Caros, com base em decisão do TSE proferida nesta segunda-feira, estamos orientados pelo jurídico a não utilizar as seguintes expressões nos programas da casa:
Ex-presidiário, Descondenado, Ladrão, Corrupto, Chefe de organização criminosa
Além disso, não devemos fazer qualquer associação entre o candidato Lula ao crime organizado. E mais: as críticas aos ministros e ao judiciário não são recomendadas pelo nosso jurídico neste momento.
O descumprimento dessas determinações pode levar não só a direito de resposta como também a multa de R$ 25 mil e a remoção dos conteúdos de nossas plataformas.
A direção de jornalismo reforça que aqueles que não se sentirem confortáveis com essa determinação com base em decisão da Justiça, devem nos informar para que possam ser substituídos nos programas".
Por meio de sua assessoria, a Jovem Pan afirma que "se trata de uma orientação editorial que reforça a importância do cumprimento de uma decisão judicial que impõe restrições ao trabalho jornalístico. Não existe ’medo’ como escreve o colunista. Existe respeito à Justiça".
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