Mulher grita com padre e acaba com missa em São Paulo por citação a Marielle

 Após a arruaça promovida por bolsonaristas em Aparecida (SP), que agrediram jornalistas e vaiaram discurso do arcebispo Dom Orlando Brandes durante as celebrações do dia de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, outras paróquias e religiosos passaram a ser alvo de intimidação. 

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Um desses novos casos foi registrado na igreja São João Batista, em Jacareí (SP), no último domingo (15). Uma mulher interrompeu uma missa e afrontou o padre Ewerton, titular da paróquia, com discurso bolsonarista e fake news, após o religioso invocar a memória do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, assassinados na Amazônia este ano, e da vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro em 2018. 

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"O senhor não vai falar de Marielle Franco dentro da casa de Deus. O senhor não vai falar de Marielle Franco, uma homossexual, uma envolvida com o tráfico de drogas, o senhor não vai falar de Marielle Franco dentro da casa de Deus. Uma esquerdista do PSOL, uma homossexual, que quer a ideologia de gênero dentro da escola das crianças", disparou a mulher, reproduzindo mentiras que já circulavam à época da morte da vereadora. 

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Segundo testemunhas, a mulher estava sentada e se levantou para intimidar o padre. A celebração foi interrompida e, mesmo assim, ela teria continuado com as agressões no meio do corredor da igreja, enquanto outros fiéis e paroquianos tentavam fazer cessar a confusão. 

A paróquia São João Batista informou, após a repercussão do vídeo com a intimidação, que não vai se manifestar sobre o caso. A Polícia Civil, por sua vez, disse que não foi acionada. 

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