O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) mandou um recado para o presidente Jair Bolsonaro (PL) por meio de pessoas com quem conversou e disse que não aceitará “ser abandonado”, de acordo com o repórter do UOL Tales Faria.
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Ontem, após os ataques de Jefferson aos policiais federais, o presidente chamou o “ex-aliado” de “bandido” e prestou solidariedade aos agentes feridos.
Segundo Faria, o ex-deputado disse entender que Bolsonaro tentará distanciar-se dele até o segundo turno das eleições, mas acredita que depois, se Bolsonaro vencer, espera a “retribuição” dele.
Jefferson tem demonstrado fidelidade total a Bolsonaro, chegando a convidá-lo para se filiar ao PTB em novembro passado, mas Bolsonaro optou pelo PL. Depois, quando não conseguiu se lançar candidato à Presidência da República, colocou Kelmon Luis da Silva, o Padre Kelmon, para atuar como laranja do presidente durante os debates eleitorais no primeiro turno.
Ontem, durante a ação de prisão de Jefferson, que já estava em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, o ex-deputado negou se entregar e atirou em dois agentes da Polícia Federal.
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Enquanto resistia à prisão, Jefferson manteve contato com interlocutores do Planalto, que o avisaram da disposição de Bolsonaro de enviar o próprio ministro da Justiça à sua casa. No entanto, o comando da campanha aconselhou o presidente a suspender a ida do ministro e agir de outra maneira em relação ao ex-deputado.
Interlocutores do Planalto disseram a Jefferson que a “prioridade absoluta” agora é tentar garantir a reeleição de Bolsonaro, para aí sim o presidente ajudá-lo.
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