sábado, 30 de outubro de 2021

Bolsonaro, além de atacar a Petrobrás, mente ao dizer que tem "um apoio popular muito grande" no país

 

                                               Foto: Reuters | Marcos Corrêa/PR
Incapaz de enfrentar os golpistas de 2016, que derrubaram a ex-presidente Dilma Rousseff e posteriormente prenderam injustamente o ex-presidente Lula para favorecer os acionistas privados da Petrobrás por meio do desmanche da estatal, Jair Bolsonaro disse ao presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, no início da cúpula do G-20 na manhã deste sábado (30) que a empresa é "um problema". Bolsonaro já tenta preparar o terreno para privatizar a estatal, o que seria o desfecho do extenso golpe aplicado no Brasil.

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O chefe do governo brasileiro, além de atacar um dos maiores patrimônios nacionais, que é a Petrobrás, mentiu ao dizer que tem  "um apoio popular muito grande" no país. Outra mentira contada por ele foi a de que a economia do país está "forte". Pesquisa Exame/Ideia divulgada neste mês mostra que a rejeição a Bolsonaro chega a 53%. A economia também é um desastre: o Brasil tem a pior perspectiva de crescimento em 2022 entre todos os países do G20.

A conversa entre os dois chefes de Estado, que também teve a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, ocorreu antes da foto oficial dos líderes presentes e que marcou a abertura da cúpula.

Ao se aproximarem de Erdogan, o turco perguntou sobre a situação do Brasil. "Tudo bem. A economia voltando bem forte. A mídia como sempre atacando, estamos resistindo bem. Não é fácil ser chefe de Estado em qualquer lugar do mundo", disse Bolsonaro.

Pouco tempo depois, Erdogan citou os "grandes recursos petrolíferos" brasileiros e Bolsonaro declarou: "Petrobras é um problema. Mas estamos quebrando monopólios, com uma reação muito grande. Há pouco tempo era uma empresa de partido político. Mudamos isso".

Ao saber que falta menos de um ano para a eleição no Brasil, o presidente  da Turquia disse que Bolsonaro ainda tem muito a fazer, e o brasileiro respondeu: "eu também tenho um apoio popular muito grande. Temos uma boa equipe de ministros. Não aceitei indicação de ninguém. Fui eu que botei todo mundo. Prestigiei as Forças Armadas. Um terço dos ministros [é de] militares profissionais. Não é fácil. Fazer as coisas certas é mais difícil".

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