terça-feira, 11 de agosto de 2020

Salim Mattar, o homem que queria vender todas as empresas do governo, pede demissão

(Valter Campanato/Agência Brasil)
Os secretários especiais de Desestatização e Privatização, Salim Mattar, e de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel, pediram, nesta terça-feira, 11 de agosto, demissão do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). À imprensa, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu que houve uma “debandada” da pasta.

“O Salim hoje me disse: ‘a privatização não está andando, eu prefiro sair’. E o Uebel me disse o seguinte: ‘a reforma administrativa não está sendo enviada, eu prefiro sair’. Esse é o fato, essa é a verdade. Eu não escondo. Então você fala: ‘houve uma debandada?’ Hoje houve. Hoje houve uma debandada”, declarou.

Os movimentos dão sequência a uma série de baixas no Ministério da Economia observada em julho. Em apenas duas semanas, Mansueto Almeida deixou oficialmente a Secretaria do Tesouro Nacional; Rubem Novaes pediu demissão da presidência do Banco do Brasil; e Caio Megale pediu exoneração do posto de diretor de programa da pasta.

“Salim Mattar pediu demissão hoje. E isso, na verdade, é um sinal de insatisfação dele com o ritmo de privatização. O que ele me disse é que é muito difícil privatizar, que o establishment não deixa haver privatização, que é muito difícil, tudo muito emperrado, que tem que ter um apoio mais definido, mais decisivo”, afirmou o ministro.

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