(Valter Campanato/Agência Brasil) |
Os secretários especiais de Desestatização e Privatização, Salim
Mattar, e de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério
da Economia, Paulo Uebel, pediram, nesta terça-feira, 11 de agosto, demissão do
governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). À imprensa, o
ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu que houve uma “debandada”
da pasta.
“O Salim hoje me disse: ‘a privatização não está
andando, eu prefiro sair’. E o Uebel me disse o seguinte: ‘a reforma
administrativa não está sendo enviada, eu prefiro sair’. Esse é o fato,
essa é a verdade. Eu não escondo. Então você fala: ‘houve uma
debandada?’ Hoje houve. Hoje houve uma debandada”, declarou.
Os
movimentos dão sequência a uma série de baixas no Ministério da Economia
observada em julho. Em apenas duas semanas, Mansueto Almeida deixou
oficialmente a Secretaria do Tesouro Nacional; Rubem Novaes pediu
demissão da presidência do Banco do Brasil; e Caio Megale pediu
exoneração do posto de diretor de programa da pasta.
“Salim Mattar pediu demissão hoje. E isso, na verdade, é um sinal de
insatisfação dele com o ritmo de privatização. O que ele me disse é que é
muito difícil privatizar, que o establishment não deixa haver
privatização, que é muito difícil, tudo muito emperrado, que tem que ter
um apoio mais definido, mais decisivo”, afirmou o ministro.
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