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Em editorial publicado neste sábado, o jornal Folha de S. Paulo chamou Bolsonaro de "Jair Rousseff", para tentar constrangê-lo a manter a política do teto de gastos, que vem sendo criticada por um número crescente de economistas.
"Jair Bolsonaro decerto não é o primeiro presidente a flertar com a elevação sem limites do gasto público por acreditar que, mais adiante, a gastança possa pavimentar um caminho seguro à reeleição", diz o texto.
"Bolsonaro, no entanto, tem o azar e a sorte de suceder à petista Dilma Rousseff, que levou a fórmula aos limites da capacidade do Tesouro e da lei —o que resultou na maior crise econômica em gerações e lhe custou o segundo mandato", afirma ainda o editorial.
O equívoco do texto é o fato de Dilma não ter sido derrubada por estourar as contas públicas, mas sim por ter sido alvo de um golpe de estado que teve como objetivo central a tomada de poder pela direita, após quatro derrotas eleitorais, a mudança de política no setor energético, com entrega do pré-sal e fatiamento da Petrobrás, o reenquadramento geopolítico do Brasil, que perdeu sua soberania internacional, e a redução da proteção de direitos sociais.
Tanto é assim que os rombos fiscais dos governos pós-Dilma, de Michel Temer e Jair Bolsonaro, continuam a ser muito maiores do que o pequeno déficit primário apresentado por Dilma em 2014, após três anos de fortes superávits. De todo modo, a Folha tenta pressionar Bolsonaro a não mexer no teto de gastos. (Com o 247)
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