O plenário da Câmara dos Deputados manteve, por 316 votos a 165, na noite dessa quinta-feira, 20 de agosto, o veto do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que congelou os salários do funcionalismo federal, estadual e municipal até o fim de 2021. Na noite de quarta-feira, 19 de agosto, o Senado havia derrubado esse veto, o que foi considerado uma derrota do governo federal.
Durante todo o dia, o Palácio do Planalto trabalhou para que os deputados revertessem o resultado do Senado. Isso porque, para que um veto seja derrubado é preciso que a maioria simples dos parlamentares das duas Casas assim votem. Dessa maneira, com o resultado da Câmara, o veto do governo está mantido.
De acordo com o Ministério da Economia, se o reajuste salarial fosse permitido, a União gastaria de R$ 120 bilhões a R$ 130 bilhões a mais. Pela manhã, o Planalto acionou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e líderes da Centrão, para que a Casa revertesse a derrota no Senado.
Em entrevista no início da tarde, Maia defendeu a manutenção do veto presidencial, afirmando que “não dá para o setor público não dar sua contribuição na crise”. No entanto, o presidente da Câmara criticou o ministro da Economia, Paulo Guedes, que classificou o resultado da votação do Senado como “um crime contra o país”.
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