A Copel (estatal de energia do Paraná) criou uma comissão para investigar a acusação de que houve pagamento de propina ao deputado Ricardo Barros na aquisição da São Bento Energia.
Ex-executivos da Galvão Engenharia disseram, em delação premiada, que recorreram a Barros para convencer a cúpula da estatal a adquirir a participação que o grupo detinha num parque eólico em construção.
Barros teria recebido mais de R$ 5 milhões no negócio. O deputado, que assume a liderança do governo na Câmara na terça-feira, nega as acusações.
De acordo com termos de colaboração, os valores foram negociados e pagos entre 2011 e 2014. Barros teria recebido R$ 1,55 milhão em espécie e outros R$ 3,53 milhões em doações eleitorais via Diretório Nacional do PP (Progressistas), do qual era tesoureiro.
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Copel afirmou que criou a comissão no ano passado, após ter sido notificada pelo STF sobre a delação premiada dos executivos.
“A colaboração premiada foi homologada em 1 de agosto de 2019 pela Corte máxima do país. O processo, no qual a Copel é vítima, corre sob sigilo no STF”, diz trecho do comunicado.
Ainda de acordo com a estatal, sua atual diretoria não conta com nenhum membro do período investigado.
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