Da jornalista Carla Vilhena, ex-Globo, no Twitter:
Quem me segue sabe que não tenho político de estimação. Já critiquei de homenagem a Kim Jong-un feita por vereador até cusparada de petista. De político defendendo armas sem rastreio a fala sem noção de ex-presidente. Isto posto, não tem essa de querer colar rótulos e me definir.
Vamos à análise. Ressalto que alguém, pago pelos seus impostos, foi responsável por esse Tweet coroado de preconceito e discriminação. A começar pela frase falando em “pais chefes de família”. Definição ultrapassada que constava no código civil de 1916 e foi revogada em 2002.
Em seguida, “pais (…) que NÃO TÊM MEDO DE IR À LUTA”. Isso acentua ainda mais a dicotomia entre pessoas que conseguem cumprir o isolamento em “home office” e aquelas que são empurradas para a rua em meio a uma pandemia de uma doença que já levou 100 mil brasileiros para a cova.
Não há mérito em por a vida em risco num momento desses. Não é uma questão de coragem e sim de falta de opção. O auxílio emergencial SIM é fundamental neste momento para preservar vidas e fazer com que os pais, que se pretende homenagear com este tweet, SOBREVIVAM à pandemia.
Passamos para “… o primeiro modelo de valores de TODOS”. Primeiro? Onde fica a mãe nesta lista? Em segundo? E quem não tem pai? Fica sem valores? E se o pai não tem valores? Fica sem modelo? Todos? A família de todos é igual e sempre o pai está em primeiro lugar? … segue
Isso sem falar que o modelo exposto na bela obra de Guido Reni é São José, o reverenciado pai de Jesus PARA OS CRISTÃOS. Evangélicos não cultuam imagens, judeus não cultuam Jesus (um profeta, para eles), religiões afro, muçulmanos, budistas, etc… não contemplados na mensagem.
Isto posto, gostaria de lembrar ao Planalto que Jair Bolsonaro é o presidente de TODOS os brasileiros, não apenas daqueles que não acreditam no potencial letal da Covid-19, nem só dos católicos, nem só dos homens, nem só dos cloroquiners. Vamos melhorar isso daí, talquei?
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