segunda-feira, 4 de maio de 2020

O governador de São Paulo, João Doria, afirma que os participantes dos atos em Brasília no domingo são milicianos fantasiados de patriotas

Governador do Estado de São Paulo, João Doria, durante coletiva de imprensa sobre o coronavírusO governador de São Paulo, João Doria, repudiou, em entrevista coletiva nesta segunda-feira, 04 de maio, a "carreata da morte" do último domingo, 03 de maio, que contou com a participação de Jair Bolsonaro. 

A manifestação dava apoio a Bolsonaro, pedia a saída do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e entoava palavras de ordem contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Durante o ato, foram registradas agressões contra repórteres do jornal Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e Rede Globo. 
Doria afirmou que os manifestantes eram "milicianos fantasiados de patriotas" e condenou as agressões contra a imprensa. Ele também criticou a violência de um apoiador de Bolsonaro contra enfermeiros que protestavam em frente ao Palácio do Planalto na última sexta-feira (1). "Queria registrar aqui, como governador do estado de São Paulo eleito com 11 milhões de votos, e como cidadão e brasileiro que sou, o repúdio a esses milicianos fantasiados de patriotas que desrespeitam a vida, promovem o ódio, estimulam agressões e empregam agressões contra profissionais de saúde e jornalistas. Vocês não representam os verdadeiros patriotas desse País e não representam o sentimento majoritário dos brasileiros. Vocês representam o ódio, a incapacidade de compreender a situação difícil e dramática que estamos passando no Brasil neste momento".
"Nós não aplaudimos a imoralidade, nós a condenamos, como condenamos também qualquer atentado contra a democracia em nosso País. Confrontar a democracia no Brasil é aplaudir a ditadura, é estimular um pensamento único, sem contestação, e disso os brasileiros de bem não têm saudade. Aqui em São Paulo repudiamos o ódio e respeitamos o trabalho dos profissionais de saúde, todos eles, indistintamente. Respeitamos também, indistintamente, o trabalho da imprensa com toda a liberdade que tem para reproduzir informações e críticas a quem quer que seja. Por isso, aqui fazemos duas homenagens, simbolicamente, aos profissionais da saúde e da imprensa", afirmou Doria.

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