(Marcos Corrêa/PR) |
Em sua coluna na Folha de S.Paulo do último domingo, 10 de maio, o jornalista Janio de Freitas afirma que há "dezenas de motivos suficientes para embasar processo de impeachment" contra Jair Bolsonaro, embora todas tenham sido lançadas "ao fosso das gavetas no Congresso e no Judiciário".
Para Janio, "a inquietação generalizada no 'por que não o impeachment?' e no 'até quando?' deve-se a um obstáculo com primazia ante a regra geral. E com nome: Hamilton Mourão". O jornalista lembra que "foram suas sucessivas declarações antidemocráticas e ameaçadoras, nos primórdios da disputa eleitoral, que levaram esse general à presidência do Clube Militar e, como tal, à indicação para vice de Bolsonaro (...) Ou porque a mudança foi rápida demais para ser convincente, ou pela experiência histórica, a opinião dominante sobre Mourão contém mais receios que os suscitados por Bolsonaro. Entre políticos, porque já sabem lidar com a ignorância, o morde-sopra, a paranoica insegurança e a vulnerabilidade de Bolsonaro, inclusive penal e estendida a três filhos. Bolsonaro é fraco, muito fraco. Só fica em pé por amparo de militares".
É por isso, então, que "entre empresários ativistas e na mídia, Mourão está em grande desvantagem. Bolsonaro é visto como manobrável com facilidade, aliado na política de classes do liberalismo financeiro e na recusa às defesas ambientalistas, indigenistas e climáticas". Finaliza Janio:
"Nada a ver com pandemia, derrocada econômica, crise mundial. Os receios inspirados pelo vice Hamilton Mourão, como substituto de Bolsonaro, bloqueiam a via para o impeachment".
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