O presidente Jair Bolsonaro recebeu no Palácio da Alvorada, no último sábado, um grupo de youtubers aliados, que tem entre seus membros uma investigada por propagar fake news. Em seus canais, esses comunicadores, que costumam ser divulgados pelos filhos do presidente como “fontes de informação”, seguem a mesma cartilha: atacam o Supremo Tribunal Federal (STF), a imprensa e o presidente da Câmara Rodrigo Maia. Em vídeos, boa parte deles também apoia o discurso do presidente contra o isolamento social em meio à pandemia da Covid-19, o que contraria orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Uma das participantes do encontro com o presidente, a mineira Bárbara Zambaldi Destefani, de 33 anos, entrou na mira do inquérito do ministro Alexandre de Moraes que apura a existência de uma suposta rede bolsonarista de fake news. O perfil do Twitter de Bárbara aparece entre os 11 que o ministro apontou em sua decisão como parte de um mecanismo de criação e divulgação de notícias falsas.
Em seu canal, Bárbara, que se descreve como uma dona de casa e uma eleitora média de Bolsonaro, tem 581 mil inscritos. No Twitter, são 243 mil seguidores. No último sábado, ela conseguiu uma entrevista exclusiva com o presidente da República com quase uma hora de duração. Em vídeo dias depois, ela disse que após a entrevista acabou citada na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, que teria pedido a quebra do seu perfil no Twitter. (…)
Com o DCM
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