domingo, 24 de maio de 2020

A Folha de São Paulo mostra que além da interferença na PF, a reunião ministerial mostrou que o Bolsonaro interferiu no Iphan para ajudar o Véio da Havan

Da Coluna Painel de Camila Mattoso na Folha de S.Paulo.
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Além de mostrar a tentativa de interferência indevida na Polícia Federal para proteger amigos e família, a reunião ministerial revelou ação semelhante de Jair Bolsonaro no Iphan, responsável por zelar pelo patrimônio público. A ex-presidente do instituto Kátia Bogéa diz ter sido demitida após reclamações de Luciano Hang e Flávio Bolsonaro. Ela afirma que é mentiroso o discurso do presidente, de ter pessoas técnicas para cargos, e que ele quer no órgão alguém que aceite passar por cima da lei.
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Ao Painel, Kátia diz que sua demissão ocorreu após uma obra do empresário da Havan parar no Sul do país. Bolsonaro culpou o órgão, o que a ex-presidente rebate.
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Ela afirma que a paralisação ocorreu porque a empresa contratada por Hang reportou ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) um achado arqueológico. “Ele criou esse escarcéu porque nem a mais simples das obrigações eles querem fazer. Estávamos ali para cumprir a Constituição. O que queriam é que não observássemos a lei”.
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“É a mesma coisa do Geddel [Vieira Lima], é a mesma coisa”, diz. O ex-ministro de Michel Temer tentou passar por cima do órgão para erguer um edifício em área tombada em Salvador, foi demitido e, pela pressão exercida na época, condenado por improbidade administrativa.
Kátia afirma que antes dela ser demitida, começou uma sucessão de trocas de cargos, após a queixa de Hang. Primeiro, caiu um diretor técnico, em seguida, coordenadores em importantes superintendências, como a de Minas Gerais e do Rio, para pessoas sem formação.
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Um comentário:

  1. Só não entendo porque se omitiram na época dos fatos, deveriam ter denunciado !!!

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