Em editorial desta quarta-feira, 27 de maio, a Folha de São Paulo, enfim, deu a Jair Bolsonaro a alcunha que lhe cabe: fascista.
O texto diz que a declaração de Bolsonaro na fatídica reunião ministerial de 22 de abril defendendo o armamento da população como antídoto à ascensão de ditadores está em linha com o que pregava Benito Mussolini nos anos 1930 e 40.
“O populismo tosco e perigoso de Bolsonaro flerta com o fascismo italiano também no ódio à imprensa independente”, diz o jornal, que é um dos alvos preferenciais do presidente e optou, na última segunda-feira (25), por retirar os repórteres da cobertura na portaria do Palácio da Alvorada após agressões de bolsonaristas, assim como a Globo.
“Nos dias seguintes à divulgação do vídeo, elevou-se a intensidade dos impropérios dirigidos pelos fanáticos de plantão aos repórteres que, por dever profissional, são destacados para cobrir o presidente no Palácio Alvorada. Na segunda (25), decerto inspirado pela etiqueta do chefe, vomitaram palavrões contra os jornalistas que tentavam realizar seu trabalho”, diz o texto.
A Folha cita ainda o desdém de Bolsonaro pelo caso – o presidente disse que o jornal e a emissora estão “se vitimzando” – e a denúncia do jornalista William Bonner, apresentador do Jornal Nacional, que relatou sofrer “campanha de intimidação por desconhecidos” como parte da “escalada fascista alimentada por gabinetes de ódio que seguem os humores do supremo mandatário”.
“Em vez de condenar tais fatos, o presidente segue em seus delírios persecutórios”.
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