No mesmo dia em que o empresário Paulo Marinho, suplente do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), revelou que a Polícia Federal segurou a operação que investiga o ex-policial militar Fabrício Queiroz para não prejudicar a candidatura de Jair Bolsonaro (sem partido) em 2018, o PT, derrotado no pleito, sugeriu a cassação da chapa eleita.
Segundo o empresário, um delegado-informante teria aconselhado Flávio a demitir Queiroz e a filha dele, que trabalhava no gabinete do então deputado federal de Jair Bolsonaro.
Os dois foram exonerados naquele período —mais precisamente, no dia 15 de outubro de 2018.
Para a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, a solução é uma nova eleição.
"Com mais essa revelação sobre como Bolsonaro ganhou as eleições, insistiremos que o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] se mexa e julgue as ações de investigação das eleições de 2018 que dormem em suas gavetas. O Brasil está sendo destruído por um homem que não ganhou honestamente as eleições",escreveu Gleisi em uma rede social.
Fernando Haddad, que foi o candidato a presidente pelo partido, classificou como "fraude" o que ocorreu em 2018.
"Conforme suspeita, suplente de Flavio Bolsonaro confirma que PF alertou-o, entre o 1° é o 2° turno, de que Queiroz seria alvo de operação, que foi postergada para evitar desgaste ao clã durante as eleições. Isso se chama fraude!", manifestou.
Além do relato de Marinho, um outro episódio de 2018 pode reforçar o argumento dos petistas. A seis dias do primeiro turno da eleição presidencial, o então juiz Sergio Moro tirou o sigilo do primeiro anexo da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci, nome forte do PT durante os governos de Lula e Dilma Rousseff.
Moro incorporou o documento à ação e o tornou público.
Apesar de ressaltar que a delação não seria considerada no momento da sentença, Moro afirmou que tomava essa iniciativa em prol da “ampla defesa dos coacusados”. No entanto, segundo a revista Época, nenhum dos advogados de defesa havia solicitado que o depoimento da delação de Palocci fosse anexado ao processo.
Diaálogos obtidos pelo The Intercept Brasil mostram que Moro considerava "fraca" a delação de Palocci, mas achava sua colaboração relevante mesmo assim por representar uma quebra dos vínculos que uniam os petistas desde o início das investigações.
Após a eleição, Moro largou a magistratura e virou ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro.
No último domingo, 17 de maio, o ex-juiz cobrou investigações sobre as revelações de Marinho.
“Espero que os fatos revelados, com coragem, pelo Sr. Paulo Marinho sejam totalmente esclarecido”, publicou Moro em seu Twitter.
Hoje, Moro se tornou desafeto de Bolsonaro. Ao sair do governo, acusou o presidente de tentar interferir na Polícia Federal. Segundo o ex-ministro, Bolsonaro gostaria de ter influência justamente na superintendência da PF no Rio de Janeiro.
Brasileiros veem a construção do "golpe de estado de abril/2016" ruir nem podia ser diferente construído na areia movediça enganando os brasileiros não bastasse prenderam o ex-presidente (Lula) p/ganhar as eleições em 2018, mas como todas quadrilhas veio o desentendimento e a casa caiu cadeia já a toda quadrilha.
ResponderExcluir