Editorial publicado pela Folha de S.Paulo na noite deste domingo, 03 de maio, eleva o tom das críticas do jornal a Jair Bolsonaro. "No domingo (3), Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, numa sucessão de eventos que infelizmente se tornam habituais no Brasil, um punhado de celerados se reuniu em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, para defender, entre outras coisas, o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal e uma intervenção militar. Mais uma vez, o presidente Jair Bolsonaro achou por bem juntar-se aos manifestantes e gritar palavras de ordem que os legitimam. Ele sabe que as bandeiras afrontam a Constituição, mas não se importa. É o agitador de sempre, o antiestadista, o eterno deputado medíocre do baixo clero", diz o texto intitulado "Marcha dos covardes".
O jornal prossegue: "o protesto do fim de semana teve como gatilho uma decisão de ministro do STF que impediu Bolsonaro de nomear um apaniguado como diretor-geral da Polícia Federal, que investiga Bolsonaro e família. Trata-se do sistema de freios e contrapesos de um regime democrático em funcionamento". E conclui com um recado:
"Uma imprensa livre e independente faz parte desse sistema. Ela seguirá vigilante, apesar das agressões da marcha dos covardes".
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