Em março deste ano, os representantes foram até Brasília (DF) para a cerimônia de entrega da medalha de Mérito Indigenista ao presidente. Recentemente, voltaram à capital federal para os atos golpistas e se instalaram num acampamento montado em frente a um Quartel-General do Exército.
Nesta semana, foram vistos em outras ocasiões. Alguns deles estavam em uma manifestação na porta do hotel onde o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está hospedado.
Os Paresis têm uma relação próxima com Bolsonaro e com a bancada ruralista no Congresso. Em 2019, os então ministros do Meio Ambiente e da Agricultura, Ricardo Salles (PL) e Tereza Cristina (PP), visitaram as aldeias da região, convidados pelo deputado José Medeiros (Podemos).
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Segundo o jornal Metrópoles, os originários também têm feito “incursões políticas”. “O Senado não vão agir? Nós temos agora que largar de conversar e partir para a ação. O povo brasileiro está fazendo manifestação de forma pacífica, caminhando nas 4 linhas da Constituição, mas isso tem limites”, disse o cacique Rony Walter Azoinayce Paresi, durante a audiência pública da Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle do Senado, na última quarta-feira (30).
Assim como o presidente insistiu por muito tempo, o cacique também questionou a segurança das urnas eletrônicas e criticou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de “cabeça de ovo”. “O recado foi dado na audiência pública. Agora vamos para tudo ou nada.”
O cacique da aldeia Wazare é uma das principais lideranças de Campo Novo dos Parecis, no noroeste de Mato Grosso. Ele desembarcou em Brasília após viagem ao Egito para participar da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP27, a convite do governo do estado, comandado por Mauro Mendes (União).
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