Nos últimos dias com a faixa presidencial e fadado ao ostracismo e à lata do lixo da História em decorrência de seu mandato caótico, estridente e recheado de crises, sobretudo a socioeconômica, o governo Bolsonaro suspendeu, desde o fim de novembro, a Operação Carro-Pipa, uma antiga medida que leva água às regiões mais secas do semiárido nordestino, onde brasileiros e brasileiras dependem desta ação governamental para sobreviver.
Uma reportagem veiculada na noite de sexta-feira (23) pelo Jornal Nacional, da TV Globo, mostrou que famílias chegam até a guardar o que resta de água na sala de casa, num recipiente improvisado, no município de Solânea, no sertão da Paraíba.
“Essa semana termina, quando acabar não sei onde buscar”, diz o agricultor, preocupado, ao repórter.
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A Operação Carro-Pipa atende, só na Paraíba, 223 cidades, além de muitas outras localidades de vários outros estados do Nordeste. As prefeituras locais têm se desdobrado para arranjar e não deixar os munícipes sem ter o que beber e utilizar.
“A última pipa veio no dia 30 de novembro, e antes do dia 30, no meio de novembro, deu umas paradas ainda, mas agora ninguém sabe o que houve”, diz um homem identificado como Francisco Ribeiro ao JN.
Num primeiro momento, o Ministério do Desenvolvimento Regional afirmou que o problema com todas as localidades que ficaram sem os caminhões-pipas seria não possuir decretos de emergência em vigência para seguirem no programa, mas depois a pasta admitiu que os créditos da Operação Carro-Pipa tinham sido bloqueados em grande parte pelo Ministério da Economia, o que já teria sido “resolvido”. No entanto, existiria a necessidade de um remanejamento financeiro “para que o programa seja retomado”.
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