sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Jair Bolsonaro rompe silêncio e faz discurso para os golpistas em frente ao quartel general do Exército em Brasília


Jair Bolsonaro saiu no jardim do Palácio do Planalto e fez discurso para os golpistas que ficam de plantão em frente ao quartel general do Exército em Brasília.

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É a primeira vez que ele encontra seu gado desde que foi derrotado por Lula. Em suas aparições públicas anteriores, apenas chorou copiosamente.

Ao lado do general Braga Netto, seu vice na campanha, de camisa azul royal fora da calça, barriga protuberante, o sujeito açulou os ânimos da escumalha com frases de efeito e chamados da extrema-direita para a ação — o apito de cachorro.

“Quem decide meu futuro são vocês. Fiquei quase 40 dias calado. Dói, dói na alma”, falou.

“Nunca vi no mundo o povo ir à rua para um presidente ficar. Só vi o povo ir à rua para tirar presidente”, declarou. Ao que os seguidores entoaram um coro de “fica, fica”.

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Discorreu sobre Cuba e Venezuela e fez ameaças. “Vamos acreditar. Vamos nos unir e buscar alternativas”, afirmou. 

“Algumas pessoas aqui na frente já perderam e poderão perder mais ainda. Esse é o temor de muitos de vocês. Não podemos esperar chegar lá na frente, olhar pra trás e dizer: o que eu não fiz lá atrás para chegarmos a essa situação de hoje em dia?” 

Ainda: ”Nada está perdido. Ponto final somente com a morte. Vamos vencer”. 

Em um ato no auditório da Câmara na noite de terça, dia 6, um grupo leu uma carta contra Lula e o STF. Foi convocado um ato para o dia 10 de dezembro, sábado, durante a leitura de uma carta aberta.

A coisa foi organizada por Carla Zambelli. Um pau mandado dela, Bismark Fabio Fugazza, do canal Hipócritas, pediu a prisão de Alexandre de Moraes.

“Caso não haja nenhuma manifestação do Senado Federal até a data de 7/12/2022, hoje, e do presidente da República ou das Forças Armadas até o dia 8/12/2022, nós, o povo, sob a égide da soberania que nos pertence passaremos a adotar medidas com impacto nacional e, dessa forma, estabelecemos a data de 10/12/2022 para a tomada de Brasília e a paralisação de todo o Brasil”, dizia um trecho.

A versão brasileira da invasão do Capitólio está em curso. Bolsonaro sai da erisipela para apostar no caos.

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