Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia
"Escrevi aqui, em março de 2016, uma coluna intitulada 'Impeachment, urgente!'. Era uma mudança da opinião contrária ao impedimento de Dilma Rousseff que expressei desde o início de 2015 —e, claramente, um erro de avaliação política", escreveu Magnoli. "Passei a encarar o impeachment como necessidade 'urgente' pelas reações de Rousseff e da direção petista ao processo judicial contra Lula", prosseguiu.
"O impeachment trouxe consequências funestas. Numa ponta, fortaleceu os conspiradores da Lava Jato que, com o auxílio de um STF rendido, encarceraram Lula e destruíram tanto o PSDB quanto o governo Temer. Moro et caterva abriram as portas para a ascensão de Bolsonaro", acrescentou Magnoli.
Entretanto, seu mea culpa não foi completo, uma vez que ele ainda trata o golpe de estado de 2016 como um impeachment, e não como um golpe de estado, ainda que realizado sem tanques. "'Golpe do impeachment'? Não: isso é uma narrativa política esperta, destinada a reescrever a história do lulopetismo. O impeachment subordinou-se ao rito legal, supervisionado pelo STF —como, aliás, no caso de Collor. Presidentes sofrem impedimento quando perdem o apoio da esmagadora maioria dos cidadãos e uma sustentação mínima no Congresso. Só não funciona assim nas ditaduras —entre elas, algumas comandadas por 'companheiros' de esquerda. Legítimo e legal, o impedimento de Rousseff foi um erro político grave. Entendi isso no começo. Depois, fui tragado pelo turbilhão. Mea culpa", escreveu Magnoli.
Inscreva-se no Canal no YouTube Francisco Castro Política e Economia
Nenhum comentário:
Postar um comentário