"O plano geral de voo foi tratado com ele [Guedes] tanto daquilo que ele entende que está pegando ao país, quanto aquilo que pretendemos fazer a partir do ano que vem. Uma conversa muito importante porque você garante que muitos projetos tenham continuidade", disse Haddad.
O futuro ministro da Fazenda, que deve ser anunciado por Lula nos próximos dias, disse, no entanto, que o rombo que pode chegar a R$ 400 bilhões nas contas públicas e nem os cortes orçamentários que estrangulam áreas como Saúde e Educação não foram tratados neste primeiro encontro.
"A gente precisa sentar com os secretários das pastas para que a gente saiba a rotina de trabalho, as agendas que estavam em curso, o que foi entregue, quais eram as perspectivas futuras de cada secretaria, o que precisa ter continuidade, a matriz de risco sobre problemas que possam ser encontrados no começo do ano", disse a jornalistas que aguardavam na saída do Ministério da Economia.
O trabalho de transição na economia será retomado na próxima terça-feira (13) com reuniões da equipe de transição com secretários da pasta e órgãos como o Tesouro e a Receita Federal.
Na ocasião, Haddad já deve ter sido oficializado por Lula como ministro da Fazenda.
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Haddad ainda se mostrou confiante na aprovação da PEC da Transição na Câmara, após passar pelo Senado. A votação acontece na próxima semana.
Fuga do país
A reunião com Haddad deve acalmar Guedes que, segundo aliados próximos, tem tido chiliques e ameaçado deixar o país por não ter o "reconhecimento que merece".
"Vou deixar isso aqui e quem vai ficar com o problema são vocês", repete Guedes, segundo a colunista d'O Globo Bela Megale, que ressalta, no entanto, que aliados próximos dizem que a ameaça de deixar o país não passa de mais uma bravata do neoliberal.
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