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(Foto: Carolina Antunes/PR |
Uma estratégia de isolamento social de manter só idosos em casa, como
sugere o presidente Jair Bolsonaro, ainda poderia levar à morte mais de
529 mil pessoas no Brasil por covid-19. O número é metade do que se
projeta para um cenário em que nada fosse feito no País para conter a
dispersão do coronavírus (1,15 milhão de óbitos). Mas é bem mais alto do
que a estimativa para um isolamento social rápido e amplo. Mesmo com
essa restrição mais drástica, haveria ao menos 44 mil mortes pela
doença.
Os números fazem parte da nova pesquisa do Grupo de Resposta à
Covid-19 do Imperial College de Londres. Os cientistas vêm fazendo quase
em tempo real projeções matemáticas do avanço da pandemia e avaliam as
ações em andamento.
Foi um trabalho dessa equipe com projeções para Estados Unidos e
Reino Unido que fez o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, recuar
sobre a ideia de adotar isolamento vertical (quarentena só de alguns
grupos, como idosos e doentes crônicos). Johnson foi diagnosticado com
covid-19 na sexta-feira, 27.
Segundo o jornal The New York Times, estimativas feitas por esses cientistas também influenciaram a Casa Branca a enrijecer medidas de isolamento.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também recomenda o isolamento
social. Já Bolsonaro tem criticado governadores que determinaram fechar o
comércio e diz ter receio de uma crise econômica.
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