O presidente Lula elogiou nesta terça-feira 31 de março, em entrevista por telefone a Ricardo Kotscho, no UOL, o manifesto divulgado na véspera pelos líderes da oposição que pedem a renúncia de Jair Bolsonaro em meio à pandemia do novo coronavírus.
"Eu gostei da iniciativa do manifesto, acho que ficou muito bom (...) Foi dado um passo importante pelos partidos de oposição porque, além da pandemia, temos um problema grave no Brasil hoje, que é o comportamento do Bolsonaro. Ele é o epicentro da crise que vivemos", disse Lula.
"Esse homem não respeita a ciência, os pesquisadores, não respeita nada. Para ele, a orientação científica para combater a epidemia vale muito pouco. O maior problema da crise é a falta de gerenciamento, tem que ter um comando centralizado. Ele tinha que conversar com os governadores e prefeitos, os partidos no Congresso, o movimento social, mas Bolsonaro não ouve ninguém, só os filhos e aquele guru dele lá da Virgínia. A oposição vai ter que encontrar um caminho para ver o que fazer com o Bolsonaro porque ele hoje é um perigo, não só para o Brasil, mas para o mundo", completou.
Lula também ressaltou que está disposto a dialogar com o Ciro Gomes e explicou que não assinou o manifesto porque não concorreu às eleições de 2018 - a decisão coube aos partidos.
"O importante foi o Ciro Gomes ter entrado, não era correto eu assinar. PT, PDT, PSOL, PCdoB e o PSB têm-se reunido toda semana. Quando os partidos entenderem que eu devo participar dessas conversas, não terei problema nenhum, estarei pronto para falar com o Ciro. O importante agora é afastar o Bolsonaro", disse ele.
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