quinta-feira, 19 de março de 2020

Os bancos JPMorgan e Goldman Sachs preveem recessão para o Brasil em 2020

Em meio à pandemia de coronavírus, o JPMorgan fez a revisão mais drástica para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para este ano entre grandes bancos, passando de uma estimativa de alta de 1,6% para queda de 1% (a primeira contração anual desde 2016) e projetando uma “profunda recessão” no primeiro semestre.
O Goldman Sachs também cortou sua estimativa para 2020, passando de expansão de 1,5% para queda de 0,9%.
“A combinação de demanda externa por bens e serviços em queda, piora dos termos de troca, aperto significativo das condições financeiras dentro do país e impacto econômico das medidas em rápida escalada para lidar com o surto de Covid-19 dentro das fronteiras nacionais, nos levaram a revisar ainda mais para baixo nossas perspectivas para as economias” da América Latina, apontou o Goldman.
Já os economistas do JP destacam que, em termos anualizados, a atividade brasileira deve registrar uma queda de 3,5% nos três primeiros meses do ano, já refletindo os efeitos da queda do PIB mundial por conta do coronavírus e também com as medidas para conter a proliferação da doença.
Para os três meses seguintes, eles avaliam que os efeitos negativos da disseminação da doença, o aperto nas condições financeiras, a recessão global e as medidas de contenção em território nacional devem levar a uma desaceleração ainda maior da atividade, sendo parcialmente compensada por medidas fiscais.
No segundo semestre, com o vírus contido, a produção global em recuperação e a normalização da liquidez, o quadro aponta para uma retomada, com expectativa de que a atividade cresça 7% no terceiro trimestre e 3% nos últimos três meses do ano, em termos anualizados e com ajuste sazonal. Porém, isso não será suficiente para reverter o cenário de queda anual.

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