Em sua coluna publicada no jornal O Estado de S.Paulo, Vera Magalhães destaca que, na reunião ministerial dessa terça-feira, 09 de junho, Jair Bolsonaro "não tripudiou, não comemorou, não desancou a OMS. Não falou palavrões".
"Depois de esticar a corda ao máximo, ao determinar que o Ministério da Saúde revisasse e escamoteasse os dados de contágio e óbitos da pandemia, recuou diante de mais uma invertida do Supremo Tribunal Federal (STF), numa semana plena de potenciais encrencas para o governo no Judiciário", diz.
De acordo com a jornalista, "todos esses recuos são do conhecido comportamento ciclotímico de Bolsonaro, mas agora foram ditados por avisos muito claros que auxiliares fizeram ao presidente: o apagão de dados da covid-19 era o que de mais cristalino em termos de crime de responsabilidade o 'capitão' cometeu até aqui, e não passaria incólume só com notas de repúdio".
"Somando a gravidade da pedalada com as vidas e o fato de que as ruas começam a encher, Bolsonaro viu a cara do impeachment, e, pela primeira vez, ela estava viva".
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