Um ato virtual contra o presidente Jair Bolsonaro convocado pelo movimento Direitos Já deve reunir ao menos 100 políticos, sendo 13 presidentes de partidos, da esquerda à direita, ex-presidenciáveis e coordenadores de outros grupos de defesa da democracia. No entanto, os principais nomes do PT ficarão de fora, embora tenham sido convidados.
Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), decidiram não participar do ato, que terá a presença de Fernando Haddad, candidato do da sigla derrotado em 2018, e outros nomes que concorreram à Presidência: Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL).
Reservadamente, petistas graduados reclamam da presença de Haddad e de outros quadros do partido no ato. A avaliação é que o PT não deve estar no mesmo palanque virtual ex-adversários históricos da sigla, como o PSDB. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é um dos tucanos confirmados, ao lado do presidente do partido, Bruno Araújo. Outro que se comprometeu com a organização foi o apresentador Luciano Huck, cotado como possível candidato à Presidência em 2022.
O evento reunirá Ciro Gomes e Haddad no momento que PT e PDT travam uma disputa política no campo da esquerda nas eleições municipais.
Segundo o coordenador do movimento Direitos Já, Fernando Guimarães, não existe no grupo consenso sobre o impeachment. No evento, cada convidado vai poder falar por dois minutos no máximo. Além de Haddad, estão confirmados outros petistas: o vereador Eduardo Suplicy, os deputados Alexandre Padilha, Paulo Teixeira e Erika Kokay, os governadores do Ceará, Camilo Santana, e do Piauí, Wellington Dias. "A história do Brasil mostra que a esquerda e direita compuseram várias vezes para ganhar eleições, portanto é de se esperar que se unam para garantir a democracia", disse Guimarães.
Vários outros governadores devem parcipar, incluindo Eduardo Leite (PSDB-RS).
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