sexta-feira, 14 de abril de 2023

O Senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) é o homem forte do presidente Lula no Congresso Nacional


O governo tem o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), como mais novo aliado no Congresso. Desde que se reelegeu para o comando da Mesa Diretora, ele tem sido peça-chave na articulação política de Lula (PT) no Parlamento e dá sinais de estar em sintonia com presidente. Nos últimos dias, Pacheco atuou para esvaziar a CPI dos Atos Antidemocráticos, com potencial de desgastar Lula, e trabalhou para enfraquecer senadores de oposição. Agora, manobra para ganhar tempo e impedir que seja instalada a CPMI destinada a investigar os atos de 8 de Janeiro, uma vez que o colegiado ameaça trazer dor de cabeça ao Planalto.

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As ações de Pacheco são comemoradas por articuladores políticos do Executivo. “Ele cumpre um papel muito importante nessa relação do governo com partidos de centro. E também com nossa estratégia de fazer uma política mais ampla”, avalia Paulo Rocha, aliado de longa data de Lula e ex-líder da bancada do PT no Senado. “É um grande líder democrata”. A virada de chave na relação de Pacheco com o Planalto ocorreu durante a viabilização de sua reeleição à Presidência da Mesa – a disputa se deu contra Rogério Marinho (PL-RN), candidato de uma barulhenta oposição. Para o fortalecimento dos laços recorreu-se à interlocução de Davi Alcolumbre, aliado governista de última hora que conquistou a confiança do Planalto pelo trabalho na relatoria da PEC da Transição. Não à toa, coube a ele indicar os nomes da legenda União Brasil para a Esplanada. Unidos por Alcolumbre, Pacheco e Lula derrotaram o candidato bolsonarista. E a oposição desceu ao inferno.

Logo após ter sido reeleito, Pacheco isolou as bancadas do PL, PP e Republicanos – promotores da candidatura de Marinho. Os partidos bolsonaristas saíram de mãos abanando e não conseguiram o comando de nenhuma comissão temática da Casa, nem mesmo as menos relevantes. Em outro aceno ao governo, ele utilizou-se de artifícios regimentais para evitar a convocação de sessão do Congresso e usa até a viagem diplomática à China para postergar a leitura do requerimento de instalação da CPMI impulsionada pelo Bolsonarismo. Pacheco tem projetos políticos futuros e quer a benção de Lula quando chegar a hora. Uma hipótese aventada nos corredores do Senado é a de que ele concorra ao Governo de Minas Gerais, em 2026, e quer disputar o pleito com o apoio do Planalto. O nome do senador também aparece nas conversas sobre a indicação de nomes que Lula fará ao STF. (Da Isto É)

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