quinta-feira, 13 de abril de 2023

Na posse de Dilma Rousseff, Lula defende moeda alternativa ao dólar nas transações dos Brics


O presidente Lula (PT) criticou nesta quinta-feira (13) a utilização do dólar para a comercialização entre países e defendeu que uma moeda alternativa seja utilizada nas negociações entre os membros do Brics — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

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“Quem decidiu que é era o dólar a moeda depois que desapareceu o ouro como paridade?”, questionou Lula. “Nós precisamos ter uma moeda que transforme os países numa situação um pouco mais tranquila. Porque hoje um país precisa correr atrás de dólar para poder exportar, quando ele poderia exportar em sua própria moeda, e os bancos centrais certamente poderiam cuidar disso”, completou.

Lula também criticou a atuação do Fundo Monetário Internacional (FMI) na relação com países que enfrentam problemas financeiros, como a Argentina. “Nenhum governante pode trabalhar com uma faca na garganta porque está devendo. Os bancos têm que ter paciência de, se for preciso, renovar acordos e colocar a palavra tolerância em cada renovação. Porque não cabe a um banco ficar asfixiando as economias dos países como estão fazendo agora com a Argentina, o Fundo Monetário Internacional”, reforçou.

A fala foi feita na cerimônia de posse da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o banco do Brics. Dilma foi eleita para o cargo no final de março e substituirá o brasileiro Marcos Troyjo, que era da equipe do ex-ministro da Economia Paulo Guedes. Seu mandato irá até julho de 2025.

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Em sua posse, a ex-presidente reforçou o papel do banco como um financiador para projetos que promovam o desenvolvimento sustentável. “Assumir a presidência do NBD é, sem dúvida, uma grande oportunidade de fazer mais para os países dos Brics, mas não somente para os seus membros, mas também para os países emergentes e em desenvolvimento”, destacou.

Lula viajou para a China na terça-feira (11) para fechar uma série de acordos bilaterais e aproximar as relações com o principal parceiro comercial do Brasil. A viagem estava prevista para o final de março, mas precisou ser adiada após o presidente ser diagnosticado com uma pneumonia.

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