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Traído por Moro, o Podemos afirma, segundo o Estadão, que o ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL) usufruiu de dinheiro público para favorecer um amigo e aliado, dono de uma consultoria jurídica.
A ex-legenda do candidato ao Senado diz ainda que ele exigiu dinheiro do Fundo Partidário para pagar personal stylist, óculos de grife, roupas, alfaiataria e sapatos. O Podemos ameaça pedir a restituição de valores na Justiça.
O aliado do ex-juiz que está no meio da briga entre Moro e o Podemos é Luis Felipe Cunha, primeiro-suplente ao Senado na chapa do ex-ministro do Paraná. Dono da consultoria Bella Ciao, ele recebeu cerca de R$60 mil do partido para colaborar na elaboração do programa de governo de Bolsonaro.
Em nota, o Podemos diz que o serviço jamais foi prestado e acusa Cunha de procurar outras meios de adquirir o dinheiro do Fundo Partidário. O partido afirma ainda que Cunha queria fechar um segundo contrato através de seu escritório de advocacia Vosgerau e Cunha Advogados Associados, mas seu pedido teria sido negado “por inexistir objeto para o serviço”.
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Moro rebate as acusações a seu respeito:
“É uma clara prática da velha política. Cortina de fumaça para esconder o principal: os indícios de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a alta cúpula do Podemos, encontrados e formalizados no relatório de auditoria que foi revelado pela revista Veja. A falta da tomada de qualquer providência pelos dirigentes e o fim prematuro da auditoria determinaram a minha saída do partido”, declarou ele.
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Segundo a versão de Moro, o ex-juiz nega que tenha feito o pedido ou recebido o desembolso, mas informa que a empresa do aliado de fato recebeu recursos do Podemos.
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