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Uma repórter da TV Band Minas, Laura França, perdeu temporariamente a audição enquanto cobria o protesto. Segundo a emissora, os manifestantes lançaram bombas em direção à equipe.
“A repórter Laura França, da TV Band Minas, sofreu um trauma auditivo após uma bomba estourar do lado da profissional na Praça da Estação, em Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira. Já o repórter Caio Tárcia, da Band News, foi hostilizado e alvo de uma bomba lançada contra ele quando seguia acompanhando o ato em direção à Praça Sete, no centro da capital”, disse a emissora.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) divulgou nota dizendo que "repudia os ataques aos jornalistas e reitera que todo e qualquer ato que tenha como objetivo impedir a cobertura jornalística de fatos de interesse público é uma violação ao direito da imprensa de informar e ao do cidadão de ser informado, garantias previstas na Constituição Brasileira".
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) também divulgou nota cobrando providência do governo de Minas Gerais “para que tais fatos não se repitam e para a garantia da segurança dos profissionais da imprensa”.
Já o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJMPG) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) também repudiaram o caso, em nota conjunta, destacando que é “inaceitável que as forças de segurança do estado ajam com violência e hostilidade para impedir o trabalho da imprensa”.
Problema jurídico
Os policiais mantiveram as manifestações nesta quarta, apesar de determinação judicial. Na terça-feira, 8, a 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte proibiu invasão de prédios públicos e privados, queima de objetos e porte e utilização de armas, foguetes ou bombas durante o protesto, sob pena de multa de R$ 100 mil por hora.
A decisão judicial proibiu a invasão da rampa do Palácio Tiradentes e do centro de convivência da Cidade Administrativa, assim como o acampamento na porta ou na dependência de prédios públicos ou privados com impedimento de acesso de terceiros.
A Constituição de 1988 proíbe que policiais militares realizem greve e participem de qualquer tipo de sindicalização, em seu artigo 143. A partir de 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) estendeu as proibições para policiais civis estaduais, federais, agentes penitenciários ou qualquer força de segurança.
O Sindpol/MG lembrou que os policiais reivindicam recomposição das perdas inflacionárias e que o governador, Romeu Zema, cumpra o acordo em que concordou em pagar pelo menos as duas parcelas faltantes e pela retirada do Regime de Recuperação Fiscal.
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