segunda-feira, 21 de março de 2022

Enquanto o Bolsonaro tenta ter um palanque em cada estado, o Lula tem dois em vários estados


Enquanto Bolsonaro rala para montar pelo menos um palanque forte em cada Estado, Lula pode dar-se ao luxo de dispor de dois em alguns Estados. Um deles será em Pernambuco, a vingar a decisão da deputada Marília Arraes de ser candidata ao governo. Ali, ele seria apoiado por ela e Danilo Cabral (PSB).

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Em São Paulo, a não ser que desista de sua pretensão, Márcio França (PSB), que apoia Lula, disputará o governo. E Fernando Haddad (PT) também. Ao contrário do que muitos lhe dizem, França está certo de que suas chances de se eleger governador são maiores do que as de se eleger senador na chapa de Haddad.

Na Bahia, Lula tem garantido o palanque do candidato do PT ao governo, Jerônimo Rodrigues, atual secretário de Educação do Estado, que substituiu Jaques Wagner. Mas poderá contar também com o palanque de ACM Neto (União Brasil), ou logo no primeiro turno ou no segundo. Lula e ACM Neto estão tocando de ouvido.

O ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, foi para o sacrifício de concorrer ao governo de São Paulo pelo PL para dar palanque a Bolsonaro. Ele preferia disputar uma vaga ao Senado. João Roma, ministro da Cidadania, irá igualmente para o sacrifício de concorrer ao governo da Bahia, e pelo mesmo motivo.

Manda quem pode, obedece quem tem juízo, ensinou o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde de triste memória. Por sinal, ele será candidato a deputado federal pelo PL do Rio. A lição de Pazuello foi aprendida pelo prefeito de Jaboatão, cidade do Grande Recife, o pastor evangélico Anderson Ferreira (PL).

Ferreira faria parte da chapa de Raquel Lyra (PSDB), prefeita de Caruaru, e aspirante a candidata ao governo de Pernambuco. Mas convocado a Brasília, foi ameaçado de perder o comando do PL no Estado se não se dispusesse a concorrer ao governo para dar palanque a Bolsonaro. Constrangido, aceitou.

A vaga ao Senado na chapa do pastor será ocupada pelo sanfoneiro Gilson Machado (PL), ministro do Turismo, ex-líder de uma banda de forró. Foi tocando a sanfona que Bolsonaro o conheceu e gostou dele. Machado é dono de uma pousada em São Miguel dos Milagres, litoral de Alagoas. Nunca disputou uma eleição.

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