O jornalista Reinaldo Azevedo critica a iniciativa do governo Jair Bolsonaro se manipular os dados sobre o coronavírus - passou a divulgar apenas os registros de casos e óbitos que ocorrem num intervalo 24 horas, e deixou de incluir o total de confirmações e mortes provocadas pela doença.
"Mais uma vez, o procurador-geral da República, Augusto Aras, será testado: ou entra para a história como aquele que se opôs a ação criminosa de homens públicos contra a população ou serve de capacho aos interesses do Executivo. O que o sr. Eduardo Pazuello, general da ativa que comanda a Saúde, está fazendo, sob as ordens do presidente, está devidamente tipificado como crime no Código Penal", afirmou Azevedo em sua coluna publicada no portal Uol.
De acordo com o jornalista, "Aras está obrigado a determinar que a Polícia Federal abra imediatamente inquérito contra o general Pazuello e, por óbvio, tem de pedir ao STF autorização para que se investigue também o presidente da República". "Afinal, Bolsonaro confessou que a mudança de critério busca exclusivamente condicionar o noticiário segundo o seu interesse. Nada tem a ver com uma política de saúde pública", continua.
"A mais nova celebridade do Ministério da Saúde,.o tal Carlos Wizard — notável por ser bilionário, o que não lhe dá o direito de esconder mortos —, também tem de entrar na mira do procurador-geral. Afirma sobre a mudança de critério: 'Eu acredito que vai ter um dado mais real, porque o número que temos hoje está fantasioso ou manipulado'. Diz isso com a notável autoridade que a condição de bilionário lhe confere", complementa. (Com o 247)
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