Reportagem de Julia Lindner e Tânia Monteiro, na edição desta quinta-feira, 04 de junho, do jornal O Estado de S.Paulo, informa que Jair Bolsonaro teme que os atos antifascistas em defesa da democracia, que ganharam as ruas no último fim de semana e terão sequência nos próximos dias, desencadeiem grandes protestos pelo impeachment – no Congresso já há pelo menos 30 pedidos de impedimento do presidente.
Segundo a reportagem, a principal pauta dos bolsonaristas, hoje, é a criminalização dos protestos de rua, expressa nas declarações de Bolsonaro e do vice, general Hamilton Mourão.
No entanto, há na cúpula do governo a avaliação de que os fatos recentes que desgastam o Planalto e podem reforçar a defesa do afastamento do presidente.
De acordo com o jornal, um estudo da empresa AP Exata mostra que há nas redes sociais uma tendência de crescimento das manifestações anti-Bolsonaro, com argumentos de defesa da democracia. Segundo a pesquisa, recentes mensagens postadas por seguidores do presidente indicam que a mídia e a esquerda buscam estimular os protestos para derrubar o presidente. Os próximos atos de rua também devem incorporar a pauta antirracista.
“Começou aqui com os antifas (movimento antifacista) em campo. O motivo, no meu entender, político, é diferente. São marginais, no meu entender, terroristas”, afirmou Bolsonaro. “Têm ameaçado, (no próximo) domingo, fazer movimentos pelo Brasil (…). Lá (nos EUA) o racismo é um pouco diferente do Brasil. Está mais na pele. Então, houve um negro lá que perdeu a vida. Vendo a cena, a gente lamenta. (…) Agora, o povo americano tem que entender que, quando se erra, se paga. Agora, o que está se fazendo lá é uma coisa que não gostaria que acontecesse no Brasil.”
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